Lição ao Galo: sobrará tempo, mas falta elenco

Vinícius Dias

Escanteio para o Atlético que se transformou em contra-ataque do Flamengo, falha de Emerson, oferecendo a Vinícius Júnior tempo e espaço para conduzir a bola e encontrar Éverton Ribeiro frente a frente com Victor. Gol da vitória do desfalcado time rubro-negro, aos 34 minutos da etapa final, na Arena Independência. Do lado alvinegro, a primeira derrota em semana livre nesta temporada, tendo mais posse e incomodando mais, custa a liderança do Campeonato Brasileiro e expõe as limitações do elenco.


Porque as eliminações prematuras na copas Sul-Americana e do Brasil, paradoxalmente, oferecem a rara oportunidade de aprimorar conceitos no calendário brasileiro. Dos 31 jogos restantes, 14 serão antecedidos por semanas completas de treinos. O que também significa a chance de reduzir, física e coletivamente, a distância para os favoritos - Corinthians, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos, por exemplo, já estão classificados às oitavas da Libertadores e às quartas da Copa do Brasil.

Sem Ricardo Oliveira: Alerrandro foi mal
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Mas, mais do que de tempo, as ideias dependem de peças. Na ausência de Ricardo Oliveira, as lágrimas de Alerrandro ao ser substituído indicam o tamanho da pressão que não deveria ser de um garoto de 18 anos. Na lateral-esquerda, não há reserva imediato para Fábio Santos. No meio-campo, com Cazares aberto pela direita e mal no sábado, a falta de ideias levou o Atlético a fazer seu jogo com mais cruzamentos na era Thiago Larghi: 49 ao todo, 39 deles errados, de acordo com o Footstats.

O revés e a perda da liderança deixam uma lição ao Galo:
Até o fim do Brasileirão, sobrará tempo, mas falta elenco.

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