Para o Cruzeiro, o Brasileirão começa agora!

Gustavo Vaz*

Do Mineiro ao Brasileirão, da Copa do Brasil à Libertadores. Diante de um calendário que caminha na contramão do desenvolvimento do futebol, elencar prioridades se torna uma das atividades essenciais para uma gestão estratégica de sucesso no futebol brasileiro. O momento certo para escalar o time reserva, o jogo pontual para poupar este ou aquele jogador. Intensidade, tática, estratégia. Aquele pique no fim da partida, um carrinho para tirar uma bola. Qual é o momento certo?


Desde o pontapé inicial da temporada até o momento atual, o Cruzeiro se deparou com situações em que as ponderações de valores e a necessidade de optar por prioridades se fizeram extremamente presentes, ainda que o desagrado de parte da torcida fosse iminente. Foram momentos em que os dilemas envolvendo atuações e necessidades fundamentais da equipe vieram à tona, fazendo com que a comissão técnica tomasse medidas importantes para a estabilidade da equipe na temporada.

Cruzeiro segue vivo em três frentes
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Certo de que em alguns momentos iríamos derrapar, tenho a certeza de que não há futebol que se sustente em maratonas de jogos de alto desempenho. Diante disso, ainda que impopular, foi extremamente justificável escalar a equipe reserva para enfrentar o clássico mineiro em meio ao primeiro jogo fora de casa na Copa do Brasil e à última partida da fase de grupos da Libertadores, por exemplo.

Um dia da caça, dois do caçador

Ainda que o Cruzeiro tenha amargado uma derrota para seu maior rival, naquela oportunidade, o time chegou perto de levar ao menos um ponto para a Toca, de igual para igual, em detrimento de uma virada importante no Paraná e uma classificação heroica na ponta da competição continental. Um dia da caça, dois dias do caçador.

Sassá e Lucas Silva: dupla libertadora
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.)

Agora, o foco é outro. Com a paralisação das competições para a Copa do Mundo, teremos a oportunidade de concentrar as energias no Campeonato Brasileiro. São seis jogos a serem disputados, 18 pontos a serem batalhados. Chegou a hora de buscarmos, em terras nacionais, uma gordura considerável a ser bem aproveitada quando a rotina voltar com máxima intensidade. No melhor dos cenários - com classificações nas Copas -, não será raro ver os reservas em campo lutando contra times bem estruturados.

O sentimento não poderia ser outro, senão otimista. Um time forte, que lutou à altura de conquistar a liderança do 'grupo da morte' da Libertadores, não pode ter dificuldades em deixar para trás uma posição mediana no Campeonato Brasileiro. Quem almeja grandes objetivos se sujeita a grandes desafios. Sem dúvidas, estamos prontos para o que der e vier.

Hoje, Cruzeiro, largo tudo pra te ver! Afinal, estamos falando de prioridades.

*Advogado, convidado da seção Fala, Cruzeirense!
Apaixonado pelo Cruzeiro. No Twitter, é @gubvaz.

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