Evolução... a passos lentos!

Vinícius Dias

Na lateral esquerda, Marcelo ainda cede muitos espaços. No meio, Oscar não tem funcionado tão bem. Na zaga, David Luiz e Thiago Silva seguem em busca do melhor entrosamento. Mas, a seleção de Felipão continua invicta há dez partidas. Somando seis vitórias nesse período, cinco nos últimos jogos. Marcou gols em todas as partidas, 25 no total, e sofreu apenas dez. A dupla Neymar e Fred decide. Júlio César demonstra mais segurança que em 2010.

Neymar: símbolo do 'novo' Brasil
(Créditos: Wander Roberto/Vipcomm)

A passos lentos, diga-se, o Brasil evolui. Vai se acostumando a vencer, mesmo quando não convence. Hoje, em busca do quarto título da Copa das Confederações, enfrenta a Espanha. Pronta, favorita, time do 'tic y taca'. De Casillas, Iniesta, Xavi, David Silva, e derrotada pela última vez em novembro de 2011. Tratando-se de futebol, os números dizem bem pouco, são detalhes. Mas mostram que a Espanha ganhou tudo desde a Eurocopa em 2008.

Duas Euros, uma Copa do Mundo e, enfim, o rótulo de melhor seleção do planeta bola. Nas últimas dez partidas, levou a melhor em oito ocasiões, empatou duas. Anotou 29 gols, passou em branco apenas uma vez - na última quinta, frente ao catenaccio da Itália. Sofreu somente cinco gols, nenhum nestes três últimos jogos. A equipe espanhola tem a maturidade que a brasileira aspira.

Nesta noite, no Maracanã, o esperado reencontro.
E uma certeza: campeã ou não, a seleção evoluiu!

Cruzeiro mira volante

Vinícius Dias

Destaque do Botafogo no Campeonato Brasileiro, o volante Gabriel pode, em breve, vestir a camisa do Cruzeiro. Segundo apurou o Blog Toque Di Letra, o nome agrada ao treinador Marcelo Oliveira, e a diretoria celeste deve formalizar uma oferta nos próximos dias. Na possível negociação, a equipe da Toca da Raposa conta com dois parceiros: o grupo DIS e uma rede de supermercados.

Promovido ao quadro profissional do alvinegro carioca em 2012, o meio-campista, de 21 anos, é rotulado como uma das promessas de General Severiano. Polivalente, disputou 16 partidas pela equipe, 15 delas como titular, e foi campeão do carioca neste ano. No Botafogo, Gabriel possui contrato até dezembro de 2015 - com a opção de prorrogação por mais uma temporada.

Zagueiro de saída...

Ausente da intertemporada nos EUA, Thiago Carvalho segue próximo de deixar o Cruzeiro. O defensor negocia os últimos detalhes do empréstimo para a Ponte Preta. "Devemos resolver isso na segunda-feira", afirmou o representante do beque, Roberto Tibúrcio, ao Blog Toque Di Letra. Em 2013, Carvalho atuou somente uma vez. Na Toca, seu contrato vai até janeiro de 2017.

Ida aos EUA valeu a pena

Salve, China Azul!

Depois de acompanhar os dois amistosos e o período de intertemporada realizados pelo Cruzeiro em terras estadunidenses, fico com a sensação de que, na soma geral, a iniciativa foi válida e serviu para que a comissão técnica e a diretoria tirassem mais algumas valiosas lições sobre o time.

Com as ausências importantes de Dagoberto e Borges, coube a Anselmo Ramon e Luan mostrarem que merecem, pelo menos, uma vaga no banco como reservas imediatos. Não conseguiram. Mesmo contra times muito fracos, os dois só conseguiram marcar gols óbvios, e produziram muito pouco taticamente. Luan até brigou bastante, mostrou que tem bom chute de fora da área, mas também mostrou que pode se igualar a Anselmo Ramon no quesito "afobação". Os dois protagonizaram lances bisonhos. Furadas, chutes tortos, gols perdidos, passes errados, etc.

Outro que teve suas oportunidades foi Vinícius Araújo. Mesmo perdendo alguns gols bobos no primeiro jogo, foi muito melhor que os titulares e mostrou mais senso de colocação e movimentação. Sua titularidade é questão de tempo. Por enquanto, será importantíssimo para o Brasileirão, e a tendência é de que ele seja o substituto automático de Borges. A tendência. Vai saber o que se passa na cabeça do Marcelo Oliveira. Mas o moleque é novo e tenho a certeza de que ainda vai balançar muito o capim para o Cruzeiro.

Laterais aprovados...

Mayke ganhou de lambuja a chance de mostrar serviço e não decepcionou. Apesar de achar Ceará um baita lateral, as constantes lesões estão atrapalhando e o garoto já provou que tem totais condições de suprir sua falta. Na verdade, acho que Ceará nem deveria ter viajado. Teria sido mais produtivo ficar por aqui se fortalecendo para o resto da temporada. Do outro lado, na esquerda, Egídio, apesar de algumas críticas infundadas, também vem mostrando tranquilidade e soberania na disputa pela titularidade.

No mais, fica a preocupação com a lesão boba de Dedé, que ao lado de Bruno Rodrigo está prometendo formar uma das duplas de zaga mais sólidas do Brasil, e a torcida para que não seja nada de grave. Em contrapartida, Martinuccio teve oportunidades e também mostrou que, se Éverton Ribeiro e Diego Souza derem mole, ele rouba a vaga de titular rapidinho.

Ah... Já ia me esquecendo. Souza estreou pelo Cruzeiro e não decepcionou. Apesar de não ter sido muito exigido, deu outra dinâmica ao meio campo, imprimindo maior velocidade e qualidade na saída de bola. Resta saber se, quando precisar forçar mais na marcação, continuará dando conta do recado. Por enquanto, sem reclamações.

Agora é voltar para o Brasil, e entrar de vez na disputa pelo Brasileirão. Vamos ver se essa excursão acrescentou algo ao time.

Força, Cruzeiro!

Equilíbrio à espanhola

Vinícius Dias

Um jogaço! Assim definirei a semifinal da Copa das Confederações entre Espanha e Itália. Um resultado de 0 a 0, que nem de longe representa a partida com diversas chances de gol de lado a lado. Com bolas na trave, grandes defesas de Buffon e Casillas, chances perdidas. Enfim, uma aula de futebol, digna dos dois últimos campeões mundiais.

A Itália estava desfalcada de seu principal nome na primeira fase, o atacante Mario Balloteli, porém voltava a contar com a qualidade inquestionável de Pirlo no meio-campo. Na Espanha, Del Bosque sacou Soldado e Fábregas colocando David Silva e Fernando Torres. E de modo (quase) inédito, viu Xavi e Iniesta serem perfeitamente marcados pelo sistema defensivo da Seleção Azurra.

Muito se falava da força ofensiva, dominadora do time espanhol, e como isso faria a diferença. De fato, mas pudemos ver também a defesa que beirou a "perfeição" no time italiano, e uma força ofensiva que ofereceu muito perigo à Fúria. Houve um equilíbrio enorme em chances, apesar da maior posse espanhola. O equilíbrio que era esperado, devido à força das equipes. Mas, que não deixou de ser surpresa se analisado o retrospecto espanhol.

Mais 30 minutos...

Muito equilíbrio e chances dos dois lados. No entanto, o zero insistiu em permanecer no placar e veio a prorrogação. A partida não deixou de ser eletrizante com mais bola na trave e a pressão monstruosa da Espanha nos últimos lances. Novamente, a defesa italiana se mostrava impecável. Teríamos pênaltis...

Nas penalidades, de novo, o equilíbrio continuou sendo determinante. Na série de cinco, os dois times foram perfeitos. Íamos para as alternadas. Alguém teria que ceder. Esse alguém foi Bonucci... Na sétima cobrança, ele chutou por cima, e deixou a vaga na decisão nos pés de Navas, que fez sua parte, levando a Fúria ao Maracanã. O outro destaque: Buffon e Casillas, dois dos melhores goleiros do mundo, que não defenderam uma cobrança sequer.

Ah... o tal equilíbrio!

Com o Galo até a final

Gaaalooo! Saudações, massa!

Não é que as notícias pioraram? Leandro Donizete, Léo Silva e Réver são desfalques para o embate em Rosário. De quebra, Bernard e Pierre ainda são dúvidas. Mas, e aí cara? Não fomos nós que elogiamos este elenco? Agora, na hora de ele entrar em ação, vamos abaixar a cabeça? Jamais! Sabe por quê? Porque "aqui é Galo", amigo! Venha o que for. Cara feia, para mim, é fome. E, se tiver que ser assim, estamos no caminho certo. Porque "fome" é o que a gente precisa para voltar com a vitória de lá. E matar cá no Horto.

Nós nunca podemos desanimar. Porque é a nossa voz que embala nosso time. E é a nossa vibração que vai, contra A ou B, impulsionar este time para a vaga na grande decisão. Chegamos até aqui e vamos ter medo? Temer a quem? Ganhei uns dez anos de vida naquele 'milagre' do Victor. Não será agora, depois daquela defesa emocionante, e antes mesmo da pelota rolar, que vou desistir. E tenho o aval dele, do craque Ronaldinho Gaúcho.

Nosso vitorioso R10 já falou. E disse tudo: "dificuldades íamos encontrar mesmo com os outros, isso não vai mudar. Nós precisamos do apoio do torcedor", disse o gênio da bola. Se ele acredita, quem somos nós para abaixar a cabeça? Ele já conquistou tudo. Independente do 'estupendo' histórico da carreira, o Gaúcho se emocionou com o Galo. Chorou e logo em seguida afirmou que ia até o final com a gente. Se recordam? Pois é Ronaldo, também vou contigo até o final. Com Cuca, e com todo mundo que vestir o manto.

Torcedor, não de espaço para a preocupação. E na hora do 'vamos ver', são 11 contra 11, e a bola resolve ali no campo. Nos 180 minutos que o Atlético tem. Nos 180 minutos em que vamos gritar, vibrar e mudar essa história do nosso clube. É só mais uma epopeia a caminho, junto com o coração batendo cada vez mais forte. Se não for sofrido, não é Galo. E aqui é Galo. Aqui, a gente domina qualquer tempestade... E eu sigo com vocês até a final!

Alô, Belo Horizonte!

Sem surpresas, a Copa das Confederações teve semi-finais definidas. De um lado, duelo sul-americano entre Brasil e Uruguai. Do outro, a reedição da final da Eurocopa/12', entre espanhóis e italianos. Na quinta-feira, em Fortaleza, a Espanha, embalada pelo artilheiro Fernando Torres, que tem cinco gols no torneio, enfrenta a Itália. A Azzura não terá Balotelli, que sofreu lesão na coxa, e aguarda o retorno do volante Pirlo, desfalque na partida contra o Brasil.

Um dia antes, o anfitrião Brasil encara os rivais uruguaios, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Neste domingo, com time reseva, a Celeste Olímpica goleou o Tahiti, por 8 a 0. Com destaque para o atacante Abel Hernández, que balançou as redes quatro vezes. No embalo de Neymar, destaque dos três primeiros jogos, a seleção 'canarinho' busca o quarto título. Com três vitórias, a equipe de Felipão anotou nove gols, e sofreu dois na primeira fase.

Quarteto 'em casa'

Mineiros, o ex-cruzeirense Fred e o atleticano Bernard estarão 'em casa' contra o Uruguai, no Mineirão. Além deles, Réver e Jô, acostumados aos ares da capital do estado, vão defender a seleção nesta quarta-feira. A expectativa é de que o time tenha, mais uma vez, o apoio do torcedor, como em Brasília, Fortaleza e Salvador. "E, realmente, tem mexido com a gente. Estamos vendo que o torcedor está do nosso lado, fazendo parte das vitórias", avaliou Fred.

Luan ganha elogios

Sem dificuldades, o Cruzeiro bateu o Fort Lauderdale Strikers, por 4 a 0, neste domingo. Após balançar as redes, o atacante Luan, substituto de Dagoberto, teve a atuação exaltada por Marcelo Oliveira. "É um jogador muito interessante, estou gostando muito. Além de tático, é jogador de combate, recompõe e é ofensivo quando necessário. Cumpriu muito bem sua função", observou o treinador azul. Bruno Rodrigo, Anselmo Ramon e Martinuccio ainda marcaram. No sábado, 29, o time enfrenta o Monarcas Morelia, do México.

Com zaga reserva

No dia 3 de julho, Atlético e Newell's Old Boys começam o duelo por uma vaga na final da Copa Libertadores. O técnico Cuca espera uma disputa equilibrada. "Acho que o Newell's é o clube que melhor jogou, ao lado do Atlético, nesta Libertadores. Um adversário complicadíssimo, uma equipe muito boa, mas nós também somos", assegurou. Além do capitão Réver, suspenso por duas partidas, o clube alvinegro também não deve contar com o zagueiro Leonardo Silva, que sofreu luxação na clavícula, durante treino neste domingo.

Uma dúvida, três opções

Vinícius Dias

"Desfalcado" da dupla de ataque titular, o Cruzeiro chegou aos EUA na última quinta-feira, dia 20. No país, a equipe da Toca da Raposa realiza dois amistosos, além do jogo-treino com o Fluminense, que terminou em empate, por 2 a 2. Mesmo com alterações na linha de frente, e com o estreante Souza, na função de Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira deve optar pela manutenção do esquema 4-2-3-1. A principal dúvida fica por conta do substituto do camisa 11 Dagoberto, peça decisiva no plano do time celeste.

Élber atua 'em corredor' pela direita
(Arte: Douglas Vogel Zimmer/Toque Di Letra)

Élber, que vive o melhor momento da carreira, Martinuccio, de volta aos gramados depois de lesão, e Luan são as alternativas. Se Marcelo optar por Élber, a Raposa mantém a característica de velocidade. No entanto, perde o poder de finalização. Na prática, Diego Souza, ocupando a área esquerda, é quem faz a função de Dagoberto. Enquanto Élber atuaria no corredor direito. Com Éverton Ribeiro, deslocado para a faixa central, na função de armador.

Luan: atuando pela ponta-esquerda
(Arte: Douglas Vogel Zimmer/Toque Di Letra)

Com Luan, opção provável, a Raposa segue com quatro homens em sua linha de frente. Porém, o posicionamento sugere duas linhas de dois. Na primeira atuam Éverton Ribeiro, à direita, e Diego Souza, à esquerda. Na segunda, mais avançada, Luan como um ponta esquerda, e Anselmo (ou Vinícius Araújo) na grande área. Das três, é a opção de maior aplicação tática, a única que mantém dois atacantes de origem na equipe. Porém, com menos velocidade.

Martinuccio, à esquerda, como 2012
(Arte: Douglas Vogel Zimmer/Toque Di Letra)

Com o canhoto Martinuccio, de vínculo renovado, o time muda pouco. A dupla Diego Souza e Éverton segue em suas funções. O argentino, bom finalizador, desempenharia o mesmo papel que exerceu na reta final do Brasileirão de 2012, e que hoje cabe a Dagoberto: um meia no desenho tático, segundo atacante nas jogadas ofensivas. Em tese, parece ser a melhor escolha, a que requer menores mudanças. Na prática, o tempo é quem vai responder.

O negócio que mudou a história

Especial para o Toque Di Letra
Rafael França*

Junho de 2003. Devido a uma crise financeira, Ken Bates, proprietário do Chelsea Football Club, negociava a venda de seu clube para o bilionário russo Roman Abramovich. Pressionado e com uma dívida de oitenta milhões de libras, Bates foi obrigado a vender a agremiação que comandou por mais de vinte anos. A partir deste momento, uma nova fase se iniciaria no futebol mundial. A chamada 'Era Abramovich'.

No primeiro ano de comando do magnata russo, foram gastos 100 milhões de libras em novos reforços. No segundo, mais de 166. Vieram Tiago, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho Petr Cech, Didier Drogba entre outros. Ao todo, em dez anos, foram gastos um bilhão de euros em investimentos para os Blues. Esses investimentos consolidaram o Chelsea como uma grande potência mundial. Para se ter uma ideia da importância do bilionário russo, é só comparar os números dos títulos antes da Era Abramovich e depois de dez anos de comando.

De 1905 até 2003 (pré-Abramovich): um Campeonato Inglês (1954/1955); duas Supercopas da Inglaterra (1955 e 2000); duas Copas da Liga Inglesa (1964/1965 e 1997/1998); três Copas da Inglaterra (1969/1970; 1996/1997 e 1999/2000); duas Recopas Europeias (1970/1971 e 1997/1998); uma Supercopa Europeia (1998) e dois títulos da Segunda Divisão Inglesa (1983/1984 e 1988/1989).

De 2003 até 2013 (dez anos da era Abramovich): três Campeonatos Ingleses (2004/2005, 2005/2006 e 2009/2010); quatro Copas da Inglaterra (2006/2007, 2008/2009, 2009/2010, 2011/2012); duas Copas da Liga Inglesa (2004/2005 e 2006/2007); duas Supercopas da Inglaterra (2005 e 2009); uma Liga dos Campeões da Europa (2011/2012) e uma Liga Europa (2012/2013).

Em 98 anos de história, apenas 13 títulos foram conquistados. Depois, com Abramovich, os mesmos 13 foram conquistados em dez anos. O ápice da história do russo no Chelsea, até então, foi na temporada passada ao conquistar a Liga dos Campeões

Não é possível saber se sem Roman Abramovich o Chelsea se tornaria um grande europeu, mas com certeza é perceptível que, com ele, os Blues se consolidaram no cenário mundial.

*Editor-chefe do Chelsea News Brasil
No Twitter, é @rafaellfranca_. Confira!

Manifesto do cruzeirense

Salve, China Azul!

É praticamente impossível manter-se alheio aos acontecimentos que se espalharam por todo o país nos últimos dias. Muitos outros assuntos, que antes eram destaque, hoje estão em segundo plano, dada a repercussão que os protestos contra o aumento das tarifas de transporte público estão tendo, com razão. Longe de querer comparar as duas coisas, resolvi pensar em algumas reivindicações que o torcedor cruzeirense poderia fazer ao clube.

Claro que o clima entre torcida e time é, até certo ponto, de confiança e tranquilidade. Nesta temporada não tivemos muitas atuações abaixo da média e, por se tratar de um grupo praticamente novo, os resultados mais concretos podem demorar a aparecer. Mesmo assim, torcedor que é torcedor sempre quer mais:

Departamento Médico de qualidade! – Essa é uma briga antiga no Cruzeiro. Não que eu duvide da capacidade dos profissionais do DM celeste, mas já é mais do que normal o time sofrer com lesões que, muitas vezes, se estendem por meses. Acidentes de trabalho são difíceis de prever e, no calor do jogo, difíceis de evitar. Perder jogador por pancada é algo que ninguém pode prevenir, porém, no Cruzeiro, se tornou comum termos jogadores sofrendo com problemas musculares que mais parecem falta de preparo.

Fale com a gente, diretoria! – Não sei vocês, mas eu sinto muita falta de um canal de comunicação oficial do clube para com a torcida. Depois que a conta do Twitter foi hackeada e desativada, ficamos órfãos de informações diárias vindas do próprio clube e, muitas vezes, a galera vai na onda de terceiros. O site oficial melhorou muito, mas ainda falta algo que permita um contato mais direto e mais informal com os torcedores.

Menos é mais! – Aqui eu vou ter que dar um crédito para o Alexandre Mattos e para o Dr. Gilvan. Para esta temporada as contratações foram muito mais cirúrgicas e bem feitas. Mas, conhecendo o Cruzeiro, uma recaída pode acontecer a qualquer hora. A torcida não quer mais aqueles balaios de "reforços" de qualidade duvidosa e que, em muitas situações, sequer jogam pelo clube. Contratar menos e melhor é a solução. Não precisa ter grife, mas precisa ter qualidade.

Uma casa para chamar de nossa! – Um estádio. Apesar de toda a mística e toda a história ligando Cruzeiro e Mineirão, um estádio próprio, projetado para atender a torcida celeste e onde fossem anexados um museu, um memorial, a calçada da fama. Seria um passo enorme, gigante, para o clube. Sei que é um sonho distante, mas se nunca for planejado, nunca vai sair do papel.

Base não é escolinha! – Em todas as categorias e torneios que disputa, o Cruzeiro chega como favorito. As categorias de base da Raposa já ganharam de tudo e mais um pouco, mas custam a revelar um jogador que, de fato, vingue no profissional. A média de jogadores que são aproveitados no time principal e/ou são negociados ao atingir a maioridade futebolística é baixa se comparada ao investimento e à tradição que temos com os jovens. Talvez seja preciso rever essa transição.

E aí? Tem mais alguma reivindicação a fazer? Aproveite porque a hora é agora. Na verdade, sempre é hora. Mas o país clama por mudanças, e a torcida do Cruzeiro também pode protestar pelas suas.

É só o começo! É Galo!

Gaaalooo! Saudações, massa!

Durante a pausa para a Copa das Confederações, o Galo trabalha pelos bastidores. Jogadores no DM e outros pendurados para o jogo contra o Newell's, a suspensão do zagueiro e capitão Réver, expulso nos minutos finais diante do Tijuana, por duas partidas. Enfim, uma série de notícias ruins. Mas, penso, podem ter um desfecho positivo. A dupla de volantes Leandro Donizete e Pierre está se recuperando bem e pode viajar para a Argentina.

É a chance de um ataque cardíaco com os outros zagueiros. Ou então, eles vão nos mostrar que estamos errados. Nas últimas partidas, Léo e Gilberto Silva foram mal. E a tendência é de melhora, mas o retrospecto aumenta a angústia. Rafael Marques pode ser uma opção, embora esteja sem ritmo de jogo. São tantos os problemas, as incertezas que eu quero que termine logo a Copa das Confederações.

No ritmo do Galo

Só que, como não é tudo da maneira de que a gente deseja, vamos de seleção. Então vai Jô, mostra a cara! Aprovei a atuação do nosso 'xodó' diante de Japão e México. Chegou, em pouco tempo mostrou serviço, e deixou o dele. Jô ainda é muito contestado, por perder muitos gols, algo que, de fato, é verdade. Contudo, com a confiança, e acompanhando a trajetória, tem cara de que vem coisa boa para o camisa 21 da seleção canarinho - e do Galo!

Tomara, Bernard possa ter a chance de se apresentar ao mundo com a amarelinha. O 'bambino de ouro' tem mais probabilidade de atuar do que Réver. Este, deve aparecer apenas em caso de algum incidente - ou de uma mudança repentina de ideia de Felipão. Assim, segue o Galo verde-amarelo. E que, quem sabe, pode pintar em maior número nas próximas convocações de Felipão.

É só o começo! É Galo!

A 'família' favorita

Gilvan Meireles

Nesta quarta-feira, o Brasil é favorito para vencer o México e confirmar sua classificação. Contra os japoneses, a equipe verde-amarela mostrou inteligência. Tentou correr ao ataque na hora certa, e ficou a posse de bola quando devia também. Já a seleção mexicana, perdeu para a Itália por 2 a 1. O México foi mal diante da Azzurra, marcou seu gol somente pelo pênalti infantil que teve a favor. E não mostra ser um perigo para a zaga brasileira.

VEJA MAIS: Neymar - o mais valioso!

Segura, a dupla Thiago Silva e David Luiz vai muito bem. Luiz Gustavo, volante à frente da zaga, também é destaque. No último jogo, fez cinco desarmes e apenas uma falta. Além de ter sido o atleta que mais correu em campo. No gol Júlio César mostra qualidade, embora tenha defendido várias bolas em dois tempos.

Na estreia, Brasil derrotou o Japão
(Créditos: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Se na defesa está tudo 'ok', o ataque terá que funcionar muito bem no jogo. Neymar precisou de apenas três minutos para retomar a confiança. Jô, substituto de Fred - que deu assistência para Neymar -, entrou nos últimos instantes, e também carimbou o dele - seu primeiro na seleção. Oscar, que também deu passe para gol, e Hulk se movimentaram muito. Vimos um ataque com várias boas opções, mas ainda sem um repertório vasto e pronto.

Evolução até a Copa

Repertório que, com o caminhar da competição, deve melhorar. Podemos perceber um ótimo ambiente no grupo - e o início da formação da típica "família" Scolari. E esperamos que continuem assim para que no próximo sábado, contra a Itália (esta sim, uma partida difícil), o Brasil confirme a vitória e a liderança do grupo.

Hoje, a "amarelinha" não tem o que temer. E tem tudo para jogar bem e vencer bem. Embora haja boatos de manifestação durante o hino, creio que existirá bom senso do público para não confundir as coisas. Nossos jogadores, em campo, apesar de ainda deverem futebol de primeira, não merecem sofrer esta pressão, que é de insatisfação política. Contudo, a seleção tem que 'dar gosto de ver', independente de qualquer protesto. Vamos Brasil!

Martinuccio nos planos

Vinícius Dias

Récem-recuperado de lesão e ainda sem estrear na temporada, o meia-atacante Martinuccio continua nos planos do treinador Marcelo Oliveira. Apesar de ter contrato apenas até o dia 30 de junho, o argentino segue com a delegação azul para intertemporada nos EUA. Conforme apurou o Blog Toque Di Letra, a diretoria planeja definir a permanência do atleta durante a viagem.

"Nós estamos conversando com o Fluminense (clube que detém 57% dos direitos econômicos) e com o jogador", afirmou o diretor de comunicação celeste, Guilherme Mendes. Duas alternativas estão em pauta: a compra dos direitos de Martinuccio e um novo contrato por empréstimo. "É isso que nós estamos conversando. Temos as duas possibilidades", confirmou Guilherme.

Sucesso instantâneo

Contratado em setembro último, Alejandro Martinuccio, de 25 anos, não demorou a cair nas graças dos torcedores cruzeirenses. Bastaram dez partidas, com quatro gols, para que o argentino se tornasse titular e peça fundamental no esquema do treinador Celso Roth, na reta final do último Campeonato Brasileiro.

Arouca na mira do Galo!

Vinícius Dias

Na busca por reforços para o segundo semestre, a diretoria do Atlético aproveita a pausa no Campeonato Brasileiro para mapear as prioridades. Conforme apurou o Blog Toque Di Letra, um dos nomes tratados é o do volante Arouca. O representante do atleta, Richard Alda, afirma não ter sido procurado pelo Galo. "Não procede. Temos muitas sondagens. Mas, proposta, nenhuma".

O meio-campista mantém contrato com a equipe paulista até agosto de 2014. A negociação para renovação, iniciada em novembro último, deve ser retomada no decorrer desta semana. "Temos que esperar primeiro a posição do Santos, para ver o que a gente fala sobre propostas, sobre saída ou não. Então, neste momento a gente vai sentar com o Santos", explicou o agente.

Alecsandro fica...

Com jejum de 13 partidas (apenas cinco delas como titular), o atacante Alecsandro continua à espera de oportunidades no Atlético. Em contato com o Blog Toque Di Letra, o representante do jogador, Oldegard Filho, negou os boatos de que o camisa 19 estaria insatisfeito no clube. "Não procede. Isso é mentira". E garantiu que o atleta segue a rotina no Galo. "Tudo normal", disse.

Com vaias, sem surpresas

Marcada por manifestações nas cidades-sede, e com a chefe de Estado Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, vaiados durante o evento de abertura no estádio Mané Garrincha, em Brasília, a Copa das Confederações 2013 começou sem grandes surpresas nos gramados. No grupo A, Itália e Brasil confirmaram o favoritismo, e derrotaram México e Japão, respectivamente. Pelo grupo B, a Espanha venceu o Uruguai, sem dificuldades.

Nesta segunda-feira, 17, na conclusão da 1ª rodada, Belo Horizonte vai receber a primeira de suas três partidas na competição. No Estádio do Mineirão, se enfrentam o Tahiti, atual campeão da Copa das Nações da Oceania, e a Nigéria, que conquistou a Copa das Nações Africanas. Uma oportunidade de, sem grande alarde, testar o aclamado padrão Fifa na capital mineira.

Na medida certa

Reserva de Fred, e substituto do lesionado Leandro Damião, o atleticano Jô precisou de apenas dez minutos em campo para deixar a sua marca. Depois de receber ótimo passe de Oscar, o atacante completou para as redes, confirmando a boa fase, e anotando o terceiro gol brazuca ante o Japão. "Marcar gol na estreia, saindo do banco, é um passo importante", avaliou Jô.

Rumo aos EUA

Após quatro dias de folga, o Cruzeiro retorna aos trabalhos nesta tarde. Na quarta-feira, 24 atletas viajam para inter-temporada nos EUA. Entre eles, o meia-atacante Martinuccio, cujo contrato se encerra no próximo dia 30. Destaque para as ausências dos atacantes Borges e Dagoberto, lesionados. No domingo, 23, a equipe da Toca encara o Fort Lauderdale Strikers, em partida amistosa no Lockhart Stadium, às 19h30. E o canal SporTV transmite.

Olho no Newell's

No Galo, os atletas se apresentam somente no dia 21. Vice-artilheiro do Atlético na temporada, o atacante Diego Tardelli valorizou o período de descanso. No clube, o desejo é de que a equipe volte a desempenhar o seu melhor futebol diante do Newell's, no dia 3 de julho, pelas semis da Libertadores. "É um tempo bom para recuperar, descansar e ir com tudo para tentar a vaga na final, o que seria histórico para a gente e para o Atlético", disse.

A 'queda' de um Rey

Após a derrota para o River Plate na última rodada, o Independiente só poderia se salvar do inédito rebaixamento no caso de um milagre. Precisaria vencer suas últimas duas partidas e torcer por vários insucessos de seus concorrentes. Mas nada disso ocorreu. O Rojo perdeu para o San Lorenzo em casa, por 1 a 0. San Martin e Argentinos Jrs. venceram suas partidas e o gigante de Avellaneda foi rebaixado pela primeira vez em sua história.

Nunca é demais lembrar que a Argentina possui um sistema muito particular de rebaixamento. As três equipes que caem para a B Nacional não são as três piores da temporada, mas as três que tiverem tido a pior média de pontos nos últimos três anos. É o chamado sistema de "promédio" (média, em espanhol).

O sistema é complicado e, frequentemente, garante a sobrevivência de equipes com campanhas fracas, já que uma temporada ruim pode ser compensada por duas boas. Mas uma coisa é certa: o sistema garante que os rebaixados sejam, inevitavelmente, clubes que tiveram repetidos desempenhos ruins. Como dizem muitos argentinos: os promédios, por vezes, salvam equipes que mereciam cair, mas nunca derrubam equipes que mereceriam permanecer.

É exatamente o caso do Independiente. A equipe marcou 43 pontos na penúltima temporada, 47 na última e apenas 38 na atual, uma sequência fraca que evidencia problemas estruturais. Na verdade o rebaixamento do Rojo tem muito em comum com o do River Plate há dois anos. E tem causas muito semelhantes ao processo de declínio de clubes grandes, como Racing e San Lorenzo.

A verdade é que a organização do futebol argentino (com raras exceções, como o Vélez Sarsfield) faz o futebol brasileiro parecer um oásis. Os grandes clubes têm sofrido com muitas administrações ruins, que, para piorar, fazem uso frequente dos violentos barra-bravas para fins políticos, aumentando o poder dessas facções, que seguem atuando de forma praticamente impune.

Para piorar, há o sistema de torneios curtos, em que há um campeão a cada seis meses. Esse desenho faz com que uma sequência de 3 ou 4 maus resultados praticamente condene uma equipe em um torneio, o que dificulta muito o trabalho de longo prazo. Assim, o que se vê são jovens jogadores não terem as oportunidades que mereceriam e o tempo que necessitariam para se firmar. O que explica o fato de nomes como Conca e Montillo não encontrarem espaço em seu país natal, para, posteriormente, brilhar nos gramados chilenos e brasileiros.

O rebaixamento do Independiente tem causas específicas. O presidente anterior, Julio Comparada, deixou uma equipe fraca, um clube politicamente dividido e com os cofres vazios. Seu sucessor, Javier Cantero, evidentemente tem ótimas intenções, mas falhou na montagem do elenco para a atual temporada. Assim, se perdeu aquela que era a última oportunidade para o clube se salvar do inédito descenso.

Enfim, naturalmente o Independiente deve refletir e buscar se refazer, já que é um clube importante não apenas para o futebol argentino, uma vez que o Rey de Copas transcendeu há muito os limites de seu país. Mas isso pouco ajudará se o futebol argentino como um todo não se repensar. Que os descensos de River e Independiente sirvam como (mais um) sinal de alerta de que há algo muito errado no futebol do gigante vizinho.


Brasil e Espanha 'dominam' o ranking dos 40 atletas mais
valiosos. Barcelona é o time com mais indicados: são dez

Vinícius Dias

Com a participação de oito seleções de sete continentes, começa neste sábado a Copa das Confederações. Último evento-teste para a Copa do Mundo de 2014, ocorre até o dia 30 de junho, em seis cidades-sede: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador e Brasília - capital federal, que receberá o jogo de abertura. Maior vencedor da história da competição, o Brasil busca o tetra. A Espanha, líder do ranking da Fifa, tenta o inédito título.

Donos dos principais elencos da competição, brasileiros e espanhóis são apontados como favoritos. A tendência é confirmada pelos números. De acordo com a pesquisa realizada pela Pluri Consultoria, Brasil e Espanha possuem, juntos, oito dos dez atletas mais valiosos da disputa. O time uruguaio tem outros dois. Avaliado em € 67,4 milhões, Neymar lidera o ranking. Em segundo, aparece o meia Iniesta, com valor estimado em € 61,6 milhões.

(Créditos: Pluri Consultoria/Divulgação)

O top 3 é completado pelo urugauio Cavani, do Napoli, que tem valor de mercado de € 56,4 milhões. O atual campeão sul-americano, no entanto, tem somente dois nomes no ranking. A Espanha, por sua vez, soma 18 nomes (45% dos indicados), e o Brasil tem dez (25%). Das oito equipes participantes, apenas o Taiti não tem nenhum atleta listado entre os 40 mais valiosos.

Domínio do 'Barcelona'

Na disputa entre os clubes, o Barcelona é dominante, segundo o estudo. Com o "reforço" do recém-contratado Neymar, a equipe catalã tem dez atletas entre os mais valiosos do torneio. A seguir vem o Chelsea, que, apesar da ausência da seleção inglesa, soma cinco representantes. Real Madrid e Juventus, impulsionados pelos elencos de Espanha e Itália, têm três cada.

A Copa começa aqui...

Alisson Millo

Começa neste sábado, diante do Japão, a Copa das Confederações. E a seleção brasileira vai em busca do tetra. Contudo, sem muito apoio da nação. Um time que não desperta enorme confiança no torcedor, e que, até domingo, não derrotava uma seleção de 'ponta' desde novembro de 2009. Venceu a França, que não tinha o que se pode chamar de força máxima. Mas ganhou!

A exemplo de 2009, o treinador não conta com respaldo popular. Dunga tinha um trabalho altamente criticado, e que alguns até chamavam de incoerente. Mas, aquele time de 2009 tinha um nome que intimidava os adversários. Kaká comandou a equipe, que ainda contou com a boa fase de Elano, rumo ao título. Equipe que, em meio aos trancos e barrancos, venceu a seleção dos Estados Unidos, que havia eliminado o temido time espanhol.

Neymar: símbolo da 'nova' seleção
(Créditos: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Mas, a vitória não empolgou muito ao torcedor brasileiro que continuou descrente com o trabalho de Dunga rumo à Copa do Mundo, encerrada com a eliminação para a Holanda, que rendeu muitas críticas à equipe e, especialmente, ao treinador. Com bem mais apoio, a seleção foi campeã em 2005. O "quadrado mágico" encantava. Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo brilhavam no cenário mundial - e, mais importante, brilhavam na seleção.

Aquele time jogava o "fino da bola", e teve o auge batendo a rivalíssima Argentina, na final, por 4 a 1. Aí veio a Copa de 2006. O quadrado não fazia mais suas mágicas, as estrelas pararam de brilhar. E o fiasco foi enorme. Uma derrota acachapante, por 1 a 0 é verdade, para a França com duas apresentações de gala por parte de Zinedine Zidane e Thierry Henry.

Felipão ainda busca a equipe ideal
(Créditos: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Estamos chegando à edição de 2013. Com um time indefinido, como em 2009. Mas, por atuar em casa, repleto de esperança, como em 2005. A torcida é para que a escrita seja quebrada. Que o Brasil conquiste esta Copa das Confederações e a Copa, em 2014. Mesmo que Felipão tenha afirmado que o torneio desse ano é um preparatório, o brasileiro quer o título, o tetracampeonato. Mas, uma coisa é inegável: nossa missão é complicadíssima.

Daqui a pouco, será dada a largada para a Copa das Confederações. E a equipe segue em formação e longe do ideal. Daqui a um ano, na Copa do Mundo, teremos quatro vezes mais países e quatro vezes mais desafios. Logo, quatro vezes mais dificuldades. Cabe a Luis Felipe Scolari acertar este time e fazer a alegria da descrente mas sempre apaixonada torcida brasileira.

Com o Cruzeiro nos States

Salve, China Azul!

Como todo mundo já está calvo de saber, o Cruzeiro embarca no próximo dia 19 para uma intertemporada em terras americanas. No total, o Cruzeiro passará onze dias por lá e disputará dois jogos com o time principal, além de outro com o time B. Mas até que ponto esta viagem é positiva para o time e para o clube?

Com certeza uma parada de vinte e sete dias como esta que a Copa das Confederações vai proporcionar ao time é de suma importância. Temos alguns problemas no Departamento Médico que devem ser zerados até o recomeço da peleja (contando que nenhum outro jogador se lesione nesse período de pausa). Além dos já sócios vitalícios do "DM" (Victorino, Martinuccio, Lucca, Uelliton e Henrique), ainda precisamos consertar as carcaças de alguns jogadores que sentiram lesões recentemente como Dagoberto e Borges, que sequer viajam, Mayke, Ceará e Fábio, que reclamaram de dores, mas, em princípio, não preocupam.

Ok. Mas e o desgaste com a viagem? Não vai atrapalhar a recuperação e a manutenção das nossas peças? Temo que sim. Não que o Cruzeiro tenha jogadores em ponto de um colapso físico. Mas acontece que a delegação retorna ao Brasil num dia e em praticamente cinco dias já está de volta à realidade, enfrentando a Portuguesa no Canindé. Não sou nenhum graduado em logística e psicologia, mas tenho cá minhas dúvidas quanto ao agendamento dessa viagem. Espero que eu esteja errado, claro. Além disso, o Cruzeiro passará um total de doze dias, contando a viagem de ida e de volta, envolvido com a excursão. É quase metade do período de recesso.

De uma coisa eu não tenho dúvida. Excursões como essa são ótimas para divulgar a marca do Cruzeiro e atrair mais mídia para o time. Entretanto, da mesma forma, ou até mais, um time equilibrado e campeão também atrai mídia, exposição e investimentos. Temos um longo ano pela frente, o Campeonato Brasileiro mal começou e não podemos perder o foco. É imprescindível que a meta continue sendo os títulos que ainda disputamos.

Vou acompanhar os jogos do Cruzeiro nos Estados Unidos e espero que o time faça boas apresentações e faça valer esse período de manutenção. Estar com os cascos em ordem no dia seis de julho pode fazer toda a diferença para o resto da temporada.

Be strong, Cruzeiro!

Ainda em ritmo lento

Apenas 12 pontos em 27. Após cinco rodadas, a participação dos times belorizontinos no Campeonato Brasileiro segue discreta. Com um duelo a menos, o Atlético venceu pela primeira vez neste domingo, e tem quatro pontos conquistados, na 16ª posição. Com as atenções voltadas para a Libertadores, o Galo soma 33,3% de aproveitamento no torneio, liderado pelo Coritiba, único invicto.

No time azul, nem os oito pontos somados e a quinta posição provisória satisfazem. Depois de superar o Goiás, na estreia, e tropeçar diante de Atlético Paranaense e Botafogo, a equipe somou quatro pontos em Sete Lagoas, frente Corinthians e Internacional. Apesar dos bons momentos, não atingiu a meta traçada por Marcelo Oliveira. "Teríamos que alcançar um aproveitamento mínimo de 65%, mas não conseguimos", assegurou o treinador celeste.

Trio de seleção

A boa campanha do Atlético, campeão estadual e semi-finalista da Copa Libertadores, valeu três convocados para a Copa das Confederações. O último selecionado, Jô, se apresentou ao técnico Felipão na sexta-feira, surpreso e dizendo ter realizado um velho sonho. "Estou muito feliz. Não esperava essa convocação", disse o atacante, que se juntou a Réver e Bernard.

Joias campeãs

Titulares na Seleção Brasileira sub-20, os cruzeirenses Wallace e Vinícius Araújo festejaram a conquista do Torneio de Toulon, no último sábado. Enquanto o zagueiro liderou a defesa menos vazada da competição, com somente dois gols sofridos, o camisa 9 foi o artilheiro - com três gols anotados em cinco partidas. Antes, Araújo havia marcado três vezes em três amistosos.

Em ascensão

Mesmo no banco de reservas, Élber tem, cada vez mais, conquistado a confiança de Marcelo Oliveira e ganhado espaço na disputa com Éverton Ribeiro e Diego Souza. Após ser decisivo no triunfo contra o Corinthians, na quarta-feira, o meia-atacante voltou a ter boa atuação no sábado. A promessa estrelada marcou o primeiro gol do empate, por 2 a 2, com o Inter, em Sete Lagoas.

É hora de guerra...

Gaaalooo! Saudações, massa!

O que falar daquele lance? Pênalti! Em um segundo, o tempo parou para nós, torcedores atleticanos. Por um instante, milhões de dúvidas vieram em cima de nossas expectativas, de nossos sonhos. No calor do lance, não havia qualquer reação. Enquanto uns choravam, a maioria ficou em choque. Um profundo silêncio tomou conta das arquibancadas da Arena Independência.

Silêncio... Logo ele, que nunca foi dono do Horto, surgiu nas quartas de final, na bola decisiva. Calando a boca do atleticano que estava até na China. O mundo alvinegro parou e quando tudo indicava para um gol do "adeus", alguém protegeu o Galo. Protegeu tudo o que foi construído. E protegeu todos vocês. O nosso grande sonho, conquistar a América, foi mantido.

Esse protetor tem nome: Victor. O goleiro que tem, e teve a alma para vencer. Alma para jogar a bola para fora com tanta exatidão. Para fazer aquela defesa. Para incendiar os quietos. Ele salvou! E o Atlético está a caminho das semi-finais da Libertadores. Porém, de novo, ainda não é o fim... Como nem poderia ser. Nada está perdido, assim como nada está ganho. 

Faltam quatro batalhas para que conquistemos a guerra. Apenas os que chegarem ao topo serão lembrados na história. E quanto a merecer este título, ah, já merecemos, não acha? Mas, precisamos ir lá, carimbar. E o Atlético viu que não será tão fácil, assim. Naquela quinta, tivemos uma noite de milagre, e de Libertadores. A folia e a festa ficam para depois. Agora é guerra!