Alisson Millo*
Duas partidas, duas escalações totalmente diferentes e dois resultados completamente opostos neste início de temporada. Começou assim o Campeonato Mineiro do Atlético. E é com essa preparação que vamos encarar o clássico de domingo: um time titular que começou muito bem e um time C que demonstrou com todas as letras por que aqueles jogadores, com raras exceções, são as últimas opções do técnico Levir Culpi.
Duas partidas, duas escalações totalmente diferentes e dois resultados completamente opostos neste início de temporada. Começou assim o Campeonato Mineiro do Atlético. E é com essa preparação que vamos encarar o clássico de domingo: um time titular que começou muito bem e um time C que demonstrou com todas as letras por que aqueles jogadores, com raras exceções, são as últimas opções do técnico Levir Culpi.
Mas
foco no time que enfrentará o rival. Com permanência assegurada pelo
presidente, Luan foi a pauta deste início de ano: vai, não vai, quer ficar,
quer ir, ficou balançado, troca por Clayton, troca por Romero. O mais
importante é que o meia-atacante deu três assistências na estreia e foi
ovacionado pela torcida. Quem também mostrou sua qualidade foi nosso vovô
garoto do ataque. Artilheiro de 2018, apesar da má fase na reta final, Ricardo
Oliveira provou que o faro de gol o acompanhou no ano-novo.
Time titular estreou com o pé direito (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Réver
voltou e trouxe aquela velha qualidade na saída de bola. A seu lado, o
recém-chegado Igor Rabello fez uma estreia segura e, ainda que não tenha sido
muito testado pelo ataque do Boa Esporte, foi bem. Mais à frente, a situação de
Elias ganha contornos de novela mexicana, mas, em campo, o camisa 7 começou
bem, fazendo gol e tendo boa atuação. Caso o desfecho desse drama criado pelos
agentes do volante seja positivo para nós, um treinador experiente como Levir
deve conseguir aproveitar o melhor do atleta, que é comprovadamente um
referencial técnico.
Chará continua sem convencer
Quem
não empolgou foi Chará. O meia-ponta-atacante terminou mal o ano passado e
começou 2019 da mesma forma. A maior compra da história do Atlético não anda
fazendo jus às enormes cifras investidas em seu futebol e, mantendo essa toada,
deve perder a vaga entre os titulares. Quem fez o suficiente para tomar a vaga
do colombiano? Na verdade, ninguém, mas fica a corneta pelo alto custo diante
do futebol apresentado.
Equatoriano ainda não emplacou (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Contra
o Tombense ninguém se destacou - não positivamente, pelo menos. Não é terra
arrasada, nem de longe, mas alguns ali não parecem ter salvação. O que fica de
positivo é o uso de jogadores que normalmente têm poucos minutos em campo.
Estadual é justamente para isso, ainda mais com um calendário tão apertado
quanto promete ser em 2019.
O
primeiro grande teste passa pelo bom adversário de domingo. O histórico joga a
nosso favor, mas os números vão fazer pouca diferença no clássico. Retrospecto
não vale três pontos. Entrega, bom desempenho e, claro, gols ganham jogos. E o
time já se mostrou capaz de fazer os três. O que nós esperamos é que faça de
novo neste domingo.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!
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