Douglas Zimmer*
Salve,
China Azul! Salve, salve, campeões mineiros!
Apesar
dos pesares e do tropeço de 1º de abril, o Cruzeiro soube se impor técnica,
física e psicologicamente diante de seu adversário e confirmou aquilo que a
primeira fase da competição já havia deixado claro: somos o melhor time do
futebol mineiro neste começo de temporada. Todos sabem que o comportamento da
equipe no primeiro confronto da decisão, na Arena Independência, foi lamentável
e que, muito mais do que mudanças de peças e de táticas, o mais importante para
reverter o quadro que se apresentava perigoso seria a mudança de postura.
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Pois
bem, diante de nossa imensa e apaixonada torcida, que não liga títulos, viradas
e vitórias a milagres, mas sim ao trabalho e à dedicação de todos os
envolvidos, o Cruzeiro começou o clássico de volta em alta rotação e já
colocando fogo na partida logo de cara. De saída, Edílson mostrou que é dono
incontestável da posição e que sempre fará falta quando ausente, assim como fez
no duelo de ida. Com uma jogada que misturou calma, bom posicionamento e
técnica, o lateral colocou a bola na cabeça de Arrascaeta para dar números
iniciais ao confronto. O uruguaio, sempre muito participativo em decisões,
outra vez mostrou que gosta de jogo grande.
Decisivo, Thiago Neves festeja título (Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro) |
Daí para frente, com as arquibancadas inflamadas e o time ciente do que tinha em mãos, coube ao rival o passo seguinte para nosso triunfo. Com menos de 30 minutos, toda aquela certeza de título estampada no rosto alvinegro depois do terceiro gol na primeira partida sucumbia simultaneamente à calma dos jogadores em campo. Com a tensão quase que palpável que se instalara no Mineirão pulsante, alguns dos destaques do outro lado não conseguiam disfarçar o nervosismo e, seja lá como e por que for, caíram na pilha e deixaram seu time em maus lençóis. Com um jogador a mais, a Raposa teve cancha para dominar ainda mais a partida.
Gol de Thiago Neves sela título
Mas não
foi tão simples como parecia. Com um a mais, o Cruzeiro diminuiu o ritmo e
chegamos ao intervalo com mais posse, evidentemente, mas com a sensação de que
o time tinha dificuldades para fazer valer a vantagem numérica. Eu,
particularmente, estava tranquilo. Tinha quase certeza de que mais hora, menos
hora, faríamos o gol. Meu receio era o comportamento do time após o tento. Mal
começou a etapa final e meu receio foi desfeito. Thiago Neves, outro que não
foge à batalha, mas estranhamente foi tão apagado quanto a equipe nos dois
últimos jogos, tornou a ser decisivo e empurrou a bola para o fundo do
barbante.
Arrascaeta abriu o placar no Mineirão (Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro) |
Daí
para frente, só não aumentamos o placar porque o time preferiu não correr
riscos e administrou o tempo que lhe separava do título com exímia paciência e
domínio quase total das ações. Sinceramente, acho muito perigoso passar tanto
tempo trabalhando pela manutenção de um resultado tão apertado. Mas, dadas as
circunstâncias, só me resta parabenizar a comissão técnica e os atletas que
souberam se impor e não sofreram pressão em momento algum. Claro que a vantagem
numérica contribuiu, mas convenhamos: ninguém falou em reviravolta histórica ou
qualquer outra expressão que pudesse dar ao título aspecto de surpresa.
O
Cruzeiro fez por merecer o título. Da mesma forma, faria por merecer perdê-lo
se não tivesse mudado a tempo de colocar as coisas em seu devido lugar. Nosso
time é, por ora, superior aos demais. É hora de curtir o título, de dar aquela
zoada básica no rival, mas sem esquecer que teremos batalhas muito maiores e
mais difíceis ao longo do ano. O tropeço de 1º de abril não poderia significar
terra arrasada na Toca II. Seria injustiça diante dos resultados já
conquistados. Por outro lado, o título não pode mascarar as deficiências que a
equipe ainda apresenta. Seria perigoso, visto que estamos muito longe de termos
sido devidamente testados.
Força,
Cruzeiro! Que venham mais taças. Tá valendo!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
Eu ainda experimentava o Robinho no lugar do Henrique, entrando o Rafinha. Acho o Henrique um cara legal, mas sem vibracao para jogo grande.
ResponderExcluiro titulo nao pode mascarar nossas dificuldades.e sao muitas
ResponderExcluirhenrique e ariel no meio nao pode.
os dois sao sonolentos.
Concordo com vc Alexandre de Oliveira. Dentre as dificuldades cito o conservadorismo do Mano. Com a expulsão do Otero, o Rafinha já deveria ter entrado como o Sassá tbm, pois o Sóbis, como sempre, uma negação. Jogamos com menos 1. Ele não passou de um expectador privilegiado por estar dentro do campo. Mais uma vez, ele não jogou nada do nada e continua titular. Nosso meio de campo não pode ser Henrique/Cabral. O Cabral hj marca melhor que o Henrique e quando da passes é tbm mais eficiente. No jogo de º de Abril as Frangas fizeram gols pq o Mano escalou errada nossa zaga e ele tem feito isto várias vezes. Lembra do Henrique de zagueiro contra o Bahia no BR
ResponderExcluirBoa tarde, Cruzeiro deveria ter mantido Hudson volante versátil rouba muito bem a bola e sai para o jogo com certa facilidade. A esperança no ataque é este jovem atleta David, joga muita bola e será nossa referência no ataque. Abs
ResponderExcluirO Cruzeiro não pode deixar de ter um centro-avante nato. Eu penso no Sassá em boa forma física e técnica como titular. Eu discordo dos amigos quanto ao Henrique. Ele é um lutador cascudo, embora cometa erros de passes grotescos às vezes Gosto também do Cabral. Obviamente que , durante os jogos, o Mano tem que mexer. O que me irrita no Mano é que, quando tem que matar o adversário, ele mexe pra recuar o time e segurar o resultado
ResponderExcluirO Cruzeiro, precisa arrumar a defesa, e um bom cabeça de área. A defesa, é muito fraca, e Henrique e Ariel Cabral, já ão aguentam mais o pique de grandes jogos. O Brasileirão 2.018, começa o próximo sábado. Já passou da hora de acordar.
ResponderExcluirQuer dize que o jogo que o cruzeiro perdeu na Argentina não tava valendo? Contra o Vasco não tava valendo? Contra o GALO na derrota de 3 x 1 não tava valendo?
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