De acordo com levantamento realizado
pelo portal Esporte Interativo, os
principais clubes brasileiros trocaram, no mínimo, 40 vezes de técnico ao longo
dos 27 anos da era Ferguson. As multas por rescisão de contrato, salários
impagáveis por pouco tempo de trabalho e acordos 'loucos' são normais ouvir nos
corredores dos grandes clubes do país. Esse problema brasileiro se contrasta
com o fato de nenhum clube ter a 'hegemonia' do Manchester United.
Será o problema dos técnicos? Não.
Comparando títulos versus o número de técnicos, percebemos que o caso tem
exceções. São Paulo, com 40 treinadores, é o time que menos trocou de técnicos
entre os grandes e encaixa na regra. A maioria dos títulos veio em tempos de
continuidade (nas eras Telê e Muricy). Mas o terceiro que menos trocou foi o
Vasco, com 51, que foge à regra. As suas principais conquistas, todavia, não se
concentraram nesta época.
No caso dos mineiros percebemos que a
regra também não se aplica. Os grandes de Minas nunca mantiveram técnicos por
longos anos. O Galo é sexto, com 59 trocas. A Raposa, quarta, com 62. A disputa
regional, no entanto, depende mais das equipes do que do comando. Se até 2010,
o Atlético trocava mais e brigava para se manter na elite, hoje, o Cruzeiro
assume a nova realidade, aproximando-se do alto da tabela entre os que mais
trocam.
Os números, frios, causam incerteza.
Mas, Ferguson quebrou todos eles. Plantou uma certeza nos torcedores dos Red
Devils: termina uma era. A era de um homem nomeado, pela rainha, como Sir, uma
era dos títulos e glórias.
A era do United... De Ferguson.
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