Atlético monitora Fabrício Bruno, do Cruzeiro

Vinícius Dias
Publicada em 30/12/2019, às 14h15

Com apenas um reforço anunciado para a próxima temporada - o jovem lateral-direito Mailton, ex-Operário/PR -, o Atlético segue atento ao mercado. Entre os nomes bem avaliados internamente está o de Fabrício Bruno, do Cruzeiro. O interesse foi antecipado pelo portal Cruzeiro News e confirmado pelo Blog Toque Di Letra, que apurou detalhes. A situação do zagueiro também é monitorada pelo Corinthians. Oficialmente, no entanto, o clube celeste foi procurado apenas pelo Celtic, da Escócia.

Defensor tenta rescisão na Justiça
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Sem tratar a zaga como prioridade, o Galo inicialmente não cogita fazer altos investimentos no setor. Com isso, dificilmente haverá evolução se Fabrício Bruno não ficar livre no mercado. Nos bastidores, a boa relação do staff do zagueiro com o diretor de futebol Rui Costa, com quem trabalhou na Chapecoense, e com o próprio Atlético, onde atuam seis de seus agenciados, entre eles Victor, Patric e Réver, é apontada como trunfo. O prata da casa tem vínculo com o Cruzeiro até dezembro de 2021.

Cruzeiro rescindirá com conselheiros no dia 26

Vinícius Dias
Publicada em 24/12/2019, às 19h40

Sob nova administração, o Cruzeiro rescindirá na próxima quinta-feira, dia 26 de dezembro, os contratos de todos os conselheiros que integram os quadros de funcionários ou de prestadores de serviços, conforme o Blog Toque Di Letra apurou. O grupo de conselheiros foi convocado nesta segunda-feira pelo departamento jurídico para assinatura dos desligamentos.

Conselheiros custavam R$ 450 mil/mês
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Na era Wagner Pires de Sá, o Cruzeiro chegou a contar com 30 conselheiros remunerados, custando cerca de R$ 450 mil mensais ao clube, de acordo com sindicância interna. Após a rescisão, os nomes serão avaliados pelo Conselho de Notáveis. Em caso de retorno à função, provavelmente em regime de CLT, terão de renunciar à cadeira no Conselho Deliberativo.

Oposição já tem 60% contra Wagner no Cruzeiro

Vinícius Dias
Publicada em 18/12/2019, às 10h15

Enquanto o torcedor do Cruzeiro protesta pedindo a renúncia do presidente Wagner Pires de Sá e de seus vices, nos bastidores, conselheiros e associados reforçam as articulações visando à convocação de assembleia para votação do afastamento da chapa eleita em 2017. O clima é de otimismo entre as lideranças. A avaliação é de que a oposição já conta com mais de 60% dos votos, percentual suficiente para assegurar o afastamento na votação que deve acontecer na primeira quinzena de janeiro.

Baroni lidera grupo pró-transparência
(Créditos: Jaci Silveira/Cruzeiro E.C.)

"Se a votação for nominal e transmitida ao vivo para a torcida, ganha com mais de 80%. Nem quem apoiava Wagner o quer lá por mais um ano", destaca ao Blog Toque Di Letra o conselheiro nato Giovanni Baroni, que encabeça o grupo Pró-Cruzeiro Transparente. O otimismo é reflexo dos números. Protocolado no Conselho há uma semana com 161 assinaturas, sendo 86 de conselheiros, o pedido de reconvocação da votação hoje já conta com 230 signatários, sendo cerca de 140 conselheiros.

Cruzeiro define novo diretor e mira ídolo na base

Vinícius Dias
Publicada em 17/12/2019, às 19h

Em meio às articulações no Conselho para votação do afastamento de Wagner Pires de Sá e de seus vices, a chapa eleita em 2017 segue à frente das principais decisões do Cruzeiro. Com o planejamento para a Série B travado pela asfixia financeira, a diretoria tem priorizado, neste momento, definições na base. As movimentações já têm passado pelo crivo do segundo vice-presidente Ronaldo Granata, agora responsável pela Toca I.


Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, após a demissão de Amarildo Ribeiro, a cúpula da base acerta os últimos detalhes da contratação de Antônio Cândido, do Minas Boca, de Sete Lagoas, como novo diretor. Outra novidade encaminhada é o comandante da categoria sub-17: também com passagem pelo Minas Boca, o ex-volante Wendel, campeão da Tríplice Coroa pelo clube, em 2003, deverá substituir Éder Bastos.

Antônio ao lado de Wendel no Minas Boca
(Créditos: Reprodução/Instagram)

Em meio às mudanças no comando, o tom nos bastidores da base do Cruzeiro é de incerteza. Com perspectiva de corte de gastos, há entre funcionários o temor de demissões no início da próxima temporada. Já entre agentes e familiares, sobretudo de sub-12 a sub-14, as dúvidas estão ligadas a uma possível transferência das atividades da Toca I, CT com estrutura profissional, para a sede campestre, complexo de diversão celeste.

Cruzeiro deve fechar ano sem aprovar contas

Vinícius Dias
Publicada em 16/12/2019, às 9h

Enquanto as articulações visando ao afastamento do presidente Wagner Pires de Sá e de seus vices dominam a pauta, o Cruzeiro está prestes a encerrar o ano sem aprovação do balanço financeiro pela primeira vez na história. Inicialmente agendada para 25 de abril, a reunião para análise das contas foi cancelada na véspera pelo então presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella. Até o momento, não houve remarcação.


Fechado com déficit de R$ 27 milhões e apontando aumento da dívida para cerca de R$ 520 milhões, o balanço financeiro de 2018 é alvo de contestações nos bastidores. Em representação contra a chapa eleita em 2017, à qual o Blog Toque Di Letra teve acesso, conselheiros e associados questionam suposta manobra contábil para inclusão da venda de Arrascaeta ao Flamengo, concretizada apenas neste ano, no documento.

Balanço de 2018 ainda não foi aprovado
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Ainda sem aprovar as contas de 2018, o Conselho convive com a incerteza sobre o planejamento financeiro para 2020, uma vez que o orçamento não foi apresentado pela diretoria - sem exigência estatutária, ao contrário de outros clubes, a apresentação ocorreu pela última vez em 2017, na gestão Gilvan de Pinho Tavares. Rebaixado à Série B, o Cruzeiro já antecipou cotas do estadual de 2020 e do Campeonato Brasileiro até 2022.

A incerteza no sub-12 ao sub-14 do Cruzeiro

Vinícius Dias
Publicada em 14/12/2019, às 12h10

Enquanto as promessas sub-12, sub-13 e sub-14 do Cruzeiro curtem férias, familiares e empresários têm expressado nos bastidores a incerteza sobre os próximos passos. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, em meio às mudanças no comando na base, as dúvidas estão ligadas sobretudo a uma possível transferência das atividades da Toca I, CT com estrutura profissional, para a sede campestre, complexo de diversão celeste.


Oficialmente, embora reconheça a possibilidade de adequações, o clube descarta haver qualquer definição. "Nesse momento demos férias para as categorias de sub-12 a sub-17. O ano escolar terminou e não teremos competições para essas categorias", destacou o diretor administrativo Quintiliano Lemos, que, após os ajustes no organograma, passará a responder na base ao segundo vice-presidente Ronaldo Granata.

Presidente comemora título da base
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Na contramão do profissional, a base teve um 2019 vitorioso. A categoria sub-12 foi campeã da Copa do Rei, enquanto a sub-13, além da Copa do Rei, conquistou a Copa Imef. Já o sub-14 levantou os troféus da Condion Cup, na China, e da Copa Brasileirinho. De acordo com o ex-gestor de futebol Zezé Perrella, que chegou a sugerir a terceirização de parte das equipes, o clube desembolsa anualmente R$ 18 milhões com a base.

Cruzeiro gastou R$ 908 mil com festas em 2018

Vinícius Dias
Publicada em 12/12/2019, às 15h30

Em meio a críticas às finanças da gestão anterior, o Cruzeiro gastou mais de R$ 908 mil com eventos em 2018, de acordo com representação encaminhada ao Conselho contra o presidente Wagner Pires de Sá e seus vices. Esse é um dos argumentos de conselheiros e associados para embasar o pedido de convocação de reunião para votar o afastamento da chapa eleita em 2017. O Blog Toque Di Letra teve acesso à documentação, apresentada inicialmente em outubro e novamente protocolada nessa terça-feira.

Presidente após hexa da Copa do Brasil
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Conforme apuração da reportagem, a informação entre lideranças do Conselho é de que apenas a comemoração do hexacampeonato da Copa do Brasil, o mais caro entre os eventos listados, respondeu por mais de 60% da quantia: custo superior a R$ 600 mil. A relação ainda inclui valores desembolsados com festa de confraternização, carnaval, aniversários de conselheiros, jantar da diretoria, entre outros. Na representação, os gastos foram qualificados como oferecimento de vantagens e benefícios a outrem.

Cotas de TV e cessão de ingressos

O documento protocolado também menciona questões como o desvio de finalidade na concessão de ingressos - 36.813 bilhetes foram cedidos gratuitamente nos oito jogos de mando celeste no Mineiro de 2018 - e a antecipação de receitas. A gestão Wagner Pires de Sá antecipou mais de R$ 70,2 milhões em cotas de TV que seriam pagas entre julho de 2019 e outubro de 2022. Na operação, viabilizada por meio de um fundo, no entanto, o Cruzeiro recebeu R$ 58 milhões como valor final.

Cruzeiro: Wagner e vices podem cair no dia 27

Vinícius Dias
Publicada em 10/12/2019, às 15h20

Com o nome marcado na história do Cruzeiro como presidente do inédito rebaixamento, Wagner Pires de Sá pode ter seu mandato encerrado bem antes do previsto. Nas últimas horas, lideranças do Conselho intensificaram articulações em prol da reconvocação de assembleia geral para definir o afastamento do mandatário e de seus vices por 120 dias.


Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, a proposta é de que a reunião ocorra até o próximo dia 27. A sugestão passa pelo simbolismo de afastar o trio antes de 2 de janeiro, data em que o clube completará 99 anos. Após protocolar o pedido de reconvocação com 161 assinaturas, a articulação já reúne mais de 200 nomes, entre conselheiros e associados.

Reunião pode afastar trio neste mês
(Créditos: Chapa União/Divulgação)

A expectativa é de que, após optar pelo adiamento em outubro, Zezé Perrella oficialize a reconvocação em breve. O pedido teve adesão de figuras como o ex-presidente Gilvan Tavares; os ex-vices Biagio Peluso e Lidson Potsch; João Carlos Amorim, ex-presidente do Conselho; Anísio Ciscotto, ex-presidente do Conselho Fiscal; e o ex-diretor de futebol Dimas Fonseca.

Cruzeiro inicia reformulação, e aliados de Itair caem

Vinícius Dias
Publicada em 07/12/2019, às 18h

Se dentro de campo o Cruzeiro definirá seu destino diante do Palmeiras, neste domingo, no Mineirão, fora das quatro linhas o Conselho Gestor criado em outubro para conduzir a área administrativa do clube já deu início à reformulação. A expressão de ordem é cortar gastos. Cerca de 10 funcionários foram desligados nas últimas semanas.

Itair deixou o Cruzeiro em outubro
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, entre os recém-saídos estão pelo menos quatro aliados do ex-vice de futebol Itair Machado. Os profissionais ocupavam cargos nos departamentos de futebol, marketing, sócio-torcedor e gestão de arena. A tendência, independentemente do destino no Brasileirão, é de novos desligamentos a partir de segunda-feira.

Sem sofrimento não é Galo! Devolvam meu time!

Alisson Millo*
Publicada em 04/12/2019, às 11h25

Comemore, torcedor atleticano! Solte foguete, buzine pela cidade, rode a camisa e cante o hino. O Galo não vai cair. E a garantia veio com incríveis duas rodadas de antecedência. Devolvam meu time: sem o sofrimento de deixar para o último jogo não tem graça. Esse Atlético está ficando muito Nutella. A diretoria está tirando a essência dessa instituição tão tradicional de deixar tudo para os 45' do segundo tempo. Se você não entendeu a ironia, tenho péssimas notícias. Mas vamos voltar ao ritmo normal, afinal de contas a realidade do Atlético não tem graça nenhuma.


Vamos começar do começo. O jogo contra o Corinthians foi muito bom. Cazares, Jair e Marquinhos comeram a bola e foram os grandes responsáveis pelo placar de 2 a 1, que garantiu a permanência na primeira divisão. É preciso enaltecer o desempenho deles, a boa vitória e a excelente participação da Massa. Mas há muito tempo se foi o tempo de ficar feliz apenas por se livrar do rebaixamento. Embora, diante de todo o esforço feito pelo atual comando do clube, não cair é uma conquista.

Galo garantiu permanência na Série A
(Créditos: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Não é por ter atingido o mínimo do mínimo que podemos ficar com a sensação de dever cumprido. Na verdade, longe disso. Ainda há chance de disputar a Sul-Americana na próxima temporada e, após chegar perto com um elenco tão limitado neste ano, é possível projetar uma boa campanha em 2020 também. Esse passa a ser o objetivo agora. Pensando, claro, em curto prazo. Em um espectro maior de tempo, as ambições precisam ser muito maiores e o trabalho precisa ser muito melhor. Mas muito mesmo.

No que se propôs a fazer, que foi austeridade financeira, o presidente está mandando mal. No seu sonho de ter o nome gritado pela torcida, o tiro saiu pela culatra. Em relação aos escolhidos para gerir nosso Galo, dentro e fora das quatro linhas, o critério parece ser compartilhar da incompetência de quem os contrata. No discurso, um monte de palavras vazias. O reflexo disso é sentido em campo e na sensação de barco à deriva que eu tenho - e, acredito, muita gente tem - em relação ao clube.

À la Flamengo... da pior forma possível

Há alguns dias, Guga caiu em desgraça por comemorar o título do Flamengo, e agora é minha vez de enaltecer o trabalho lá. Não o de hoje, muito bem feito por razões óbvias. Mas o anterior, do ex-presidente. Claro, as cotas deles são muito maiores do que as nossas, mas a dívida foi reduzida em milhões e está equalizada, permitindo os investimentos que formaram o elenco que dominou o futebol brasileiro em 2019. Quanto Sette Câmara assumiu, imaginei que ele seria o Bandeira de Mello do Atlético. Justiça seja feita, há semelhanças nos elencos sofríveis e que se livraram do rebaixamento em cima da hora. Na gestão, os caminhos são opostos.

Elenco precisa evoluir muito em 2020
(Créditos: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Nossa dívida não diminui. Nosso pouco dinheiro é mal gasto. Nosso time é frágil. Nosso treinador é constantemente criticado e, talvez - apenas talvez - eu endosse o coro. Nosso diretor de futebol segue pelo mesmo caminho. Nossos atacantes não fazem gol. Nossos laterais não acertam cruzamento e não marcam direito. Nossa esperança está em um menino de 20 anos e em um craque que nunca sabemos quando realmente quer jogar.

Em um cenário normal, já passou da hora de planejar a próxima temporada. Mas seja sincero. O que te leva a crer que esse trabalho está sendo feito? Com todos os indícios dados pela atual gestão, qual é a esperança em ver uma mudança de realidade? No auge do meu pessimismo, a expectativa é de que 2020 seja, pelo menos, uma repetição deste ano. Poucas vezes na minha vida eu torci tanto para estar errado.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!

De fracasso em fracasso... Galo vai se salvando

Alisson Millo*
Publicada em 22/11/2019, às 11h25

De empate em empate, de tropeço alheio em tropeço alheio, de fracasso em fracasso, de algum jeito, o Atlético vai se salvando. Na conta milagrosa dos 45 pontos, a matemática joga a favor, muito mais do que o próprio time. No planejamento para o próximo ano, a tabela joga muito mais a favor que a diretoria. Na realidade de hoje, os infortúnios de outros são os nossos melhores amigos. Há quem se contente, ache engraçado e bata palma. Há outros que ainda tentam dar um voto de confiança.


Longe de mim querer pautar milhões de atleticanos, mas me parece apequenar demais a instituição torcer apenas para que os outros se deem mal, especialmente quando a gente não está tão bem assim. O Atlético depende apenas de si para sobreviver graças a um início surpreendentemente positivo. Hoje, nem o discurso de 'só não cai porque tem gente pior' se aplica mais. Nosso futebol é um dos piores, senão o pior entre as 20 equipes da Série A e, muito possivelmente, entre algumas da B.

Time não tem vencido nem convencido
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

No último sábado, muita gente torceu contra e pediu para facilitar para o Fluminense e prejudicar o rival. Vamos abrir bem nossos olhos e avaliar melhor a situação em que nos encontramos. O Atlético não pode, de forma alguma, cogitar entregar uma partida, ainda mais frente a um concorrente direto na luta contra o rebaixamento. E ao colocar a mãozinha na consciência você vai ver que esse time aí não precisa fazer um pingo de força para jogar mal e deixar o adversário dominar a partida.

Entre imaturidade e irresponsabilidade

O Atlético tem remontado aos tempos mais obscuros. Um amontoado de experientes que não chamam a responsabilidade e se escoram em garotos que estão longe de estarem prontos para ser solução, mas que são os que mostram alma suficiente para vestir essa camisa. Contra o Goiás, Marquinhos e Bruninho salvaram. Contra o Fluminense, de novo Marquinhos foi decisivo. Na ausência de Victor, Cleiton tomou conta do gol. Guga, embora irregular, é superior a Patric. Se não estivesse no DM, Alerrandro possivelmente seria titular, visto a escassez de gols dos centroavantes.

Base é boa notícia em meio a fracassos
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Lindo, maravilhoso. Os jovens estão ocupando lugar de destaque, o que era cobrado há muito tempo. Mas vale recair apenas neles? A responsabilidade maior deveria recair sobre os medalhões, mas muitos deles já são tratados como carta fora do baralho, escancarando os problemas de gestão e planejamento. Elias provavelmente sairá. Ricardo Oliveira tem sido nulo quando entra em campo. Cazares, eternamente tratado como joia, perdeu a cadeira cativa no time titular. Léo Silva deve se aposentar. Os maiores salários do elenco são incógnitas ou dispensáveis.

O treinador chegou outro dia e só tem contrato até dezembro. Presidente e diretor de futebol pouco explicam. O barco afundando, os marujos não têm força para remar, o capitão não sabe o que faz e os donos do barco há muito tempo largaram para lá. Se não fossem os mais novos se matando para tampar buraco e jogar água fora, talvez o Atlético hoje estivesse na Série B. A 'base que não revela ninguém' é a salvação do clube.

Se não é o cenário ideal, que sirva de lição adiante. Não se faz um time com estrelas de brilho fosco. É preciso espaço para que os jovens se desenvolvam e assumam o protagonismo quando realmente estiverem prontos. Enquanto a preferência for por renomados que não produzem, empates e fracassos alheios serão tudo que teremos para comemorar.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!

Das glórias ao bagaço: o pior Cruzeiro que vi

Vinícius Dias
Publicada em 19/11/2019, às 10h55

Vi Gladstone e Bruno Simões serem expulsos, Marcinho marcar o terceiro do Atlético, de pênalti, e Fábio, de costas para o gol, sofrer o quarto no clássico da decisão do Campeonato Mineiro de 2007. Vi a eliminação diante do São Paulo na Libertadores de 2010 com o volante Fábio Santos, depois de ser vaiado, anunciar a aposentadoria ainda no gramado do Mineirão. Vi Neymar, com três gols e uma assistência, humilhar o time de Celso Roth e ser aplaudido na Arena Independência, em 2012.


Vi a derrota por 3 a 0 para o River Plate, nas quartas de final, dar um choque de realidade e por fim ao sonho do tri na Libertadores de 2015. Vi o Fluminense de Abel Braga fazer 6 a 2 em pleno Mineirão, em 2005, com Petkovic e Tuta sobrando diante da zaga formada por Marcelo Batatais e Moisés. Vi a derrota por 3 a 0 para o Vasco, no Campeonato Brasileiro de 2001, com Edmundo, contratado a peso de ouro, demitido após perder pênalti e dizer que não comemoraria gol contra o ex-clube.

Cruzeiro tropeçou no rebaixado Avaí
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Em 2011, vi o Once Caldas eliminar o que parecia Barcelona das Américas, mas era quase um time de Série B. Mas aquele time tinha alma de elite. O de hoje envergonha o cruzeirense. Sem técnica, sem tática, sem coração. Com ídolo que nunca foi ídolo nem deveria ser titular recordando saída que bateu na trave, homenageando dirigente questionado pela torcida e chancelando queda de treinador que tentou mudar os rumos da história. Com a peça mais cara do elenco apresentando futebol digno de dó.

Nesses 26 anos de futebol, o atual Cruzeiro é o pior que vi.
Com a assinatura de quem transformou glórias em bagaço.

15 datas: Mineiro deve retomar formato de 2017

Vinícius Dias
Publicada em 29/10/2019, às 10h50

A menos que haja uma improvável reviravolta nos bastidores, a proposta da TV de disputa em dois turnos, a exemplo do Carioca, não sairá do papel no estadual de Minas Gerais. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, a tendência é de o arbitral desta terça-feira defina a retomada do formato adotado entre as temporadas de 2011 e 2017.


Representantes dos clubes do interior se reuniram nessa segunda-feira na tentativa de articular uma alternativa conjunta, mas não houve consenso. Com isso, após duas edições com quartas de final e oito equipes nos mata-matas, o Mineiro voltará a ter apenas os quatro primeiros avançando à fase final, o que significará a redução de 16 para 15 datas.

Cruzeiro foi bi no formato de 2018 e 2019
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Uma das possibilidades discutidas foi o rebaixamento de apenas uma equipe em 2020. Neste cenário, a edição seguinte teria 13 participantes, com 12 partidas por clube e mandos igualitários na primeira fase. Atualmente, com 11, metade joga seis em casa e a outra metade joga seis fora. O rateio das cotas de TV, já negociadas até 2021, no entanto, foi entrave.

Voto decisivo do Boa Esporte

Em meio às divergências, a sinalização é de que o Boa Esporte, que tem voto 9 no sistema de pesos adotado no arbitral, acompanhará Cruzeiro, Atlético e América pela retomada do formato. Sem o clube de Varginha, o bloco do interior ficaria isolado, alcançando no máximo 36 votos, enquanto o quarteto somará 42, suficientes para a aprovação da mudança.

Cruzeiro perde coordenador de mídias digitais

Vinícius Dias
Publicada em 25/10/2019, às 9h

Se dentro de campo as vitórias sobre São Paulo e Corinthians amenizaram a pressão sobre o elenco comandado por Abel Braga, fora dele o Cruzeiro continua a viver dias agitados. Além das divergências políticas, o organograma administrativo teve mais uma baixa nesta semana. Leonardo Bastos solicitou o desligamento do cargo de coordenador de mídias digitais, que havia assumido em 2 de janeiro, data do aniversário celeste.

Jornalista assumiu cargo em janeiro
(Créditos: Arquivo Pessoal/Leonardo Bastos)

Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, embora tenha evitado entrar em detalhes, o jornalista revelou nos bastidores que a saída foi motivada pela não adaptação à cultura corporativa do clube. "A vida é assim, cheia de ciclos, se a minha recomeçou aos 40, recomeçou a todo vapor. Chegou a hora de encarar mais um desafio", destacou na carta de despedida, fazendo questão de ressaltar que é "cruzeirense desde nascença".

Ações marcantes nos dez meses

No Cruzeiro, o então coordenador de mídias digitais teve participação destacada em ações marcantes como o corredor de troféus preparado para receber a seleção da Argentina na Toca da Raposa II durante a Copa América, em julho, e na criação da websérie O Jogo da Minha Vida, sucesso no canal do clube celeste no Youtube. Agora, Leonardo Bastos assumirá um cargo na AngloGold Ashanti, mineradora de ouro sul-africana.

'Alertei desde o início', diz ex-dirigente do Cruzeiro

Vinícius Dias
Publicada em 24/10/2019, às 10h50

Depois da confirmação de Zezé Perrella como novo gestor do departamento de futebol, o Cruzeiro definiu nos últimos dias a nomeação de Guilherme Cruz para o posto de secretário-geral do clube. O ex-superintendente da base sucederá Fernando Torquetti Júnior, que se desligou da função em março, em meio à perda de autonomia do cargo e ao acirramento do desgaste com a cúpula celeste e com o grupo político de situação.


Sete meses após a saída discreta, o ex-secretário revelou ao Blog Toque Di Letra ter alertado a diretoria sobre questões como a previsão estatutária de perda de mandato dos associados conselheiros e natos em caso de contratação como empregado do clube, hoje uma das principais bandeiras da oposição nos bastidores. "Os problemas enfrentados por esta administração foram alertados desde o início", assegurou.

Torquetti ao lado do presidente Wagner
(Créditos: Arquivo Pessoal/Fernando Torquetti)

De acordo com o empresário, inicialmente a ideia era se afastar ainda no segundo semestre de 2018. "Pedi para sair em setembro, mas o Itair me pediu para ficar. Daí adiante, eu só ia à sede uma vez por semana. Em março, já estava muito desgastado e me afastei em definitivo", detalhou Torquetti, cujas atribuições incluíam a atualização do regulamento geral do clube, não concluída em meio às divergências no Barro Preto.

Recuo da situação em eleição

A saída do cargo, hierarquicamente superior até mesmo às vice-presidências, mas ofuscado no dia a dia pela hoje extinta diretoria-geral, ratificou o acirramento do desgaste com a situação. Em 2017, Torquetti chegou a lançar candidatura à presidência do Conselho diante da sinalização de apoio de Wagner Pires de Sá. O grupo, no entanto, acabou recuando em prol da chapa única encabeçada por Zezé Perrella, seu histórico opositor.

Vamos, Cruzeiro! Tão combatido, jamais vencido!

Douglas Zimmer*
Publicada em 22/10/2019, às 16h10

Salve, China Azul!

A luta, mais do que nunca, continua, amigo leitor. Depois de duas vitórias seguidas e contra adversários dificílimos, que brigam pelas posições mais nobres na tabela de classificação, o Cruzeiro deu seus passos mais firmes até aqui na corrida para deixar a zona mais temida do futebol brasileiro. Entretanto, como vínhamos cometendo erros atrás de erros, ainda não dependemos apenas de nossos esforços para colocar os pés fora do lamaçal que é a zona do rebaixamento.


Nessas horas precisamos nos apegar a tudo aquilo que nos remeta ao objetivo tão sonhado. Se por um lado as duas vitórias ainda não trazem o alívio que gostaríamos, pelo menos dão indícios fortíssimos de que o grupo está no caminho certo, de que a química time-torcedor pode voltar a funcionar e de que a confiança está de volta. Ainda não foi possível ver uma mudança drástica no que tange ao comportamento tático e técnico dos jogadores. Mas, como eu vinha falando nas rodas de discussão, a hora é de ganhar de qualquer jeito, nem que seja sem querer, para só aí recuperar um pouco do fôlego e criar novo ânimo para seguir em frente.

Ederson foi heroi celeste contra o Timão
(Créditos: Daniel Vorley/Light Press/Cruzeiro E.C.)

De maneira alguma é hora de começar a olhar os confrontos que nos restam e fazer projeções. Não podemos dar nenhum jogo por vencido, muito menos por perdido. Se algum dos amigos fez esse estressante exercício nos últimos tempos, dificilmente colocou na conta os seis pontos conquistados nas duas últimas rodadas. Precisamos nos unir e pensar jogo a jogo. Enfrentar o próximo adversário como se fosse ele o divisor de águas. Por mais clichê e superficial que isso possa parecer, temos uma final já no próximo sábado. Sem olhar camisa, sem olhar posição na tabela, deixando de lado histórico do confronto, possíveis bons ou maus sinais.

Em crise, sim! Mas aqui é Cruzeiro!

Confesso que o ambiente tóxico e nocivo que foi criado no Cruzeiro contaminou demais minha autoestima e, há algumas rodadas, eu dava o rebaixamento como inevitável. Partidas absolutamente horríveis; um clima de desespero quase palpável entre os jogadores e exalando da torcida; pontos e mais pontos deixados pelo caminho de forma dolorida e, algumas vezes, vergonhosa; uma crise política sem precedentes que parecia engolir o clube como um buraco negro que se abria sob nossos pés. Não tenho a pretensão de dizer que dois resultados positivos exorcizarão todas estas mazelas, mas é o começo daquilo que pode se tornar nossa salvação.

Na quarta, Raposa bateu o São Paulo
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Se nós não lutarmos até o fim com todas as nossas forças para salvar o Cruzeiro Esporte Clube, ninguém o fará em nosso lugar. Essa guerra está longe de terminar. Não teremos um fim de semana sequer, uma noite de quarta-feira que seja, de paz enquanto não tivermos a certeza absoluta e matemática de que conseguimos içar o maior de Minas deste poço que parecia sem fim no Campeonato Brasileiro. Estejam preparados para muita luta, mas, acima de tudo, estejam preparados para vencer.

Força, Cruzeiro!

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

A ascensão de Perrella e o xeque em Wagner

Vinícius Dias
Publicada em 18/10/2019, às 11h55

Da retirada da candidatura nas eleições presidenciais de 2017, quatro meses antes de ver o correligionário Sérgio Rodrigues sair derrotado, à volta ao dia a dia da Toca da Raposa II, Zezé Perrella teve, nas últimas semanas, meteórica ascensão no xadrez político do Cruzeiro. Mais do que acumular a presidência do Conselho Deliberativo e a gestão do futebol, que ganha independência no organograma, o ex-senador emplacou três aliados no Conselho Gestor que passará a responder pela parte administrativa.


Na avaliação de lideranças ouvidas pelo Blog Toque Di Letra, além da ascensão de Perrella, encabeçando o departamento mais importante do clube, a reconfiguração administrativa representa um xeque em Wagner Pires de Sá. Já enfraquecido pelas saídas do diretor-geral Sérgio Nonato e do vice de futebol Itair Machado, dois de seus principais aliados desde a campanha eleitoral de 2017, o presidente perde ainda mais autonomia na nova formatação, comparada ao parlamentarismo inglês.

Zezé já é cotado para o pleito de 2020
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.)

O Conselho Gestor reúne três nomes indicados pelo grupo de Wagner e outros três ligados à ala Perrella. Nos bastidores, o diagnóstico em relação às articulações indica ainda um isolamento do ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares. Por outro lado, ressalta a afirmação política de Giovanni Baroni, um dos líderes da corrente Pró-Cruzeiro Transparente e cotado para suceder Zezé na presidência do Conselho Deliberativo a partir de 2021, e a manutenção do prestígio dos irmãos José Francisco e Hermínio Lemos.

Eleições do centenário em pauta

Diante da composição alinhavada nessa quinta-feira, a tendência é de que Wagner abra mão de tentar a reeleição. Nos primeiros movimentos visando à sucessão, importantes alas já têm defendido no Barro Preto a candidatura do próprio Perrella, que, inicialmente, descarta a participação no pleito. Um dos trunfos para convencê-lo seria a garantia de aporte do empresário Pedro Lourenço, cujo filho agora trabalhará ao lado do ex-senador e é apontado como potencial vice de futebol em uma futura gestão.

Discursos de mais e futebol de menos no Galo

Alisson Millo*
Publicada em 16/10/2019, às 14h

A semana começou com um massacre. Em plena Arena Independência, o Galo levou 4x1 do Grêmio. Com a derrota vexatória, Rodrigo Santana foi demitido e, no dia seguinte, Vagner Mancini foi contratado. Aqui sempre faço um esforço para me conter e manter o bom senso, mas parece que está faltando bom senso a todos que gerem o Clube Atlético Mineiro.


O presidente sumiu. Desde o início de seu mandato, declarou que não falava de futebol e que o responsável por esse assunto seria o então diretor Alexandre Gallo. Essa carta branca dada custou muito caro em termos financeiros e em termos de montagem de time e elenco, com peças ruins que estão aí até hoje e que têm contrato pelos próximos anos. Sucessor de Gallo, Rui Costa goza de igual liberdade, mas parece sofrer das mesmas limitações de análise de seu antecessor.

Diretor alvinegro ainda não convenceu
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Por falar em Rui Costa, após a saída de Santana, ele foi para a entrevista coletiva pós-jogo. Apesar da boa oratória e das palavras bonitas, suas falas pouco disseram e, quando significaram alguma coisa, jogaram luz sobre um problema muito grave: a desorganização que hoje toma conta da instituição. Não exatamente com essas palavras, mas ele disse que o novo treinador do Atlético seria quem topasse vir, sem um plano claro, sem um perfil estabelecido, sem uma ideia planejada. Ou seja, seria o que desse.

O que deu foi Vagner Mancini. Para o treinador, provavelmente a mensagem não foi essa, mas o que deu a entender foi que ele era o que tinha. O problema é que 'o que tem' nunca pode servir. 'O que tem' nunca vai ser o suficiente para o Atlético. Esse pensamento raso e vazio custa o pouco dinheiro do clube, custa a sanidade do torcedor, afasta a Massa do estádio e leva à descrença em um futuro melhor.

A temporada começa agora?

Ainda sobre a coletiva de Rui Costa, ele disse que, agora, cada jogo terá importância transcendental para o Atlético. Aqui nem vou entrar no uso equivocado da palavra. O objetivo é analisar o contexto e, principalmente, o conteúdo escondido atrás dessa palavra difícil. Agora, e apenas agora, os jogos passam a ser de suma importância? Essa é a visão de quem comanda o Atlético. Todo o primeiro turno? Não valia de nada. Sul-Americana? Segunda divisão da Libertadores. Copa Libertadores no início da temporada? Deboche da cara do torcedor, só pode!

Os jogos não podem valer só a partir de outubro, quando a água já está batendo no pescoço. As competições oficiais começam em janeiro. Para time e diretoria com mentalidade campeã, a 'importância transcendental' começa no estadual. Um clube da grandeza do Atlético tem o dever de encarar com seriedade todas as competições e competir em pé de igualdade em todas elas. Ganhar é circunstancial, mas demonstrar raça e hombridade é requisito mínimo para vestir essa camisa. E se planejar decentemente é requisito básico para comandar essa instituição.

Atlético perdeu por 4 a 1 para o Grêmio
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Mas me diga, torcedor: qual futuro você projeta para o Atlético? Não é daqui muito tempo, é para 2020. Hoje, todos os clubes já estão - ou deveriam estar - pensando na próxima temporada. Hoje, metade de outubro, o Galo anunciou um treinador novo, com contrato apenas até dezembro. Rui Costa afirmou que o clube não trabalha com a possibilidade de disputar a Série B no ano que vem, apesar da queda vertiginosa e de contar com o 'rei dos rebaixamentos' na área técnica. Vamos pensar positivo, vai que não cai mesmo. É com Mancini que nós vamos em 2020? Não é pensar pequeno demais? Se não for com ele, por que não trouxe desde já o nome ideal?

As perguntas parecem não ter resposta. E não adiantam palavras difíceis utilizadas em contextos errados. O que adianta é fazer o trabalho bem feito, contratar jogadores capazes de agregar ao elenco e fazer o Atlético crescer. O fato de o atual diretor parecer superior ao antecessor apenas no discurso é preocupante. O fato de o presidente insistir no erro sem perceber o rumo que o barco está tomando é indicativo de tempos tenebrosos à frente. Vamos pegar firme na crença de que tem muito time pior, porque, se formos depender apenas do que o nosso vem jogando, o prognóstico é terrível.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!