Mudança de planos na Toca...

Vinícius Dias

Com oito mudanças em relação ao time titular que encerrou a temporada passada, o Cruzeiro faz, amanhã, diante do Democrata, em Governador Valadares, sua estreia oficial em 2015. A ordem, em meio ao processo de reformulação do elenco, é colocar o pé no acelerador. No novo cenário, o Campeonato Mineiro, antes tido como torneio secundário, se tornou parte fundamental do processo de preparação para a disputa da Libertadores, a partir da segunda quinzena de fevereiro.


"Em dezembro, planejamos utilizar um time alternativo, escalando o time titular em algumas partidas. Mas, agora, com essa nova situação, temos que jogar direto, porque precisamos entrosar o novo time", confirmou o técnico Marcelo Oliveira, na última terça, em entrevista ao Blog Toque Di Letra. "É importante que eles (titulares) participem dos jogos do Mineiro como um laboratório de formação da equipe para chegarmos fortes ao dia 25, na Libertadores", completou.

Técnico confirmou mudança de planos
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Entre dezembro e janeiro, o Cruzeiro perdeu cinco titulares, número acima do planejado pelo treinador. "Eu não esperava... O presidente não queria vender, mas não é culpa de ninguém. É culpa da imposição do processo comercial do futebol", reconheceu. Marcelo, porém, demonstrou confiança na formação de um novo time vencedor. "Vamos usar o Mineiro para criar novas jogadas, com novos jogadores, e temos a esperança de fazer um ano brilhante", disse o comandante do tetra.

Base ganha espaço

Mesmo com as alterações nos planos, uma das prioridades estabelecidas pela comissão técnica tem sido confirmada no dia a dia: o espaço cada vez maior para a base, cenário que o Blog antecipou ainda em dezembro. Na última temporada, por exemplo, 12 jogadores criados na Toca I foram a campo pela equipe profissional. Diante do Democrata, neste domingo, os recém-promovidos Eurico e Judivan serão titulares.

Eurico e Judivan: base ganha espaço
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

A quatro semanas da estreia na Copa Libertadores, Marcelo e a diretoria trabalham em conjunto na busca pelos reforços. "Precisa de um zagueiro, um jogador para o meio-campo e, se conseguirmos, um jogador para a situação do Éverton Ribeiro", enumerou. "Eu indico nomes, o Cruzeiro vai atrás, vê a possibilidade... A diretoria também traz nomes, eu checo, pego as informações não só da parte técnica, mas da parte pessoal também. Formar um grupo não é fácil. Tem que ter a preocupação com a postura profissional", explicou.

Mais uma vez, forte e vingador!

Ricardo Diniz

Na tarde deste domingo, 1º de fevereiro, a equipe atleticana faz a sua estreia oficial na temporada, diante do Tupi, na Arena Independência, na abertura do Campeonato Mineiro. Depois de terminar 2014 em alta, com a conquista da Copa do Brasil ante o maior rival, o Galo manteve a base do elenco e ainda contratou o atacante argentino Lucas Pratto, eleito melhor jogador do futebol local em 2014, além do bom volante Danilo Pires, de 22 anos, ex-Santa Cruz.


O gringo, por sinal, começou bem sua passagem pelo Galo, e deixou sua marca de artilheiro no amistoso disputado contra o Shaktar Donetsk, da Ucrânia, que terminou com vitória alvinegra pelo placar de 4 a 2. Os outros gols da equipe foram marcados por Carlos, Leonardo Silva e Dodô. Em relação ao plantel, o técnico Levir Culpi teve, até o momento, duas baixas: Réver, capitão atleticano na conquista da Libertadores, além do goleador e ídolo Diego Tardelli.

Lucas Pratto: atacante estreou com gol
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Por falar em Diego Tardelli, o craque encerrou sua segunda passagem com 102 jogos e 33 gols pelo clube. Ao longo desse período, o camisa 9 foi fundamental para o título Mineiro, em 2013, e para as inéditas conquistas da Copa Libertadores, em 2013, e da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil, na temporada passada. O bom rendimento, assim como na primeira passagem, fez Tardelli ganhar espaço na seleção brasileira sob o comando do técnico Dunga.

O efeito Levir Culpi

Se o último ano começou em meio a dúvidas e terminou em festa para o atleticano, boa parte disso se deve a Levir Culpi. Logo no começo de sua quarta passagem pelo Atlético, Levir não poupou nem mesmo os ídolos Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli das críticas. O Gaúcho deixou o clube logo após a Recopa. Tardelli permaneceu e foi fundamental para as duas conquistas da temporada. Levir acumula, ao longo de quatro passagens, 122 vitórias, 49 empates e 56 derrotas.

Levir Culpi: história à frente do Atlético
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Em meio aos bons números, o torcedor atleticano tem o direito de seguir entoando o velho mantra, 'eu acredito!', e esperar por novas conquistas, sejam elas estaduais, nacionais ou internacionais.


Em entrevista durante festa de lançamento do estadual de
2015, presidente falou sobre vendas, caras novas e finanças

Vinícius Dias

Gilvan de Pinho Tavares assumiu o comando do Cruzeiro no dia 16 de dezembro de 2011, menos de duas semanas depois de o clube ter se livrado do rebaixamento. Com muito trabalho e, especialmente, títulos, a desconfiança deu lugar ao apoio. Em três anos, o presidente montou um dos elencos mais vencedores da história, conquistou um estadual e foi bicampeão brasileiro. Agora, no início do segundo mandato, a palavra de ordem é remontar. Sem vários titulares, mas com caixa reforçado, ele se sente preparado. "A vida de clube é assim".


Gilvan destacou que, apesar de não terem sido planejadas, as vendas de Éverton Ribeiro, Lucas Silva e Ricardo Goulart foram lucrativas. "Campeões por dois anos, esses jogadores ficaram na vitrine do futebol mundial. Os clubes ofereceram ótimos salários para eles e, para o Cruzeiro, valores que chegaram ao patamar fixado para vendê-los. Não teve como segurá-los". Casos diferentes dos de Egídio e Nilton. "Os contratos estavam próximos de terminar. Procuramos defender as finanças do clube, para não perder jogador sem auferir alguma coisa", explicou.

Gilvan durante lançamento do Mineiro
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

A postura do presidente durante as negociações com árabes, espanhóis e chineses refletiu também o aprendizado acumulado ao longo de três anos no cargo. "Às vezes, você tem que vender, senão os atletas de fora não vão querer vir, pensando que nunca mais vão poder sair do clube, que nunca vão poder ganhar o salário que querem no exterior", destacou. "O investidor também pensa nisso e a gente perde a parceria, porque o clube deixa de ser vitrine: compra, mas não vende. Então, a vida do clube é um ciclo", completou Gilvan.

'Cruzeiro vendeu bem', afirma

Um dos mais ativos no mercado, o clube confirmou oito reforços até o momento. Destaques para Leandro Damião, atacante que fez sucesso no Internacional, e para o meia uruguaio De Arrascaeta, de 20 anos, um dos destaques da edição passada da Copa Libertadores. "O Cruzeiro vendeu bem, por preço justo, e tem dinheiro em caixa para trazer os melhores jogadores que atuam no futebol brasileiro, remontar o plantel e ficar em condição de continuar a ganhar as competições que vai disputar", disse o presidente celeste.

Presidente ao lado de reforços em 2013
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

A receita de sucesso adotada na montagem do elenco bicampeão brasileiro ganhou um novo ingrediente em 2015: o sotaque estrangeiro. Samudio e Marcelo Moreno deixaram a Toca, mas o clube tem, hoje, o elenco mais 'estrangeiro' de sua história. "Muito mais de forma natural do que por uma decisão do clube", explicou Tavares. "Mena, por exemplo, já está adaptado ao Brasil, é de seleção e tem a experiência que a gente necessita. Joel foi um investimento, jogador jovem", exemplificou.

Momento especial para a base

Nos últimos dois anos, o sucesso estrelado confirmou a máxima de que craque se faz em casa. Entusiasta da base, Gilvan teve bons motivos para sorrir. "Lucas jogando no Real Madrid é mais uma vidraça que o Cruzeiro põe lá fora, para mostrar como o clube revela jogadores", disse. Segundo levantamento feito pelo Blog, 12 atletas criados na Toca I foram a campo no ano passado. "O Marcelo Oliveira tem paciência para treinar e lançar os jogadores mais jovens", observou.

Gilvan comemorou sucesso da base
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

O dirigente ainda fez questão de descartar a relação entre o processo de reformulação do elenco e um possível déficit nas contas do Cruzeiro. "Não temos nenhuma dívida com a receita e não temos problemas de certidão negativa. Vendemos porque empresário forçou, porque o jogador forçou, não para pagar dívida. O Cruzeiro é o único clube brasileiro hoje que paga salário dentro do próprio mês", afirmou.


Ainda em busca de reforços, presidente confirma 'pés no
chão', sonha com Libertadores, mas rejeita o favoritismo

Vinícius Dias

Nos últimos seis anos, o advogado Daniel Nepomuceno foi o braço direito de Alexandre Kalil. Em dezembro passado, no entanto, Daniel deixou a vice-presidência para assumir a cadeira mais importante do Atlético. Sua referência é o próprio Kalil, comandante do processo de reconstrução do clube, que culminou em títulos inéditos, como o da Copa Libertadores de 2013 e o da Copa do Brasil de 2014. Na última terça, dia 27, durante a cerimônia de lançamento do Campeonato Mineiro, Nepomuceno falou pela primeira vez ao Blog Toque Di Letra.


Em 58 dias, Daniel viveu a euforia pela vinda de Pratto, a confirmação da saída de Diego Tardelli e, claro, a incessante cobrança por caras novas. "A cultura do futebol nos força a pensar que para ter time forte o clube tem que contratar. Mas, na verdade, só fomos campeões quando mantivemos elenco. Vai chegar a hora em que será preciso trocar, mas, agora, não. O grande reforço é a manutenção", afirmou o presidente alvinegro, sem, no entanto, descartar novas contratações.

Daniel foi vice de Kalil por seis anos
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

"Na hora em que aparecer um jogador que tenha o aval do técnico, que venha em uma condição interessante, para ser titular, nós vamos trazer", avaliou. Cauteloso, Nepomuceno faz questão de manter os pés no chão, embora entenda a ansiedade do torcedor. "Ele pensa apenas no jogador vestindo a camisa, não pensa na manutenção. Eu queria o Messi no meu time, mas não é simples assim. Ele não sabe que se você contratar um camisa 10, às vezes você está matando um 10 que está ali dentro (do elenco)", completou.

A ansiedade pela estreia

No próximo domingo, às 17h, o Atlético faz, diante do Tupi, na Arena Independência, a estreia oficial na gestão de Daniel. E o presidente não esconde a ansiedade. "Tem que ficar tranquilo agora, ver a bola rolar para saber, para ter uma visão melhor (do elenco)". Com a bola em jogo, em conjunto com a comissão técnica, ele terá a chance de detectar possíveis carências atleticanas. "O pessoal fala do Tardelli, outros falam do dez. Que posição realmente precisa?", questionou.

Nepomuceno festeja na Copa do Brasil
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Nos bastidores, o momento é de tranquilidade. Especialmente pelo fim do bloqueio de receitas do clube. "O Atlético ficou seis meses com o dinheiro bloqueado. Após o (fim do) bloqueio, o Atlético volta ao normal", disse. Agora, ele quer o fim do incômodo assunto. "Acaba que se preocupam demais com pequenas notícias. O principal é um elenco mantido. O clube tem que estar pronto para manter elenco e pagar em dia. É isso que vou fazer. Era uma situação pesada (bloqueio), mas agora está dando tudo certo", assegurou Daniel.

'Não tem favorito', disse

Duas semanas após a estreia no estadual, o time dirigido por Levir Culpi viajará ao Chile para encarar o Colo-Colo, em jogo válido pela rodada de abertura do grupo 1. O bicampeonato é o sonho do presidente, que, no entanto, descartou o rótulo de favorito. "Libertadores não tem favorito, é difícil demais, pequeno te surpreende, ganha na sua casa", afirmou. Nem mesmo a confiança do torcedor, exibida nas enquetes, altera a visão de Daniel. "É enquete de férias e a turma quer brincar. Não existe isso. Essa não é a realidade", disse.

Presidente sonha com a Libertadores
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Mas, afinal, qual será a casa do clube neste ano? Arena Independência, respondeu Daniel: "é nossa casa, onde o Atlético mostrou sua força". Ele, no entanto, não descartou o Gigante da Pampulha. "Quando jogamos no Mineirão, vencemos. A questão é simples... Lá, a gente tem condições de trabalhar um público maior, uma receita maior. Mas não adianta escolher Mineirão e deixar estádio vazio". Com a força da massa, ele quer seguir os passos de Kalil. Ou seja, o caminho dos títulos.


Sócios geraram, apenas no ano passado, receita de cerca de
R$ 50 milhões para os cofres azuis; diretor destaca parceria

Vinícius Dias

Impulsionado pela conquista do quarto título brasileiro, o programa de sócios-torcedores do Cruzeiro contabilizou mais de 20,1 mil adesões na última temporada. A Raposa é, atualmente, a quinta colocada no ranking nacional, com cerca de 67,4 mil associados. Os resultados do programa, sobretudo após a reabertura do Mineirão, tem sido vitais para os cofres celestes. De acordo com dados do departamento de marketing do clube, somente no ano passado, os sócios do futebol geraram uma receita de cerca de R$ 50 milhões.


"O Sócio do Futebol contribuiu muito para que o clube conseguisse títulos, para o equilíbrio financeiro e ainda para a valorização das propriedades do clube", explicou o diretor de marketing, Marcone Barbosa, ao Blog Toque Di Letra. A arrecadação crescente significou não somente o aumento dos investimentos no futebol, mas também a possibilidade de resistir por um longo período às ofertas pelos principais atletas.

Clube registra mais de 67 mil sócios
(Créditos: Vinnícius Silva/Portre Imagens)

"O Cruzeiro vinha sendo assediado desde 2013. Os jogadores só saíram quando o valor da liberação, fixado pelo presidente em um patamar muito alto, foi atingido. O Sócio do Futebol foi extremamente importante nessa valorização. Anos atrás, a qualquer investida ou proposta de equipes do exterior, o Cruzeiro era muito fraco para conseguir segurar esses atletas", destacou o diretor.

Sonho celeste: 100 mil sócios

Em busca da tão sonhada marca de 100 mil sócios-torcedores, o clube já definiu um de seus alvos preferenciais para a temporada: a reconquista de ex-sócios. "Hoje, a base está próxima de 90 mil torcedores que em algum momento consumiram o plano do Cruzeiro. Então, se conseguirmos reter essa base atual e reconquistar os cerca de 23 mil sócios, será um ganho extremamente importante", projetou Marcone.

Marcone valoriza programa de sócios
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Na tarde dessa quarta-feira, o clube oficializou um novo atrativo para os associados da categoria Cruzeiro Sempre: a possibilidade de adquirir dois ingressos, ambos com 50% de desconto, para as partidas de mando do clube no estadual. Os sócios das modalidades Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores e Tríplice Coroa têm acesso garantido.


Atual camisa 1 do Atlético foi o responsável por entregar
premiação ao ex-goleiro durante lançamento do estadual

Vinícius Dias

O histórico encontro entre João Leite e Victor, dois dos principais goleiros da centenária história do Atlético, foi um dos destaques da cerimônia de lançamento oficial do Campeonato Mineiro de 2015, na última terça-feira. O evento, em uma casa noturna na Região Oeste de Belo Horizonte, reuniu diversas personalidades do meio esportivo, com direito a uma seleção de craques do presente e do passado.


Antes mesmo da abertura oficial da solenidade, os dois conversaram por alguns minutos próximo ao espaço central do evento. Na sequência, eles voltaram a se encontrar no palco. O atual titular da meta atleticana foi o responsável por entregar a premiação ao ex-goleiro, homenageado com o Troféu Globo Minas.

Encontro histórico: João Leite e Victor
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Em dezembro passado, em entrevista ao Blog Toque Di Letra, João Leite fez questão de destacar o desempenho de Victor no clube. "É, com toda certeza, um dos jogadores mais importantes da história do Galo", disse. "(Ele) participou de forma decisiva das conquistas de importantes títulos, especialmente da Libertadores, e também é um exemplo de atleta, sempre dedicado aos treinamentos e disciplinado", completou.

Números no Atlético

Mais de duas décadas depois de deixar os gramados, João Leite continua ocupando o posto de atleta que mais vezes vestiu a camisa do Atlético: ao todo, 684 partidas, de 1976 e 1992. Desde julho de 2012 na Cidade do Galo, Victor já disputou 149 jogos pelo clube.


Esportistas como Marcelo Oliveira, João Leite, Fábio, Victor
e Júlio Baptista marcaram presença no evento ontem à noite

Vinícius Dias

Com direito a um desfile de dirigentes e ídolos do presente e do passado, um evento na noite de ontem, na Região Oeste de BH, marcou a abertura oficial do Campeonato Mineiro de 2015. Na ocasião, a TV Globo Minas, que detém os direitos de transmissão do torneio, homenageou três clubes do estado: o tetra nacional Cruzeiro; o Atlético, vencedor da Copa do Brasil; além do Tombense, campeão da Série D. As três equipes vão a campo no domingo, dia 1º de fevereiro.

Raul e João Leite foram homenageados
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Dois ídolos do passado também foram homenageados durante a cerimônia de lançamento do Mineiro: João Leite, goleiro atleticano entre as décadas de 1970 e 1990, e Raul Plassmann, camisa 1 do rival celeste entre 1965 e 1978. Victor e Fábio, os atuais donos das metas de Atlético e Cruzeiro, respectivamente, foram os responsáveis pela entrega das honrarias aos ex-arqueiros.

Gilvan e Daniel em bate-papo informal
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Durante a festa, o Blog Toque Di Letra registrou momentos marcantes, como o diálogo cordial entre os presidentes de Atlético e Cruzeiro, Daniel Nepomuceno e Gilvan de Pinho Tavares, respectivamente; um bate-papo entre João Leite e Victor, dois dos principais goleiros da história do clube alvinegro; e o reencontro entre Dênis, ex-zagueiro, e Milagres, ex-goleiro, companheiros de América nas conquistas da Série B de 1997 e da Copa Sul-Minas de 2000.

Troféu em disputa no Mineiro de 2015
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

A partir do próximo domingo, América, Atlético, Boa Esporte, Caldense, Cruzeiro, Democrata de Governador Valadares, Guarani, Mamoré, Tupi, URT e Villa Nova disputam a 101ª edição do Campeonato Mineiro, que se estenderá até o dia 03 de maio. Neste ano, o torneio tem a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) como parceira.


Nos últimos 12 meses, Cruzeiro contabilizou mais de R$ 45
milhões com vendas de atletas criados nas divisões de base

Vinícius Dias

"A base, nos últimos três anos, na nossa gestão, deu lucro". A afirmação feita ao Blog por Márcio Rodrigues, vice-presidente do Cruzeiro, retrata o momento positivo quando o assunto é a formação de atletas. Rodrigues assumiu o comando das categorias de base do clube em 2012. Na época, ganhava força nos bastidores celestes o discurso de que o departamento trazia prejuízos e, por isso, deveria ser extinto. Após três anos, o cenário mudou completamente.


Concluídas em um intervalo de 12 meses, as vendas do atacante Vinícius Araújo, do zagueiro Wallace e do volante Lucas Silva, três pratas da casa, significaram R$ 45,6 milhões para os cofres azuis. No mesmo período, as equipes de base conquistaram quatro títulos. O time júnior (sub-20) foi campeão mineiro e do Torneio de Terborg, na Holanda. O juvenil (sub-17) conquistou a Copa Promissão, em São Paulo, e o time infantil (sub-15) foi campeão estadual.

Lucas Silva: lucro de R$ 20,25 milhões
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

Oficializada na última sexta-feira, a negociação de Lucas Silva para o Real Madrid, da Espanha, foi a mais lucrativa: o volante, bicampeão brasileiro, rendeu cerca de R$ 20,25 milhões ao clube. Em junho último, a venda de Wallace a investidores representou R$ 17,3 milhões. A primeira negociação de destaque foi a de Vinícius Araújo, em janeiro de 2014. O Cruzeiro, que segue com 50% dos direitos econômicos, ficou com R$ 8,05 milhões da venda ao Valencia, da Espanha.

Receitas em longo prazo

O rótulo de clube formador também assegura receitas em longo prazo, por meio do mecanismo de solidariedade, em caso de novas transferências internacionais dos atletas. Segundo cálculo realizado pelo portal Rede do Futebol, os percentuais seriam de 2,80% no caso de Vinícius; 3,23% no caso de Lucas; e cerca de 1,85% no caso de Wallace. Recentemente, por exemplo, o Palmeiras investiu € 6 milhões na compra do meia Dudu. Pelo mecanismo, a Raposa embolsará cerca de R$ 400 mil, correspondentes a 2,2% do valor total.


Em enquete, 51% dos participantes optaram pelo Mineirão;
outros 49%, no entanto, preferiram a Arena Independência

Vinícius Dias

Na última semana, em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, sinalizou que a equipe deve fazer sua estreia como mandante na Copa Libertadores na Arena Independência. O jogo contra o Atlas, do México, está marcado para o dia 25 de fevereiro. A definição da casa alvinegra para a sequência da competição, contudo, segue dividindo opiniões de dirigentes e torcedores.

Forte e vingador: Mineirão é o preferido
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Em enquete realizada pelo Blog Toque Di Letra, a torcida atleticana se mostrou dividida entre a mística do 'caldeirão' do Horto e o conforto do Gigante da Pampulha, com capacidade para mais de 60 mil espectadores. Cerca de 51% dos participantes demonstraram preferência pelo Mineirão, enquanto outros 49% desejam que o Galo siga mandando suas partidas no Independência.

Retrospecto nos estádios

Desde a reabertura, ainda em 2012, o Atlético disputou 87 partidas no Independência. O bom retrospecto, com 61 vitórias, 22 empates e quatro derrotas, inspirou, inclusive, a criação do refrão 'caiu no Horto, tá morto'. No Mineirão, foram apenas cinco jogos como mandante nos últimos dois anos. Curiosamente, com 100% de aproveitamento, a equipe deu quatro voltas olímpicas no estádio: estadual e Libertadores, em 2013; Recopa e Copa do Brasil, em 2014.


Com textos do jornalista Guilherme Guimarães, obra narra
a trajetória do quarto título brasileiro da equipe estrelada

Vinícius Dias

As defesas de Fábio, a maestria de Lucas Silva, as tabelas entre Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart e os gols de Marcelo Moreno. Ao longo de 152 páginas heroicas e imortais, o jornalista Guilherme Guimarães descreve a trajetória do tetra celeste no livro Cruzeiro Tetracampeão Brasileiro 2014, da Agência Número Um. A obra, idealizada e produzida pelo publicitário e empresário Thiago Soraggi, será lançada na próxima segunda-feira, dia 26 de janeiro, em Belo Horizonte.


"Escolhemos 15 grandes jogos da campanha do Cruzeiro no Brasileiro. O livro reconta a história das partidas com uma linguagem diferente e de um ponto de vista diferente. Peguei um gancho bacana de cada jogo e contei a história, dando ênfase ao personagem principal do jogo", fala Guilherme Guimarães ao Blog Toque Di Letra. Para o jornalista, a publicação do livro marca a realização de um sonho. "Se não consegui ser jogador de futebol, realizo meu desejo trabalhando com o futebol", afirma.

Livro traz páginas heroicas e imortais
(Créditos: Thiago Soraggi/Agência Número Um)

Além dos relatos dos jogos escolhidos, a obra, prefaciada pelo ex-volante Wilson Piazza, capitão do clube celeste na década de 1960, traz entrevistas especiais com personalidades que vivenciaram o dia a dia da conquista e mais de 100 fotos. "O material está fantástico! Deu trabalho, mas vendo o livro pronto, segurando-o nas minhas próprias mãos, percebo quanto o esforço, dedicação, noites de sono perdidas valeram a pena. Felicidade não cabe em mim", destaca Guilherme.

Noite com presenças ilustres

O lançamento oficial, na segunda-feira, dia 26, contará com a presença de personalidades como Piazza, membros da diretoria do clube, o presidente Gilvan de Pinho Tavares e o técnico Marcelo Oliveira, comandante azul. "A maior delas é a torcida. Grandiosa personalidade", pontua Guimarães. Além do jornalista e do produtor Thiago Soraggi, o livro é fruto do trabalho do designer Paulo Silva, do revisor Fernando Miranda e do designer de capa Benny Gesmundo.

Lançamento oficial em BH:

Horário: a partir das 18h
Local: Pizzaria Villa Floriano
Endereço: Avenida do Contorno, 3277, Santa Efigênia
Preço do livro: R$ 109,90


Zagueiro, que se tornou titular depois da lesão de Réver,
no segundo semestre de 2014, comemora bons resultados

Vinícius Dias

Em 2013, Jemerson foi a campo apenas cinco vezes sob o comando do técnico Cuca. À exceção do duelo contra o Newell's, na Argentina, em que compôs o banco de reservas, o zagueiro acompanhou a trajetória vitoriosa na Libertadores das arquibancadas. No ano passado, a história mudou. O defensor fez 36 partidas e, no segundo semestre, se tornou titular com Levir Culpi. Condição confirmada na última quarta-feira, ante o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, na estreia em 2015.


Formado nas categorias de base do time alvinegro, Jemerson foi um dos destaques da vitória por 4 a 2 sobre o clube do Leste Europeu. "Tivemos um grande teste na nossa casa e, graças a Deus, fomos bem física e taticamente", destacou o zagueiro atleticano. "Com todos sabendo suas responsabilidades em campo, as coisas funcionaram muito bem. Estou me sentindo bem, confiante e, acima de tudo, feliz. Acredito que, mantendo essa pegada, cresceremos bastante como equipe para as competições que estão por vir", completou.

Jemerson: zagueiro é titular com Levir
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Assim como nas conquistas da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil, na temporada passada, o defensor, de 22 anos, formou a dupla de zaga com o capitão Léo Silva. A confiança de Levir Culpi e, principalmente, do torcedor alvinegro são sinais da ótima fase. "Fico extremamente feliz com esse carinho. É sinal de que o meu trabalho vem sendo bem feito e que todo esse esforço está sendo reconhecido", pontuou após o amistoso da última quarta-feira.

Retrospecto positivo

Diante do clube ucraniano, Jemerson chegou a 48 jogos com a camisa da equipe, com 28 vitórias, 8 empates e 12 derrotas. Neste período, colocou no currículo as conquistas do Mineiro e da Copa Libertadores, em 2013; e da Recopa e da Copa do Brasil, em 2014. O zagueiro tem contrato com o Atlético até dezembro de 2017.


Transações de Ricardo Goulart e De Arrascaeta, concluídas
na semana passada, movimentaram cerca de R$ 60 milhões

Vinícius Dias

Já era madrugada de terça-feira, dia 13 de janeiro, quando o Guangzhou Evergrande assegurou a contratação do meia-atacante Ricardo Goulart. Destaque celeste na temporada passada, Goulart acertou com a equipe chinesa por € 15 milhões, cerca de R$ 46,5 milhões pela cotação atual. Cinco dias se passaram até o Cruzeiro anunciar seu substituto: o meia uruguaio De Arrascaeta, contratado por € 4 milhões, cerca de R$ 12,3 milhões. Por motivos diferentes, as duas transações milionárias entraram para a história do clube.


A saída de Ricardo Goulart representou a maior venda já acertada pelo clube. A soma de R$ 46,5 milhões superou os valores movimentados na venda do meia-atacante Geovanni ao Barcelona, em 2001. O top 5 ainda tem as vendas do atacante Fred para o Lyon, da França, em 2005; do boliviano Marcelo Moreno para o ucraniano Shakhtar Donetsk, em 2008; e de Fábio Júnior para a Roma, em 1999.

De Arrascaeta: reforço de R$ 12 milhões
(Créditos: GiorgiandeA/Twitter/Divulgação)

A aquisição de Arrascaeta, por outro lado, significou o segundo maior investimento da história da Raposa. O zagueiro Dedé, contratado junto ao Vasco em 2013, segue como primeiro da lista. Willian, que pertencia ao Metalist, da Ucrânia, e foi contratado em definitivo no ano passado, figura em terceiro. O lateral-esquerdo argentino Sorín, anunciado com status de craque em 2000, é o quarto mais caro. O zagueiro Manoel, que veio do Atlético/PR, completa o top 5.

Maiores vendas da história:

Ricardo Goulart - R$ 46,5 milhões (2015)
Geovanni - R$ 44 milhões (2001)
Fred - R$ 38 milhões (2005)
Marcelo Moreno - R$ 23,5 milhões (2008)
Fábio Júnior - R$ 18,5 milhões (1999)

Maiores compras da história:

Dedé - R$ 14 milhões (2013)
De Arrascaeta - R$ 12,3 milhões (2015)
Willian - R$ 10,5 milhões (2014)
Juan Pablo Sorín - R$ 9,4 milhões (2000)
Manoel - R$ 7,5 milhões (2014)