Volante ex-Atlético e América rumo à Europa

Da Redação

Hexacampeão mineiro de base durante as passagens por Atlético e América, entre 2000 e 2012, o volante Arthur Lourenço terá sua primeira experiência no futebol europeu neste ano. O mineiro, de 23 anos, fechou contrato até o fim desta temporada com o SV Sparta Lichtenberg, da Alemanha. Com 24 pontos, a equipe está em nono lugar ao fim do primeiro turno da Berlin Liga, que será retomada no dia 17 de fevereiro.

Arthur Lourenço assina com o Sparta
(Créditos: G10 Assessoria/Divulgação)

"Estou muito feliz com o acerto. É o sonho de todo atleta jogar no futebol europeu, ainda mais na Alemanha, que é atualmente o campeão do mundo e tem um trabalho incrível de preparação dos atletas, desde as camadas inferiores. Sou fã do futebol alemão, principalmente da parte tática. Espero agora aproveitar a oportunidade no Sparta Lichtenberg e, quem sabe, me estabilizar aqui na Europa", destaca o brasileiro.

Trajetória no futebol profissional

Arthur Lourenço assinou seu primeiro contrato profissional em agosto de 2012, no Palmeiras, onde permaneceu até o início de 2015. Na sequência, defendeu Ipatinga, PSTC, clube pelo qual foi semifinalista do Campeonato Paranaense em 2016, e Ponte Nova, sétimo colocado no último Mineiro da Segunda Divisão. No futebol alemão, o meio-campista será comandado pelo ex-jogador sérvio Dragan Kostic, de 37 anos. 

Na reta final, alas tentam coalizão no América

Vinícius Dias

O América definirá nesta quarta-feira, em eleição na sede social, o presidente de seu Conselho Deliberativo para o triênio 2018/2020. A menos de 24 horas do pleito, a reta final de articulações tem movimentado os bastidores. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, membros de diferentes alas do clube alviverde ainda tentam viabilizar uma coalizão.

Euler, à direita, e Lasmar, ao centro
(Créditos: Mourão Panda/América)

A princípio, duas candidaturas foram registradas: Paulo Lasmar encabeça a chapa América Série A, com o ex-presidente Alencar da Silveira Júnior como vice. Euler Araújo é candidato pela América forte - Conselho participativo, tendo como vice Márcio Vidal. Entre 2012 e 2017, o Conselho Deliberativo americano foi comandado por Antônio Baltazar.

Ex-presidente cogita sair de cena

Expoentes da política do clube avaliam que o fato de os cabeças de chapa terem sido aliados no Conselho de Administração de 2015 a 2017 poderia facilitar uma composição. Defensor da proposta, a exemplo do que ocorreu na eleição do Conselho de Administração, em novembro, Alencar já sinalizou que, neste cenário, abriria mão de sua participação.


Com apenas cinco pontos em 12 possíveis, Oswaldo de Oliveira avalia
mudança de planos após escalar os titulares em apenas duas partidas

Vinícius Dias

Em busca de seu 45º título mineiro, o Atlético teve poucos motivos para comemorar nas quatro primeiras rodadas. Após perder por 1 a 0 para o Villa Nova, na última quinta-feira, em Nova Lima, o alvinegro voltou a tropeçar nesse domingo. O Galo chegou a abrir 2 a 0 diante da Patrocinense, no Horto, mas cedeu o empate na etapa final. Com cinco pontos em 12 possíveis, a equipe tem seu quarto pior início no atual formato.


A sequência negativa faz com que Oswaldo de Oliveira cogite até mesmo rever os planos. "O planejamento acontece, mas tem que ser recheado com o comportamento da equipe. Vou analisar durante a semana de trabalho. Pode ter alteração? Claro que sim, todo planejamento está sujeito a modificações", pontuou o treinador, que até então escalou time reserva fora de casa, com os titulares atuando apenas na Arena Independência.

Atlético cedeu empate à Patrocinense
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Desde 2004, quando o estadual passou a contar com primeira fase seguida de mata-mata, o Atlético registrou apenas três inícios inferiores ao atual. Em 2014, tinha quatro pontos após os quatro primeiros jogos, com saldo -3. Mesmo aproveitamento de 2007, mas com saldo -1. Em 2006, somou cinco pontos, com saldo -2, contra 2 desta edição. Por outro lado, o alvinegro chegou com 100% à 5ª rodada em 2011, 2012 e 2017.

Melhores campanhas - até a 4ª partida:

2017 - 4 vitórias / 12 pontos / saldo +10
2012 - 4 vitórias / 12 pontos / saldo +9
2011 - 4 vitórias / 12 pontos / saldo +7
2016 - 3 vitórias e 1 empate / 10 pontos / saldo +7

Piores campanhas - até a 4ª partida:

2014 - 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas / 4 pontos / saldo -3
2007 - 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas / 4 pontos / saldo -1
2006 - 1 vitória, 2 empates e 1 derrota / 5 pontos / saldo -2
2018 - 1 vitória, 2 empates e 1 derrota / 5 pontos / saldo 2

Tombense aprova Ipatingão diante do Cruzeiro

Vinícius Dias

Se em campo os comandados de Ramon Menezes foram derrotados por 2 a 1 pelo Cruzeiro, nos bastidores a partida de sábado terminou com balanço positivo para o Tombense. Com 14.751 torcedores, a renda líquida bateu recorde no estadual: mais de R$ 612 mil. A título de comparação, o estádio Antônio Guimarães de Almeida, onde o Gavião Carcará exerce seu mando em Tombos, tem capacidade para cerca de três mil.

Ipatingão: quase 15 mil no último sábado
(Créditos: Sérgio Roberto Oliveira/Light Press/Cruzeiro)

"A gente tentou trazer para Ipatinga e ter o maior público possível. Foi satisfatório. Acredito que valeu a pena para todo mundo e para a região, que suportou bem o jogo", destaca ao Blog Toque Di Letra o presidente do Tombense, Lane Gaviolle. Antes do duelo, a título de contrapartida, o clube ainda fez uma série de ajustes nas partes frontal e interna do estádio. "Saiu tudo dentro do combinado (com a Prefeitura)", frisa.

Partida com o Coelho em pauta

Com o mando de campo no Vale do Aço aprovado, o Tombense ainda avalia a possibilidade de receber o América, pela 8ª rodada, no estádio. "Dependendo de como a gente estará na tabela. Precisamos ver os jogos, a logística (a distância é superior a 250 quilômetros)", pontua Lane. O duelo está marcado para 23 de fevereiro. Conforme o regulamento, alterações de local devem ser solicitadas com pelo menos dez dias de antecedência.

Primeira Liga deve ter novo formato em 2018

Vinícius Dias

O futuro da Copa da Primeira Liga começará a ser definido em 05 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Na data, ocorrerá a primeira reunião sob o comando de Marcus Salum, eleito em dezembro para comandar a entidade no biênio 2018/2019. "Tenho um projeto em mãos e, nesta segunda-feira, vou convocar os clubes. Vou aproveitar os arbitrais das Séries A e B e a presença de todos lá", confirma o presidente ao Blog Toque Di Letra.


Inicialmente, a expectativa era de que o calendário e o formato para 2018 fossem discutidos ainda no ano passado, no encontro que marcou a eleição do dirigente do América. A ausência de representantes de sete - Atlético/MG, Atlético/GO, Avaí, Chapecoense, Criciúma, Grêmio e Internacional - dos 16 filiados aptos a disputar, no entanto, adiou o debate. Pelo estatuto, os clubes da Série C - Joinville, Luverdense e Tupi - estão fora.

Dérbi teve maior público da Liga em 2017
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Na reunião de 05 de fevereiro, o novo presidente apresentará a proposta de uma competição exclusivamente de mata-matas. "Em vez de dividir os clubes em chaves, transformar em uma copa, como a Copa do Brasil. Oitavas de final, quartas de final, semifinal e final", revela. Neste formato, a Copa da Primeira Liga ocuparia entre quatro - com jogo único em todas as fases - e oito datas - caso os confrontos tenham ida e volta.

Expectativa de recorde de estados

A tendência é de que o torneio, disputado entre janeiro e outubro na temporada passada, aconteça durante a Copa do Mundo neste ano. Um dos maiores entraves é a possibilidade de a Série B ter jogos no período, o que reduziria as alternativas de datas para seis dos filiados. A Série A, que reúne outros dez, será paralisada. Caso todos os clubes aptos participem, sete estados serão envolvidos na terceira edição.

Galo de 2018: os primeiros tropeços e lições

Alisson Millo*

Começou o ano para o Atlético. Oficialmente agora, não mais aquele time da Florida Cup. Três jogos, quatro pontos e mais dúvidas do que respostas. Nossa esperança é de que, em dezembro, todas essas dúvidas tenham sido resolvidas e 2018 termine bem. Do jeito que todos queremos.


No domingo, assistimos a uma grande vitória sobre o Democrata. Time titular, placar construído em 20 minutos, ótima atuação de Elias e Cazares, sobretudo no primeiro tempo, quando o Galo fez os 3 a 0. Serviu de teste também para Roger Guedes e Arouca, que estrearam muito bem. Arouca foi uma grata surpresa, com desarmes e qualidade nas saídas. Em um jogo, já atuou mais que em 2017 e deu indícios de que foi um bom reforço.

Roger Guedes fez excelente estreia
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Nas outras duas partidas, time reserva. Parte da preparação física para toda a temporada. Um empate e uma derrota, mas, muito mais do que os resultados, o desempenho de alguns atletas é o importante deve ser analisado para saber quem tem qualidade o suficiente para brigar por posição e para ver quem não tem qualidade para se destacar nem no estadual, teoricamente a competição de menor nível técnico da temporada.

Elenco ainda precisa de reforços

Nesse time, Danilo, Valdívia e Carlos provaram, mais uma vez, que os reservas imediatos do Atlético não estão nem próximos do nível dos titulares. Será mais um ano de rezas para Fábio Santos não se machucar, porque falta opção para a lateral-esquerda. Carlos voltou do Inter, pouco fez lá e pouco mostrou em dois jogos. Por falar em Internacional, Valdívia pode voltar pra lá, porque o valor dos direitos é astronômico, ainda mais para um jogador de desempenho tão fraco quanto o do Poko Pika.

Valdívia segue decepcionando no Galo
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Se a derrota para o Vila Nova serviu para alguma coisa foi para ver Alerrandro e Bruno Roberto. Os dois garotos entraram no segundo tempo e, juntos, criaram as melhores chances no ataque, quase chegando ao empate. Talento não tem idade. No Mineiro, avançam oito dos 12. Se não lançar esses talentos agora, sem pressão por resultados, não lançaremos nunca ou queimaremos promessas. Se o sub-23 foi fracasso, o estadual é a chance de revelar bons jogadores, com custo bem menor que alguns renomados.

A torcida quer conquistas e nem sempre entende - ou melhor, não liga muito - a austeridade. Mas já ficou provado que estrelas não são sinônimo de títulos. Pedaladas e currículos custam caro, às vezes se acham maiores que o clube, mas não jogam sozinhos. Que fique aqui quem quer trabalhar, vencer, não quem só tem discurso. A massa apoiará quem mostrar a raça que o atleticano tanto gosta, independentemente de quantos grandes clubes tenha defendido ou quantas Copas disputado.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!


Presidente da comissão de arbitragem da FMF detalha cenário; para
uso neste formato do módulo I, custo total passaria de R$ 7 milhões

Vinícius Dias

Os jogos do Campeonato Mineiro dificilmente contarão com árbitro de vídeo em um futuro próximo. Além do alto custo da tecnologia, estimado em no mínimo R$ 100 mil por partida, pelo menos três obstáculos justificam a posição da cúpula da Federação Mineira em relação ao assunto. Utilizado pela primeira vez no futebol brasileiro em maio do ano passado, na decisão do Campeonato Pernambucano entre Sport e Salgueiro, na Ilha do Retiro, o sistema ainda não está efetivamente consolidado.


"A inserção do árbitro de vídeo é extremamente complexa e deve ser tratada com muita responsabilidade. A questão não é só dinheiro. Tem a estrutura física (dos estádios), disponibilidade de profissionais (para produzir imagens)", pontua o presidente da comissão de arbitragem da FMF, Giulliano Bozzano, ao Blog Toque Di Letra. "Para fazer em todas as partidas da mesma forma, se há x câmeras no Mineirão e Arena Independência, é preciso ter o mesmo número no interior. Muitas vezes não há", completa.

Estreia do árbitro de vídeo, em maio
(Créditos: Fernando Torres/CBF/Divulgação)

Em 2017, por exemplo, a CBF cogitou o uso no returno da Série A, mas nem todos os estádios estavam aptos. No Mineiro, há outro entrave: por rodada, no máximo três partidas são exibidas pela TV. A necessidade de ter imagens padronizadas dos 76 confrontos provavelmente exigiria a contratação de empresa especializada. "No Brasileiro, já há toda a estrutura de transmissão. No estadual, passaria de R$ 100 mil por jogo", projeta Bozzano. Com isso, o custo por toda a competição superaria R$ 7,6 milhões.

'O árbitro de vídeo é irreversível'

A falta de um protocolo fechado em relação às decisões a partir dos replays também é tida como obstáculo. "Há situações que só ocorrerão na prática. Às vezes, as pessoas têm a sensação de que o árbitro de vídeo vai solucionar tudo. Não é verdade. Há lances interpretativos que, mesmo na televisão, não ficam claros", afirma o ex-árbitro, entusiasta da tecnologia. "Sou a favor, mas com muita responsabilidade. Acho que é irreversível e, gradativamente, ele será inserido para o bem do futebol", acrescenta.

Sócio-torcedor do Cruzeiro é líder em 2018

Vinícius Dias

Volta à Libertadores, manutenção das principais peças do elenco e chegada de reforços de alto nível. A equação do Cruzeiro está, literalmente, no azul. Dono do recorde de público do país nesta temporada - 42.484 presentes, com 33.187 pagantes, diante do Tupi, no Mineirão -, o clube celeste também lidera o ranking nacional de adesões a programas de sócios-torcedores. Até essa quarta-feira, foram registrados 4.833 associações, de acordo com dados disponibilizados no site Histórico Futebol Melhor.

Estreia celeste teve recorde de público
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

A meta do Cruzeiro é atingir a marca de 100 mil sócios-torcedores ainda neste ano. "Nosso torcedor tem nos passado uma confiança muito grande. Só neste mês de janeiro, tivemos quase cinco mil novos Sócios do Futebol e no jogo de abertura da temporada tivemos um público superior a 40 mil pessoas. Tudo isso nos motiva ainda mais a investir na manutenção e qualificação da equipe", destacou o presidente Wagner Pires de Sá, ao site oficial do clube, ao anunciar a recusa de proposta por Thiago Neves.

Terceiro melhor mês desde 2014

Os mais de 4,8 mil novos sócios nas quatro primeiras semanas já transformaram janeiro em um dos melhores meses da história do programa. Desde 2014, o número foi superado apenas duas vezes: em agosto de 2017, quando conquistou 6.559 às vésperas de disputar a final da Copa do Brasil, e em fevereiro de 2014, com 5.129 inscrições. O último dia 15 foi o mais agitado deste ano, com o clube celeste registrando 1.040 associações. A média diária entre 1º e 24 de janeiro foi de 155,9.

À espera do Galo, Villa Nova reforça elenco

Vinícius Dias

Buscando se recuperar após as derrotas para Tombense e Boa Esporte, o Villa Nova acertou a contratação de três reforços para a sequência do Mineiro. A principal novidade é o retorno do meia-atacante Leozinho, que defendeu o Leão do Bonfim na temporada passada. Com o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID), o cearense já poderá fazer a reestreia diante do Atlético, no estádio Castor Cifuentes, nesta quinta-feira.

Leozinho: nova opção para Ito Roque
(Créditos: Villa Nova A.C./Divulgação)

Leozinho, que estava no Floresta/CE, foi o destaque alvirrubro na vitória por 2 a 0 sobre o Tombense, na 10ª rodada do último estadual. O triunfo em Nova Lima, com dois gols do meia-atacante, garantiu a permanência do Villa no módulo I. Além dele, chegaram o lateral-esquerdo Maninho, ex-Itumbiara/GO, e o experiente atacante Ricardo Lobo, revelado pelo Guarani, que fez carreira no futebol japonês e defendeu o Joinville em 2017.

Leão volta a mandar no Alçapão

Após três anos, o Castor Cifuentes voltará a receber um time de BH: Villa Nova e Atlético se enfrentarão nesta quinta-feira, às 18h30, pela 3ª rodada. Antes disso, o mais recente confronto entre o Leão do Bonfim e o Galo em Nova Lima havia sido disputado no estadual de 2014: vitória alvinegra por 4 a 1. O local desta partida foi definido após a retirada do veto por parte da TV e o cumprimento das adequações solicitadas ao clube.


Polivalente e com passagem pela seleção brasileira de futsal, Aline
Guedes chega ao Rio de Janeiro almejando títulos pelo rubro-negro

Vinícius Dias

Camisa 10 do América na conquista do Campeonato Mineiro feminino em 2016, Aline Guedes defenderá o Flamengo nesta temporada. Novo reforço do rubro-negro, a meio-campista já conta os dias para a estreia. "A torcida é de arrepiar. Esse é o nosso desejo para todos os jogos que tivermos em casa: apoio do início ao fim", destaca ao Blog Toque Di Letra a belorizontina, que chegou ao clube depois de ter alcançando a patente de terceiro-sargento da Marinha, parceira no projeto de futebol feminino.


Nas últimas temporadas, Guedes conciliou a rotina de treinos com a função de assistente técnica das categorias de base de um clube em Belo Horizonte. No Rio de Janeiro, a meio-campista vive uma situação inédita: a dedicação exclusiva à bola. "Com certeza, essa jornada dupla me prejudicou de alguma forma, principalmente por não ter tempo disponível para cuidar do meu físico, do meu corpo, o meu principal instrumento de trabalho enquanto atleta", reconhece, disposta a correr, literalmente, atrás do prejuízo.

Aline Guedes: cara nova do Flamengo
(Créditos: Arquivo Pessoal/Aline Guedes)

A chegada ao rubro-negro representa o desfecho positivo de uma história iniciada durante o Campeonato Brasileiro feminino de 2015. "(No duelo entre América e Flamengo), alguns dirigentes me viram jogando, gostaram do meu desempenho e, desde então, começaram a fazer contatos e demonstrar interesse", revela, entusiasmada com o projeto. "Estou trabalhando muito nesta pré-temporada, pensando em manter juntamente com a equipe os títulos do último ano e buscar novas conquistas", completa.

Calendário flamenguista em 2018

O Flamengo/Marinha terá pela frente pelo menos três competições nesta temporada: o Carioca feminino, o Campeonato Brasileiro da Série A1 e o Mundial militar. No estadual, o rubro-negro defenderá o título conquistado de forma invicta no ano passado. No nacional, campeão em 2016, tentará o bi a partir de 25 de abril. "A expectativa é sempre de alcançar a parte mais alta do pódio. Para isso, é preciso ter foco, além de determinação e humildade por onde quer que passemos", enumera Aline Guedes.

Goleiro Lucão, do Cruzeiro, deixa o Ipatinga

Vinícius Dias

Sem chances no time profissional do Cruzeiro desde que foi promovido por Mano Menezes, na temporada passada, o goleiro Lucão, de 19 anos, segue com futuro indefinido. O capixaba chegou a se apresentar ao Ipatinga, em Belo Horizonte, na véspera do jogo-treino contra o time celeste, disputado no último dia 12, na Toca da Raposa II. O empréstimo que estava encaminhado, no entanto, acabou não sendo concretizado.

Lucão ao lado de Halef Pitbull e Eurico
(Créditos: Ipatinga Futebol Clube/Divulgação)

A informação foi confirmada ao Blog Toque Di Letra nessa segunda-feira pelo diretor de futebol do Tigre do Vale do Aço, Amarildo Ribeiro. Com o volante Eurico e o atacante Halef Pitbull emprestados pelo Cruzeiro no elenco, os comandados de Eugênio Souza farão a estreia no módulo II do estadual em casa, diante do Guarani, em 17 de fevereiro. Sem acordo, Lucão tem vínculo com o clube celeste até o fim desta temporada.

Os bastidores da cessão de Thonny Anderson

Vinícius Dias

Emprestado ao Grêmio na negociação que trouxe o lateral-direito Edilson à Toca da Raposa II, o meia-atacante Thonny Anderson ainda aguarda a publicação de seu nome no Boletim Informativo Diário (BID) para fazer a estreia pelo tricolor gaúcho. Antes de ser apresentado pelo novo clube, no entanto, o atleta, de 20 anos, acertou a renovação do contrato com o Cruzeiro. O vínculo que inicialmente se encerraria no fim desta temporada foi estendido até 31 de dezembro de 2021.

Meia-atacante aguarda regularização
(Créditos: Grêmio FBPA/Divulgação)

Thonny Anderson foi cedido ao Grêmio até o fim deste ano. O atual campeão da América assegurou 30% dos direitos econômicos do novo camisa 27 em definitivo e, ao término do contrato, tem opção de compra de mais 20% para mantê-lo. O formato foi confirmado ao Blog Toque Di Letra pelo presidente do tricolor, Romildo Bolzan Júnior, sem revelar o valor fixado. "Vou preservar um pedido do vice-presidente aí (do Cruzeiro)", justificou. Procurado nessa segunda-feira, Itair Machado não atendeu às ligações.

Temporada de títulos no sub-20

Antes da transação com o clube gaúcho, que também envolveu o meia-atacante Alisson, Thonny Anderson tinha 70% dos direitos econômicos ligados ao Cruzeiro. O restante pertence ao staff encabeçado por Alaece Dias. Na última temporada, o paulista foi camisa 10 e capitão da equipe sub-20 no tricampeonato brasileiro e na conquista da Supercopa diante do arquirrival Atlético, que valeu à Raposa uma vaga na Copa Libertadores sub-20, cuja disputa terá início em 10 de fevereiro, no Uruguai.

O calendário brasileiro e a produção de crises

Vinícius Dias

Ótima cabeçada de Manoel defendida pelo goleiro Omar aos 11 minutos. Nova intervenção, aos 44', após finalização de Romero. E o sábado terminou com cruzeirenses - minoria, é verdade - questionando o empate ante a Caldense. Da diferença financeira à falta de criatividade do time de Mano Menezes, diversos argumentos, quase sempre sem tocar o principal: o calendário produtor de crises. Porque o que já era ruim ficou ainda pior e alguns clubes chegarão a cinco jogos ainda em janeiro, mês de pré-temporada, que já era pequena e ficou ainda menor. Com todos aceitando.


A partida em Poços de Caldas opôs equipes com abismo de 1300% nas cotas, mas também em estágios distintos: a Caldense foi a primeira a iniciar a pré-temporada, ainda em 17 de novembro, enquanto Cruzeiro e Atlético - que levou time alternativo à Florida Cup e reserva à estreia diante do Boa Esporte, em prol da preparação - se aprontavam para a 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. Paradoxalmente, no círculo vicioso do futebol nacional, os clubes do interior são beneficiados no início dos estaduais justamente por não terem o que mais desejam: um calendário de 12 meses.

Time celeste empatou com a Caldense
(Créditos: Vagner Silva/Light Press/Cruzeiro)

Na Itália, a Juventus estreou na temporada 71 dias após seu último jogo em 2016/2017, como o Chelsea, na Inglaterra. Na Espanha, o Barcelona teve 78 dias. Na França, mesmo abaixo da média, o PSG aguardou 63. No Brasil em que o intervalo para Atlético e Cruzeiro foi de apenas 45 dias, 70% da elite já tropeçou em 2018. Bahia e Botafogo já receberam vaias, o São Paulo vive um início de crise. E os estaduais, importantes, mas carentes de revisão, seguem intactos no xadrez político que mantém a confederação cujo presidente sequer viaja ao exterior para buscar bons exemplos.

É correto o torcedor querer que seu time vença todos os jogos.
Errado é o calendário do Brasil: um enorme produtor de crises.

O novo Cruzeiro e a ótima primeira impressão

Douglas Zimmer*

Salve, China Azul!

Finalmente acabou o recesso e, depois de quase um mês e meio, o Cruzeiro nosso de cada meio e fim de semana voltou para preencher o vazio deixado quando terminou a temporada de 2017. Ano novo, caras novas, desafios e postura novas. Pelo menos é isso que espero para o maior de Minas e para sua imensa torcida. A julgar pela movimentação no mercado e pela estreia, na quarta-feira, diante do Tupi, não estou longe da realidade.


A nova diretoria, apesar de todo o imbróglio que envolveu sua eleição, se comportou muito bem perante a realidade do futebol brasileiro e conseguiu, com contratações pontuais e a dispensa/empréstimo/negociação de jogadores que já não tinham mais espaço, melhorar consideravelmente o nível do grupo. Mesmo que não tenha sido em grande quantidade, veio a calhar. Todos já estão fartos de saber os nomes tanto dos que chegaram quanto dos que partiram. Sendo assim, é dispensável que eu pormenorize.

Raposa derrotou o Tupi na estreia
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro)

A questão principal é que Mano Menezes começa 2018 com praticamente tudo o que tem de melhor à disposição e com a maioria das carências que a equipe vinha apresentando nos últimos anos contornada. É claro que sempre é possível melhorar ainda mais as coisas, entretanto não vejo mais nenhuma necessidade pungente e que mereça uma busca específica no já limitado mercado atingível para os clubes brasileiros. Negócios de ocasião que venham trazer ainda mais qualidade sempre serão bem-vindos, porém não estou preocupado com isso neste momento.

Fim das férias e reestreia no azul

Quero muito curtir o Cruzeiro neste ano, o tanto que ele me permitir. Confesso que quase não me envolvi em conversas que tratavam de especulações acerca de nomes, de valores, de escalações hipotéticas. Tirei férias junto com o Cruzeiro e guardei toda minha paixão para o ano que nos espera. Na estreia, apesar de saber que se tratava de início de temporada e que, nesses casos, é comum o freio de mão ainda estar meio puxado, fiquei surpreso com o volume de jogo apresentado pelo time. Achei que seria uma estreia mais burocrática do que qualquer outra coisa.

Camisa 9 teve boa movimentação
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro)

Gostei muito da movimentação ofensiva da equipe e da imposição que os jogadores demonstraram durante quase toda a partida. Apesar de o placar ter sido até modesto, fiquei muito satisfeito com a primeira impressão que tive acerca da equipe que, assim como em 2017, começa a temporada mais forte do que estava no ano anterior. Isso é algo que pode nos ser de grande valia na comparação com outros times. A continuidade do trabalho, aliada às novas possibilidades que o plantel oferece, é um fator do qual, tenho convicção, Mano saberá tirar o melhor proveito possível.

No mais, já estou ansioso pelas próximas pelejas que nos esperam no decorrer deste ano que mal começou. Força, Cruzeiro!

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!


Aberta ao torcedor, Copa 99 arrecadará alimentos não perecíveis
para entidades da capital; 1 kg dará direito a ingresso do torneio

Da Redação

Neste sábado, os torcedores mineiros poderão matar a saudade de dois grandes ídolos. O ex-volante Gilberto Silva, que fez história com as camisas de América e Atlético, e o ex-lateral-esquerdo argentino Sorín, um dos maiores nomes da história do Cruzeiro, voltarão ao Mineirão. Ambos foram convidados para estrear como treinadores durante a Copa 99, promovida pela maior empresa brasileira de mobilidade urbana.


O torneio amador terá a participação de 55 motoristas do aplicativo na capital mineira, que serão divididos em quatro times em uma disputa acirrada pelas medalhas de ouro, prata e bronze. "Sabemos que o mineiro é apaixonado por futebol e queremos oferecer aos nossos parceiros a oportunidade de viver um momento mágico, colocando em prática o espírito de equipe", afirma Simmon Nam, gerente de operações da 99.

Ídolos voltam ao Mineirão neste sábado
(Créditos: Bruno Cantini/Washington Alves/Light Press)

Pentacampeão mundial em 2002, Gilberto Silva se mostra entusiasmado com a oportunidade. "Durante o jogo, quero compartilhar um pouco da minha experiência com os participantes e ajudá-los a alcançar o melhor resultado. Acima de tudo, espero que todos se divirtam e tenham um belíssimo dia juntos, sem reclamar muito do treinador, é claro", destaca o ex-volante, que atualmente trabalha como consultor.

Copa 99 de futebol amador - Mineirão:

Data: 20 de janeiro
Horário: das 10h às 13h
Ingressos: 1 kg de alimento não perecível - exceto sal e fubá
Troca: portão G2 do Mineirão, a partir das 9h

Villa Nova enfrentará o Atlético em Nova Lima

Vinícius Dias

Depois de quase três anos, o Castor Cifuentes voltará a receber um clube de Belo Horizonte. O Villa Nova enfrentará o Atlético no estádio, na próxima quinta-feira, às 18h30, em duelo válido pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro. Antes disso, o mais recente confronto entre o Leão do Bonfim e o Galo em Nova Lima havia sido disputado em março de 2014, na 8ª rodada do estadual: vitória alvinegra por 4 a 1. O local da partida do dia 25 foi definido após a retirada do veto prévio por parte da TV.

Em 2017, Atlético bateu Villa por 2 a 1
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, um ponto-chave para a volta do Castor Cifuentes à rota de grandes jogos do estadual foi o cumprimento de várias adequações solicitadas à diretoria do Villa Nova após vistoria realizada no fim de novembro. As obras incluíram a retirada de partes do alambrado, ajustes no posicionamento das grades e também na estrutura da cabine de TV. Para a partida contra o Atlético, a iluminação do estádio será reforçada com a instalação de pontos móveis extras.

Estádio, em dezembro, durante obras
(Créditos: Villa Nova A.C./Divulgação)

Agora retirado, o veto prévio da detentora dos direitos de transmissão ao estádio de Nova Lima passou a constar no regulamento do Campeonato Mineiro em 2016. Justamente por isso, a partir daquela edição, o alvirrubro passou a ter autorização dos demais clubes para realizar suas partidas na Arena Independência e no Mineirão. "Independentemente do adversário, não se configurando esta situação como inversão de mando de campo", ressalta o artigo 26 do regulamento desta temporada.

Confrontos em Sete Lagoas e BH

O embate com o América, na 6ª rodada de 2015, foi o último contra um clube da capital no Castor Cifuentes - a partida com o Cruzeiro, na 7ª, acabou transferida para a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Em 2016, o Villa Nova exerceu o mando diante do Atlético no Mineirão e do América na Arena Independência. No ano passado, encarou o Cruzeiro no Gigante da Pampulha. Após o sinal verde para quinta-feira, a expectativa é de que o duelo com o América, na 11ª rodada, também aconteça no estádio.

Cruzeiro bate recorde em vitória sobre o Tupi

Vinícius Dias

Mais do que três pontos, o confronto com o Tupi, na noite dessa quarta-feira, no Mineirão, valeu um recorde ao Cruzeiro no atual formato do estadual, adotado em 2004. O clube celeste registrou seu maior público pagante contra adversários do interior na primeira fase: 33.187 torcedores - foram 42.297 presentes. Na reestreia de Fred, a equipe comandada por Mano Menezes venceu por 2 a 0, com gols de Robinho e Rafinha.


Até então, o recorde diante de clubes do interior neste formato havia sido registrado em 2007, no triunfo por 4 a 0 sobre o Guarani, que teve 21.297 pagantes nas arquibancadas. No geral, os seis maiores públicos pagantes da Raposa no Campeonato Mineiro desde 2004 aconteceram em clássicos contra o Atlético. O dessa quarta-feira aparece em sétimo. O top 10 ainda tem confrontos contra América, Guarani e Tombense.

Reestreia de Fred teve grande público
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro)

De forma inédita, o Cruzeiro preparou uma festa para a noite de estreia. O evento intitulado La Bestia Negra começou às 18h45, com show do sertanejo Marcelinho Rodrigues, na esplanada sul do Gigante da Pampulha, que recebeu food trucks e bares, além das cheerleaders e do Raposão. Às 21h30, teve início a apresentação do elenco para esta temporada. Principal reforço, o atacante Fred foi ovacionado pelos torcedores.

Maiores públicos pagantes do Cruzeiro - 1ª fase:

20/02/2005 - Cruzeiro 0x2 Atlético - 6ª rodada / 60.778*
03/02/2013 - Cruzeiro 2x1 Atlético - 3ª rodada / 52.989*
15/02/2009 - Cruzeiro 2x1 Atlético - 5ª rodada / 47.803*
10/02/2007 - Cruzeiro 1x3 Atlético - 4ª rodada / 42.272*
01/04/2017 - Cruzeiro 2x1 Atlético - 10ª rodada / 35.459
08/03/2015 - Cruzeiro 1x1 Atlético - 6ª rodada / 34.412
17/01/2018 - Cruzeiro 2x0 Tupi - 1ª rodada / 33.187
07/02/2004 - Cruzeiro 2x2 América - 4ª rodada / 21.563
27/01/2007 - Cruzeiro 4x0 Guarani - 2ª rodada / 21.297
02/03/2013 - Cruzeiro 3x1 Tombense - 4ª rodada / 21.153

*Clássicos disputados com torcida dividida