Da aposta de Kalil aos
lances mágicos que levaram o Galo ao título
da Libertadores, meia,
agora aposentado, marcou época na capital
Vinícius Dias
Do
primeiro treino na Cidade do Galo, antes mesmo da apresentação oficial em 04 de
junho de 2012, à coletiva de despedida em 30 de julho de 2014, uma semana
depois de entrar em campo pela última vez, Ronaldinho Gaúcho viveu momentos
marcantes com a camisa do Atlético. De R49 a R10, a passagem do meia, cuja
aposentadoria foi anunciada nessa terça-feira, incluiu conquistas internacionais,
gols e idolatria no alvinegro. A seguir, o Blog
Toque Di Letra relembra os principais números e fatos.
"Não
quero falar muito, quero jogar logo, dar o meu melhor e dar alegria ao torcedor
do Atlético", destacou na chegada, após deixar o Flamengo de forma
conturbada. A estreia aconteceu em 09 de junho, diante do Palmeiras, no
Pacaembu. O gol do triunfo por 1 a 0, curiosamente, foi marcado por Jô, que
durante duas temporadas faria parceria de sucesso com R49 - o número, escolhido
pelo astro em homenagem à mãe, Miguelina, que enfrentava problemas de saúde,
foi usado em 32 jogos em 2012.
R10: caso de amor com os atleticanos (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
A
data do primeiro encontro com a torcida atleticana foi 23 de junho. O meia
precisou de 35 minutos para balançar as redes na vitória por 5 a 1 sobre o
Náutico. Na mesma Arena Independência que, em 06 de outubro, assistiu a uma das
atuações mais marcantes da carreira do gaúcho: três gols e duas assistências na
goleada por 6 a 0 diante do Figueirense, um dia após a morte de seu padrasto.
Aquele ano terminou sob gritos de "Fica, Ronaldinho" no Horto, mas o
tão sonhado título brasileiro bateu na trave.
Bordões e título da Libertadores
Roteiro
bem diferente das duas temporadas seguintes. Em 2013, com a camisa 10, deu sua
primeira volta olímpica pelo Atlético: no estadual. Mas foi na Libertadores que
voltou a ganhar destaque. Além do título inédito, consagrou bordões como
"Aqui é Galo, p...." e "quando tá valendo, tá valendo". Nem
mesmo o revés para o Raja Casablanca, no Mundial de Clubes, minimizou o brilho.
A despedida veio em 2014, com a conquista da Recopa Sul-Americana, diante do
argentino Lanús, no Mineirão.
Parceria com Jô rendeu Libertadores (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Ao
longo de 787 dias na Cidade do Galo, Ronaldinho Gaúcho entrou em campo 88
vezes, incluindo seis clássicos contra o rival Cruzeiro. Foram 45 vitórias, 27
empates e 16 derrotas, com 61,4% de aproveitamento. No período, marcou 28 gols,
somou 32 assistências e foi eleito o Rei da América, em 2013, na tradicional
votação promovida pelo jornal El País,
do Uruguai. Números que significaram, inclusive, o retorno à seleção
brasileira, pela qual disputou três partidas ao longo da passagem pelo
Atlético.
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