No Uruguai, Peñarol goleou o
arquirrival Nacional; Boca
e River empataram na Argentina; e La U
venceu no Chile
Tiago de Melo
No último fim de semana, foram
disputados três dos maiores clássicos do continente. Em Santiago, se
enfrentaram Colo-Colo e Universidad de Chile. Em Buenos Aires se encontraram
Boca Juniors e River Plate. E em Montevidéu, Nacional e Peñarol mediram forças
mais uma vez.
Quem andasse pelas ruas da capital
uruguaia na manhã do domingo, mal sentiria o clima do clássico. Algumas camisas
aurinegras e umas poucas tricolores poderiam ser vistas. Mas quando chegou a
hora do clássico, os torcedores não decepcionaram, e receberam suas equipes com
uma arquibancada cheia.
A partida não valia só pela tradição:
havia muito em jogo. Vencendo, o Nacional se manteria na vice-liderança do
Clausura, três pontos atrás do líder Defensor. Uma derrota seria desastrosa
para as pretensões do Bolso em relação à temporada 2012/2013, já que os
tricolores perderam o Apertura e dificilmente alcançarão o topo da pontuação
anual - no Uruguai, o campeão da temporada resulta da fase final que envolve os
vencedores dos dois torneios e o maior pontuador anual.
Campeão do Apertura, o Peñarol tinha
muito em jogo. Uma vitória o deixaria apenas um ponto atrás do líder anual, o
Defensor, e cinco pontos atrás da mesma equipe na disputa pelo título do
Clausura, que, se conquistado, garantiria a taça da temporada para o Manya. O
clube não vinha em boa fase, com o treinador Polilla da Silva tendo o seu cargo
em risco.
GOLS
- Mal a bola rolou e o Peñarol saiu na frente. Aos 4 minutos, Nuñez centrou
para Pacheco marcar. Seguiu-se o delírio da torcida carbonera, comemorando mais
um gol de um dos maiores ídolos recentes do clube. E logo aos 12 minutos o
Manya ampliou, com um belo tiro de fora da área de Zalayeta. Não fossem as duas
oportunidades perdidas por Nuñez, os aurinegros teriam liquidado o jogo ainda
no primeiro tempo.
Como era de se esperar, o Nacional foi
em busca do empate na segunda etapa. Os tricolores tomaram a iniciativa do
jogo, e mesmo com um a menos (Díaz foi expulso aos 22 minutos) seguiram
atacando. Aos 29 minutos Damonte foi expulso, deixando o Bolso com dois a
menos. Havia chegado a hora dos aurinegros liquidarem o clássico.
E foi o que aconteceu. Aos 39 minutos
Dario Ubriaco assinalou um pênalti duvidoso, em um suposto toque de mão de
Nuñez. Aguirregaray bateu com perfeição para liquidar a fatura. Ainda houve
tempo para Nuñez também ser expulso, deixando o Bolso com apenas oito em campo
nos últimos minutos. A festa carbonera estava garantida, bem como o emprego de
Polilla da Silva e a chance de o Peñarol ir ainda mais longe na temporada.
Empate
à portenha
Na Argentina o superclássico esteve
muito aquém de sua tradição. Jogando com sua equipe titular - de olho na
Libertadores, o Boca mandou a campo uma equipe reserva -, o River começou bem
melhor, e abriu o placar antes do primeiro minuto, com uma cabeçada de Lanzini.
A equipe era superior, mas acabou levando o empate ainda no primeiro tempo, com
um gol de Santiago Silva. O segundo tempo foi absolutamente sonolento, e ainda
contou com a violência dos barrabravas, que levou a partida a ser paralisada.
Uma edição facilmente esquecível do maior clássico argentino.
La
U vence no Chile
Muito mais interessante foi o
superclássico chileno. Por duas vezes o Colo-Colo esteve em vantagem, e por
duas vezes foi alcançado pela Universidad de Chile, que ainda conseguiu o gol
da vitória com Aranguiz, a um minuto do fim. O empolgante 3 a 2 manteve as
chances de título para La U, que está dois pontos atrás de Unión Española e
Universidad Catolica, e um ponto atrás do O’Higgins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário