O Atlético que empolga - e obrigado, Cruzeiro!

Alisson Millo*

Na matemática do coração atleticano, dois valem mais do que quatro. Claro que a goleada de quarta-feira sobre o Ferroviário tem muito valor, principalmente por ter encaminhado a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Mas a vantagem aberta sobre o Cruzeiro no domingo passado tem um sabor muito mais agravável, considerando a aura criada em torno do rival no início do ano.


A começar pelo fato de que o resultado diante do time cearense, por mais elástico que tenha sido, era esperado, considerando as diferenças técnicas. Na final do Campeonato Mineiro, a expectativa era de jogo equilibrado, talvez empate em um confronto amarrado, por causa das características dos treinadores. Em poucos minutos, porém, o Atlético construiu um grande resultado que, não só inverteu a vantagem, como permite que o time seja campeão perdendo por um gol de diferença.

Ricardo Oliveira marcou dois no Horto
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Logicamente, o título teria ficado ainda mais tangível, não fosse o vacilo no fim do segundo tempo, quando Arrascaeta fez o gol de honra do Cruzeiro. No entanto, a excelente atuação atleticana e o princípio de crise instaurado no rival aumentam bastante a confiança em mais um caneco. No início de seu trabalho como treinador, Thiago Larghi se notabilizou pelo futebol reativo - a gourmetização do contra-ataque -, esquema que poderá aplicar na tarde deste domingo para matar o confronto decisivo.

Coletivo e individual lado a lado

Individualmente, alguns jogadores vivem ótima fase. Patric, depois de nove anos, enfim ganhou a Massa. Fábio Santos é indiscutível desde que chegou. No meio-campo, Elias voltou a atuar em alto nível, sendo muito aplaudido. Adilson está iluminado, ajudando o time na fase ofensiva e sendo um leão na volância - abre o olho com a camisa 5 da seleção, Casemiro! Otero é um dos pilares do time desde o fim de 2017. O equatoriano Cazares vive sua melhor fase com a camisa do Galo, voltando para marcar e armando o time de trás, honrando a camisa 10 que ostenta.

Larghi pode conquistar primeiro título
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

No ataque, em menos de quatro meses, o vovô garoto já fez quase o mesmo número de gols da última temporada. Ricardo Oliveira foi oferecido ao Cruzeiro, mas felizmente eles preferiram Fred, deixando a camisa 9 para o pastor chegar e tomar conta. Quem diria que, aos 37 anos, ele rejuvenesceria tanto um elenco. Obrigado! Luan se recuperou e voltou a ser dono da titularidade. Ah, como a qualidade e a entrega do Menino Maluquinho fazem a diferença! Inclusive, a melhora no desempenho do Atlético - e de Patric - coincide com a presença do camisa 27 entre os 11.

Se estou empolgado? Sim, estou. Nas promessas de fim de ano em 2017, coloquei como meta ser menos corneta. Oswaldo de Oliveira quase me fez quebrá-la, mas o time de Thiago Larghi tem deixado a missão muito mais fácil para este humilde colunista. Que neste domingo a boa fase seja ampliada, o título venha, e o patinho feio - nas palavras do próprio presidente - alce voos muito mais altos no restante da temporada.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!

2 comentários:

  1. hahahahahahahahahhahahahahahahhaa

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  2. O patinho, pelo visto, é mais feio do que parece... E aprenda a não se deixar enganar mais por mentiras de 1º de abril! Saudações Cruzeirenses!

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