As lições do clássico dos erros

Vinícius Dias

Aos 43' da etapa inicial, Willian aproveitou falha da defesa americana para servir ao uruguaio Arrascaeta, que venceu João Ricardo e abriu o placar. A vitória parecia certa quando, aos 46' da etapa final, Bryan teve espaço e tempo de sobra para acertar belo chute no ângulo de Fábio. Um empate construído a partir de erros dos rivais, no segundo mês da temporada, é pouco conclusivo sobre o futuro e sobre aonde podem chegar as equipes comandadas por Deivid e Givanildo Oliveira. Mas diz muito sobre o ponto onde estão hoje.


Na teoria, o Cruzeiro é o time que perdeu apenas uma vez. Na prática, é uma equipe previsível, com enormes dificuldades em propor o jogo e que não convenceu nem mesmo quando venceu. Sobra bola nos pés - o time celeste teve mais posse em todos os duelos, à exceção do clássico desse domingo - e falta poder de conclusão. Em oito exibições, foram dez gols marcados, sete sofridos: pior defesa da Primeira Liga, sexta pior média de gols do Mineiro e um retrato do desequilíbrio.

Cruzeiro e América: empate em jogo ruim
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

Do lado americano, o torcedor vê um time taticamente bem definido pelo treinador Givanildo Oliveira esbarrar nas claras limitações técnicas. Com as saídas de Richarlison e Marcelo Toscano, titulares na última temporada, o setor ofensivo perdeu poder de finalização e mobilidade. No meio-campo, falta criatividade. No momento, o recado vindo dos gramados é de que o América precisa de reforços em quantidade e qualidade para almejar voos mais altos na Série A.

Duvidar de virtudes e crer nas falhas que o estadual mostra é a dica.
E um clássico decidido nos erros diz muito sobre Cruzeiro e América.


Mineiras e paranaenses vão reeditar duelo nas quartas de final
da Superliga B Feminina; Cascavel e Uniara estão nas semifinais

Vinícius Dias*

Em uma partida bastante movimentada, o Vôlei Itabirito foi surpreendido pelo São José dos Pinhais, em casa, na noite desse sábado. O confronto, disputado no Ginásio Poliesportivo Pedro Cardoso, teve parciais de 25/20, 22/25, 25/21, 20/25 e 4/15. Com o resultado, o time mineiro encerrou a fase de classificação da Superliga B Feminina em quinto lugar, somando duas vitórias e três derrotas.


As equipes de São José dos Pinhais e de Itabirito voltarão a se enfrentar, em série melhor de três, nas quartas de final. Fluminense e UnoChapecó fazem o outro confronto. Os vencedores se unem a Cascavel e ao invicto Uniara/Araraquara nas semifinais.

Assista aos últimos lances do jogo:


*Vídeo enviado por Paulo Souza


Ídolo de Atlético e Cruzeiro, salinense relembra carreira, revela
bastidores de lesão sofrida em 1968 e projeta retorno ao futebol

Vinícius Dias

Durante 40 minutos, o tema é futebol. Do outro lado da linha, a voz de Procópio Cardozo Neto, que tantas vezes reforçou gritos de 'É campeão!' no Brasil e no exterior. Somadas as trajetórias como jogador e treinador, foram dez mineiros - seis pelo Cruzeiro e quatro pelo Atlético -, além de Taça Brasil, Rio-São Paulo, Copa Conmebol e copas no Catar. Mas nem só de boas lembranças vive o salinense. Exemplo é a lesão sofrida em 1968. "Passei necessidade, até. Vendi tudo o que tinha e fiquei cinco anos sem trabalhar", revela ao Blog Toque Di Letra.

Procópio: sucesso em campo e fora dele
(Créditos: Ana Carolina Fontana/Secopa MG)

Procópio se superou. Mais do que isso: voltou aos gramados depois de cinco anos, um mês e 13 dias de calvário. Autêntico, o ex-zagueiro, que jamais teve empresário, não foge das perguntas acerca do momento do futebol nacional e se diz encantado com alguns clubes europeus. "Tenho alegria de ver o Barcelona jogar, porque pode até perder, mas você vê os caras tentando jogar futebol", exemplifica. Prestes a celebrar 77 anos, e oito após seu último trabalho, à frente do América, sonha em retornar ao futebol. "Estou apto", ratifica.

Em seus primeiros passos no futebol, no time infantil do Atlético e, depois, nos juvenis do Esporte Clube Renascença, você atuava no setor ofensivo. Quando (e como) aconteceu essa transição para a zaga, onde você se consagrou?

No Colégio Batista, onde fui interno por oito anos, eu era atacante. Era cobiçado por América, Atlético e Cruzeiro. Fui jogar no Atlético, aos 13 anos, e não pude continuar porque era muito longe. Saía do colégio, na Floresta, a pé, para chegar ao Lourdes. Chegava suado, trocava de roupa rápido e jogava. Depois, tomava um banho de gato e voltava, pelo mesmo caminho, para pegar o almoço das 13h. Embora eu fosse jovem, com muita alegria, isso me desgastava muito.

Certa vez, o juvenil do Renascença foi jogar no Colégio Batista e perdeu por 5 a 0. O treinador ficou encantado e me chamou. Como atacante, por dois anos, fui artilheiro na base. Até que o Gérson dos Santos, ex-zagueiro do Cruzeiro, do Botafogo e da seleção, veio ser técnico do (profissional) Renascença, que disputaria pela primeira vez a divisão-extra (módulo I) do Mineiro. Como botafoguense doente à época e fã do Gérson, fui ver o primeiro treino dele em um 07 de setembro.

Sentei na arquibancada com meu treinador do juvenil, Vicente. Faltavam jogadores para começar o treino. Então, Gerson perguntou ao Vicente se havia dois zagueiros disponíveis. Como não havia, ele disse que, às vezes, eu voltava para marcar porque cabeceava e rebatia bolas muito bem. Gérson perguntou se eu queria treinar e, em dois minutos, eu estava dentro de campo. Ele foi o beque central e eu, aos 17 anos, quarto zagueiro. Foi a primeira e última vez que treinei em um time reserva. E nunca mais fui atacante.

Como zagueiro, você chegou ao Cruzeiro em 1959. O time celeste encarava um jejum de três anos sem títulos, e você foi o primeiro reforço contratado pelo diretor de futebol Felício Brandi e um dos símbolos do time tricampeão estadual.

Desde que passou a se chamar Cruzeiro, o clube não era campeão. O título de 1956 foi dividido com o Atlético... Por incrível que pareça, foi um jornalista quem preencheu a promissória, de 36 contos de réis, que o Cruzeiro pagaria ao Renascença. Eu não era profissional, era não amador, uma categoria que existia na época. Cheguei com dois problemas: uma fratura no pé e um problema no exército, porque eu tinha de fazer CPOR (preparação), mas meu avô tinha morrido e eu não me apresentei no dia certo.

O Cruzeiro sabia de tudo. Como eu era o filho mais velho, arrimo de família e meu pai, que era promotor em Salinas, havia sido assassinado, o clube conseguiu a dispensa. Assinei o contrato, mas fiquei durante três meses com problemas no pé. Ouvia o pessoal gritando 'vá embora daqui, come e dorme', porque eu não treinava. Até que comecei a treinar novamente. O Cruzeiro ganhou os títulos em 1959, 1960 e 1961. Em 1961, eu joguei o primeiro turno, antes de ser vendido ao São Paulo.

Também pelo Cruzeiro, em 1968, você sofreu uma grave lesão no joelho após ser atingido por Pelé em duelo com o Santos. À época, você chegou a ser dado como ex-jogador. Como foi sua rotina nos cinco anos de calvário até voltar aos gramados?

Antes disso, voltei ao Cruzeiro em 1966. Fui campeão do Brasil e fiz parte do maior time que o país já teve, em minha opinião. Ficamos dez anos invictos contra o Santos. Perdemos no dia em que Pelé quebrou a minha perna. A partir daí, fiquei cinco anos, um mês e 13 dias sem jogar. Nesse período, frequentei o Hospital Arapiara por três anos e nove meses. Ia às 7h, saía ao meio-dia, voltava às 13h e ficava até as 19h. Todos me davam como inutilizado. Eu machuquei no dia 13 de outubro, e meu contrato (não foi renovado) vencia no dia 31.

Passei necessidade, até. Vendi tudo o que tinha e fiquei cinco anos sem trabalhar. Por fim, consegui emprego em um banco, mas eu não tinha a mínima aptidão. Fiquei por um ano. Depois, fiz Educação Física (na UFMG). O curso me deu uma condição muito boa. A partir dali, pude voltar a jogar peladas com meus amigos, joguei no Raposão, time de veteranos do Cruzeiro. Lá, vários conselheiros, inclusive o doutor Aécio Cunha, pai do Aécio Neves e vice-presidente do clube, me viram jogar e me perguntaram se eu não queria fazer um teste no Cruzeiro.

Eu me sentia bem e fiz o teste. Depois de cinco anos sem jogar, eu marcava todos os dias nos coletivos Roberto Batata, Palhinha, Dirceu Lopes e Joãozinho. Imagine! Chegaram à conclusão de que eu podia jogar de novo. Fiz um contrato de dois anos e tive a honra de ser titular ao lado do Perfumo, o maior zagueiro do mundo. Voltei a jogar em 1973. O primeiro jogo foi contra o Vasco, marquei o Roberto Dinamite. O segundo jogo foi contra o Santos, no Pacaembu.

Antes mesmo de pendurar as chuteiras, você iniciou sua trajetória como treinador. Passou por mais de dez clubes e pela seleção do Catar. E se o auge como atleta foi com a camisa do Cruzeiro, como técnico, foi à frente do Atlético, somando 328 partidas ao longo de seis passagens.

Comecei no vôlei. Quando fiz Educação Física, tive aulas com Adolfo Guilherme (ex-técnico da seleção feminina de vôlei). Depois, fui convidado para treinar a seleção mineira feminina, que disputaria o Campeonato Brasileiro em Natal. As grandes seleções da época eram São Paulo e Rio de Janeiro, mas formamos um time muito bom e, para surpresa de todos, fomos vice-campeões. Na sequência, assumi o juvenil do Cruzeiro.

Em 1977, o time profissional disputava com o Atlético, que era superior, uma melhor de três. Depois do primeiro jogo (vitória alvinegra por 1 a 0), Felício Brandi me chamou. O técnico era Yustrich. O Cruzeiro venceu a segunda partida, com atuações estupendas de Nelinho e Revétria. Na terceira, empate, e fomos campeões na prorrogação. Ali (Procópio dirigiu o time nos dois jogos finais) eu comecei a minha trajetória.

Em 1978, recebi o convite do Atlético, que havia vendido vários jogadores. O doutor José Nepomuceno, pai do atual presidente, foi quem me indicou. Fomos campeões mineiros em 1978, 1979 e 1980. Em 1980, o Atlético fez seu melhor time de todos os tempos, em minha opinião... Fomos esbugalhados na final do Brasileiro contra o Flamengo. Em Belo Horizonte, foi 1 a 0, com dois gols anulados injustamente e dois pênaltis no Reinaldo. No Maracanã, empatamos aos 38' do segundo tempo, e o juiz expulsou três jogadores do Atlético.

Pellegrini, chileno, dirige o Manchester City. Simeone e Pochettino, argentinos, estão no comando de Atlético de Madrid e Tottenham, respectivamente. Não há treinadores brasileiros nas principais ligas da Europa, e os estrangeiros começam a ganhar espaço no país. O técnico brasileiro, hoje, é mal preparado?

Não é ser mal preparado. Por exemplo, tem de começar de baixo e tem de ser bom. Eu fiz Educação Física e, na época, importei os melhores livros que existiam sobre futebol, fiz estágio na Roma. O técnico era o sueco Nils Liedholm. Eu tinha acesso ao campo, ao vestiário, a tudo, e Falcão traduzia para mim. Treinador tem de se preparar. É possível ser treinador sem ter chutado uma bola, mas como você vai corrigir um atleta, dizer que ele bateu mal na bola, que não se posicionou bem, se nunca chutou uma bola?

É fundamental que tenha jogado e enfrentado situações. Participei, como jogador, da maior fase do futebol brasileiro e, talvez, mundial. Enfrentava Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos. Havia um capital para assimilar. Procurei fazer isso com humildade. Quando jogava no São Paulo com Jair Rosa Pinto, eu parecia um repórter que está começando e pergunta tudo. Perguntava ao De Sordi, que era campeão do mundo. Fui para o Fluminense, de Castilho, Altair e Jair Marinho, também campeões do mundo.

E o 7 a 1, contra a Alemanha? Passados quase dois anos do maior revés da história da seleção, o futebol brasileiro apresenta alguma evolução?

Para você ter uma ideia, com muita tristeza, ainda vejo os jogos do Manchester United porque torço para o time. Mas está muito mal. Me encanta ver jogar Real Madrid, Bayern de Munique, Borussia Dortmund... 7 a 1 foi uma consequência (do momento do futebol brasileiro). No ano passado, você via o Corinthians jogando muito bem, o Atlético teve um período bom com Levir Culpi, foi campeão da Copa do Brasil, e agora parece estar em um bom caminho também.

Mas você vai ver Fluminense e Botafogo, Palmeiras e Santos, não vê mais aquele futebol que te empolga. Eu tenho alegria de ver o Barcelona jogar, porque pode até perder, mas você vê os caras tentando jogar futebol. Aquele Cruzeiro de 1966 jogava nesse mesmo diapasão, como o Santos (de Pelé), o Botafogo com Garrincha, Didi, Quarentinha. Não é ser saudosista, é a realidade. Você, hoje, não vê no nosso futebol algo que encante.

A Primeira Liga surgiu recentemente como um torneio associado à proposta de debate tendo os clubes como protagonistas. Você tem acompanhado esse movimento?

Acho válido. Você vê o futebol carioca, eu falo com propriedade porque joguei lá. Naquela época, um jogo Fluminense e Canto do Rio (equipe de Niterói) reunia 50 mil pessoas no Maracanã. Joguei um Fla-Flu com recorde de público, 177 mil pagantes. A população era muito menor do que a de hoje. Mas vários aspectos contribuíam. Primeiro: os times eram muito bons. Segundo: os preços dos ingressos eram compatíveis com a situação do povo. O futebol é do povo!

Hoje, temos 200 milhões de habitantes, e um grande clássico dá 15 mil, 20 mil pessoas. Não tem mais geral, arquibancada. A pessoa gasta R$ 500 para ir ao estádio, se for com a família, gasta R$ 1 mil. Então, é difícil. E tem também o problema da corrupção no futebol. Você vê a Fifa... Quando comecei a jogar, os presidentes de clubes ficavam pobres, porque ajudavam os clubes. Hoje acontece o contrário.

Atualmente, você trabalha em um livro de memórias, que pode ser lançado ainda neste ano. Com relação ao futebol, a história já teve um ponto final? Ou podemos aguardar o retorno do Procópio após oito anos?

Estou escrevendo com calma. (Quanto ao retorno), eu penso que sim. O problema é que, quando você fica mais velho, as pessoas pensam que você não tem mais condição. Mas estou fisicamente, mentalmente e moralmente apto. Meu grande sonho não é voltar ao futebol por voltar, é trabalhar com meninos. A base é a fonte de craques que o Brasil precisa novamente. (Como treinador) sempre fiz coletivos às terças-feiras contra o time júnior e às quintas-feiras contra o juvenil. É fundamental que você conheça a base para poder usar na hora em que precisar.


Na noite desta quarta-feira, arquibancadas do Independência vão
reunir vários fãs do atacante; 'vale o sacrifício', diz goleiro Victor

Vinícius Dias

Com direito a ingressos esgotados com uma semana de antecedência, o grande reforço alvinegro para a temporada estreia hoje. Robinho vestirá a camisa 7 preto e branca pela primeira vez diante do Independiente Del Valle, do Equador. O confronto começa às 21h45, no Independência. Para milhares de atleticanos, o apito inicial marcará, ainda, o fim da contagem regressiva para ver o craque, de 32 anos, em ação. Os roteiros mesclam viagens, comparações com o ídolo Ronaldinho e, até mesmo, a busca por uma renda extra.


No caso do empresário Vicente Hozanan, de 25 anos, a distância de cerca de 2,4 mil quilômetros entre Paragominas, no sudeste do Pará, e a capital mineira se tornou mero detalhe diante do desejo de acompanhar de perto os primeiros passos de Robinho com a camisa do time do coração. Depois de contar com o apoio de amigos para conseguir um ingresso, o torcedor tem presença garantida nas arquibancadas do caldeirão do Horto na noite desta quarta-feira.

Robinho fará sua estreia nesta noite
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

"Acompanho a maioria dos jogos pela TV. Vou ao estádio cerca de cinco vezes por ano", fala. Membro da Paragogalo, grupo de torcedores que se reúne para acompanhar as partidas na cidade paraense, Vicente acredita que Robinho terá papel diferente do exercido por Ronaldinho Gaúcho no passado. "Penso que Robinho não será a referência que era o Ronaldinho dentro e fora de campo. Mas creio que ele chega ao Atlético mais inteiro fisicamente e mais focado do que o Ronaldinho esteve no último ano de Galo", opina o torcedor.

Mais uma sócia atleticana

A noite de estreia do 'Rei das Pedaladas' marcará o retorno de Francielle Fialho, de 25 anos, ao Independência após quatro meses. Funcionária de uma companhia aérea em São Paulo, a torcedora alvinegra não esconde a empolgação. "Ele é o tipo de contratação que chama a torcida ao campo", diz, antecipando suas expectativas. "Espero que Robinho seja a referência técnica do time, chame a responsabilidade naqueles jogos difíceis. Mais ou menos o que foi Ronaldinho em 2013 e Diego Tardelli em 2014. Desde a saída do Tardelli falta essa referência".

Torcedora acompanha o Atlético em SP
(Créditos: Arquivo Pessoal/Francielle Fialho)

Francielle pontua que planeja aproveitar a vinda a Belo Horizonte para se filiar ao programa de sócios-torcedores do clube do coração. "Depois do anúncio (do acerto de Robinho), me senti no dever de ajudar meu time a ser cada vez mais forte, pois vi o interesse e o esforço da diretoria para ganhar essa Libertadores. Farei o Galo na Veia Prata, amanhã, na minha chegada", destaca. De acordo com dados do Movimento por um Futebol Melhor, o Atlético tem 48 mil sócios atualmente.

Um, dois... vários Robinhos

Um Robinho em campo, dezenas nas arquibancadas. Essa é a expectativa de Júnior Sana, de 33 anos. Sócio de uma empresa de comunicação visual em Itabira, o atleticano incluiu no último ano uma série de máscaras com rostos de personagens ligados ao clube em sua carteira de produtos. "Os que fazem mais sucesso são Lucas Pratto, Luan, Victor, Alexandre Kalil e, agora, Patric e Robinho", assegura. Ao preço de R$ 5, os artigos são comercializados nos arredores do Mineirão e do estádio do Horto nos dias de jogos do Atlético.

Produção de máscaras do camisa 7
(Créditos: Júnior Sana/WS Comunicação)

Para a noite desta quarta-feira, a produção de máscaras com o rosto do novo camisa 7 foi reforçada. "(O resultado) depende do sentimento do torcedor e do momento do time. Esperamos boas vendas, agora, com a Libertadores", explica Sana, que demonstra confiança em uma boa estreia do avante. "O clima na torcida é o melhor possível. A torcida do Atlético é apaixonada e um jogador como o Robinho aumenta a expectativa". Com a mochila nas costas e braços erguidos, ele abrirá os trabalhos no início da noite. E espera sucesso também fora de campo.

'Ele vale qualquer sacrifício'

O clima de expectativa se estende até mesmo a quem estará ao lado de Robinho no gramado. É o caso do goleiro Victor, que, em 2002, quando ainda atuava no Paulista de Jundiaí, assistiu das arquibancadas ao ótimo desempenho do atleta na final do Campeonato Brasileiro. "É um jogador que vale qualquer sacrifício para você poder ver em campo", ratificou em coletiva na última segunda-feira.

O abismo entre sonho e realidade

Vinícius Dias

Altos salários, carros de luxo e fama é a tríade dos sonhos de diversos brasileiros que almejam seguir carreira no futebol. Contudo, ao calçar as chuteiras e entrar na arena do futebol profissional, a realidade é bastante diferente. E há bem menos dinheiro em jogo. É o que destaca o raio-X divulgado pela Diretoria de Registro e Transferência da CBF tendo como referência a temporada passada.

(Créditos: CBF/Divulgação)

Dos mais de 28 mil atletas registrados na entidade, 82,4% apresentaram faturamento inferior a R$ 1 mil por mês. Outros 13% receberam até R$ 5 mil mensais. Na contramão, apenas um jogador do futebol brasileiro teve, oficialmente, rendimento superior a R$ 500 mil.


Time, que ficou a dois minutos de acesso em 2007, agora aposta
em Hugo Sanches: 'estou muito feliz com o começo', diz jogador

Vinícius Dias

Do anúncio da volta ao futebol profissional à vice-liderança do grupo A do módulo II do Campeonato Mineiro, com seis pontos, pouco mais de nove meses se passaram. Agora, o sonho do Formiga Esporte Clube é buscar uma vaga na elite estadual depois de 45 anos. O principal trunfo do time azul e branco é o poder de fogo: foram oito gols marcados nas primeiras três rodadas. O Formiga ainda conta com um dos artilheiros do torneio: o meio-campista Hugo Sanches, formado nas divisões de base do Cruzeiro, que já balançou as redes três vezes.

Dois jogos e duas vitórias no Juca Pedro
(Créditos: Formiga Esporte Clube/Divulgação)

"Eu estou muito feliz com o começo, principalmente pelas vitórias, com os gols que estão saindo", garante Sanches, de 21 anos, ao Blog Toque Di Letra. O meio-campista, que marcou dois gols diante da Patrocinense, na última quarta-feira, e um ante o Atlético Uberlândia, no domingo, exalta o fato de ter iniciado a preparação durante as férias. "Não parei... Fiquei na academia dos meus amigos em Guidoval e a pré-temporada foi muito bem feita, mas tenho que manter os pés no chão".

Hugo Sanches é artilheiro do módulo II
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

Polivalente, Hugo chegou a ser escalado como lateral-direito e atacante na base. No Formiga, sob o comando de Gerson Evaristo, ganhou a vaga no meio-campo, mas tem se destacado pela intensa movimentação. "Comecei jogando essas três partidas de volante pelo lado direito, mas no decorrer do jogo fui para a ponta direita, onde já sou acostumado a jogar", revela. "Ano passado eu estava finalizando pouco. Esse ano estou mais objetivo em relação ao gol", conclui.

A dois minutos do acesso

Em 2007, o Formiga Esporte Clube esteve próximo de voltar à divisão de elite mineira. O time chegou à 8ª rodada do hexagonal final do módulo II com 15 pontos, quatro a mais do que o Social, então vice-líder, e seis à frente do Uberaba Sport. Nas três rodadas finais, no entanto, o Formiga empatou com o Valério, em duelo que vencia até os 43' da etapa final, e perdeu para Social e Uberaba. Com a combinação de resultados, o acesso escapou no critério saldo de gols.


Em confronto direto pela vice-liderança, time mineiro voltou a
perder em casa; paranaenses confirmaram presença na semifinal

Vinícius Dias*

Em um jogo cheio de alternativas e com clima de decisão, o Vôlei Itabirito frustrou a torcida que lotou o Ginásio Poliesportivo Pedro Cardoso nesse sábado. O algoz foi o Cascavel. Com a vitória por 3 sets a 1, parciais de 24/26, 10/25, 25/22 e 22/25, o time paranaense chegou a dez pontos e garantiu vaga nas semifinais com uma rodada de antecedência. A equipe mineira, após a segunda derrota como mandante, caiu para a quarta posição, com quatro pontos.


Itabirito iniciou bem e chegou a abrir 16 a 9 no set inicial, mas permitiu a virada de Cascavel. No segundo set, o mais rápido, o time visitante teve vitória fácil. Quando a partida caminhava para um placar de 3 sets a 0, a equipe da casa emplacou uma boa sequência de ataques na reta final do terceiro set, incendiando o público. No quarto set, a reação esbarrou em vários erros individuais. Ao fim, comemoração da pequena, mas animada torcida do Cascavel.

Equipe da casa perdeu por 3 sets a 1
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Na última rodada da primeira fase, o Cascavel viajará a Araraquara para encarar o líder Uniara, no Gigantão. Itabirito receberá o time de São José dos Pinhais, que atualmente ocupa a quinta posição, no Ginásio Poliesportivo Pedro Cardoso. O lanterna Chapecó enfrentará o terceiro colocado Fluminense, no João Coelho Netto, no Rio de Janeiro.

Assista ao ponto decisivo do jogo:


*Vídeo enviado por Paulo Souza

Cruzeiro e Goiás alinhavam parceria

Vinícius Dias

Os departamentos de base de Cruzeiro e Goiás vão definir em breve os últimos detalhes de um projeto de intercâmbio para formação de atletas. Nos bastidores, a previsão é de que as atividades tenham início entre os dias 12 e 13 de março, com a chegada de uma delegação esmeraldina à Toca da Raposa I para amistosos. "A ideia é estreitar o relacionamento", destacou ao Blog o vice-presidente do Cruzeiro, Márcio Rodrigues. Nesta primeira fase, em Belo Horizonte, devem ser contempladas as categorias sub-17 (juvenil) e sub-20 (júnior).

Cruzeiro e Goiás: intercâmbio na base
(Créditos: Gil Leonardi/Light Press)

"A ideia é preparar para as competições nacionais. Pretendemos iniciar um trabalho diferente e inovador, com ganhos para os dois lados", exaltou o coordenador técnico da base do alviverde, Hely Maia. As conversas iniciais entre as diretorias de Cruzeiro e Goiás abriram, ainda, a possibilidade de empréstimos de jogadores das equipes de base durante a temporada. A intenção da cúpula esmeraldina é de que a segunda fase do projeto seja consumada no decorrer deste ano, com a ida de uma delegação celeste à capital goiana.

Castellar em comitê da CBF

O atual presidente da FMF, Castellar Neto, será um dos 17 membros do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro, cuja criação foi anunciada pela CBF ontem. O comitê, inspirado no padrão adotado pela Fifa, terá como função debater assuntos como reforma do estatuto, alternativas para o calendário e o desenvolvimento do futebol feminino. Entre os integrantes estão nomes como o presidente do São Paulo, Carlos Augusto Barros e Silva, o ex-técnico Carlos Alberto Parreira e os ex-jogadores Edmílson de Moraes e Carlos Alberto Torres.

Ex-cruzeirense no mercado

Fora dos gramados desde o dia 31 de outubro, Júlio Baptista ainda não definiu seu futuro. Prestes a ser pai novamente, o meia-atacante, de 34 anos, tem usado as instalações do Ponferradina, que disputa a divisão de acesso na Espanha, para se preparar. Além de treinos no clube, a rotina inclui um personal trainer. Conforme o Blog apurou, no fim de 2015, Júlio chegou a receber uma oferta do Porto, de Portugal. O Cerro Porteño, do Paraguai, também manifestou interesse. A ideia do jogador, a princípio, é dar sequência à carreira na Europa.

No Atlético, a realidade vence o sonho

Alisson Millo*

Reza a lenda que o ano no Brasil só começa após o carnaval. Então, feliz ano novo! Nem bem iniciou 2016 e o Galo já trouxe um nome de peso. A menos que more na caverna, você já deve saber que Robinho chegou e também que ele será o dono da camisa 7 na atual temporada. Por falar nisso, a nova coleção foi lançada nessa segunda-feira. Em minha opinião, uma das mais bonitas dos últimos dez anos.


Em 2016, por sinal, completa-se dez anos que o momento mais difícil da história do Atlético se tornou página virada. Ainda que haja quem prefira esquecê-lo, o fundo do poço serve para reafirmar que, a partir dali, só é possível subir. E como o Atlético subiu rápido! A vinda de Robinho é um exemplo disso. É bem provável que, a essa hora, você já tenha lido mil e uma comparações entre o novo (candidato a) ídolo e Ronaldinho, um dos ícones do sucesso recente do clube.

Robinho: reforço de peso no Atlético
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Mas vamos lá! São dois grandes nomes, é claro, ainda que o meia tenha sido/seja superior. Mas o debate é outro. Também há dez anos, o Brasil disputava a Copa do Mundo, e a seleção tinha Ronaldinho, então melhor jogador do planeta, e Robinho, apontado como potencial sucessor, como protagonistas na busca pelo hexa. Àquela época, mesmo o mais otimista torcedor daquele desacreditado Atlético se recusaria a sonhar que, alguns anos depois, as vitoriosas trajetórias daqueles dois jogadores teriam um capítulo dedicado ao clube.

O simbolismo da ascensão

Mas o que inicialmente sequer era sonho acabou se tornando realidade. A ascensão do Atlético - nos sentidos literal e simbólico - passou ainda por figuras como Ricardinho e Gilberto Silva, também convocados por Parreira para a Copa de 2006. O primeiro, por exemplo, foi anunciado em 2009 e, embora não tenha se firmado como ídolo, foi um dos pilares do time que realizou em 2009 aquela que, à época, foi a melhor campanha na Série A desde a volta. Era um sinal de que o clube deixava para trás, de uma vez por todas, os tempos difíceis.

Ronaldinho: títulos e emoção em BH
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

O segundo retornou em 2013, justamente a temporada em que o clube conquistou o principal título de sua história, com um elenco que também contava com referências como Josué, que disputou a Copa em 2010, e Ronaldinho. Agora é a vez de Robinho chegar com um currículo invejável - campeão brasileiro no Santos, espanhol no Real Madrid, italiano no Milan, além de duas Copas das Confederações e uma Copa América pela seleção. De volta ao topo, o torcedor se permite sonhar. E a realidade do Atlético, hoje, é a mesma de Robinho: títulos. 

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!

Marcelo Moreno em alta na China

Vinícius Dias

Estrangeiro que mais vezes balançou as redes com a camisa cruzeirense - 45 gols em 93 partidas -, Marcelo Moreno deixou boa impressão em sua primeira temporada na China. Artilheiro do Changchun Yatai na Superliga, com nove gols, o boliviano é alvo de dois rivais locais. Nos bastidores, o Yatai já trabalha para garantir a renovação do contrato, que termina em dezembro. Em contato com o Blog Toque Di Letra, o agente do atleta, Fabiano Farah, confirmou as informações.

Moreno: artilheiro na Toca e na China
(Créditos: Washington Alves/Ligth Press/Textual)

O desempenho de Marcelo Moreno também chamou a atenção do futebol europeu. De acordo com o jornal A Bola, o nome do atacante esteve em pauta no Sporting Lisboa, atual líder do Campeonato Português, no início deste ano. As negociações com a equipe comandada por Jorge Jesus, no entanto, não se concretizaram.

Renúncia à seleção boliviana

Em razão de divergências com o técnico Julio César Baldivieso, o assunto seleção está, por ora, fora dos planos. "Não estou feliz com o que está acontecendo na seleção boliviana, mas, acima de tudo, convencido de que minha decisão de me afastar foi a melhor escolha para o momento", disse em outubro último. Com 14 gols em 54 jogos, Marcelo Moreno é um dos maiores artilheiros da história de La Verde.


Decisiva na contratação de Robinho e na permanência de Pratto,
marca canadense lança nova coleção de uniformes nesta segunda

Vinícius Dias

Apontada pelo presidente Daniel Nepomuceno como 'grande responsável' pela permanência do argentino Lucas Pratto e pela chegada de Robinho, a DryWorld escreve nesta segunda-feira mais um capítulo da relação com o Atlético. Depois de apresentar uma série de detalhes por meio das redes sociais, a fornecedora, de origem canadense, fará o lançamento oficial da nova coleção de uniformes nesta noite. Entre os torcedores alvinegros, o clima é de expectativa.


Desde a oficialização da parceria, no último mês, a DryWorld tem feito da interação com os atleticanos uma de suas principais marcas. As iniciativas contemplaram desde sorteio de pares de ingressos VIP para o confronto com a Caldense, na quarta-feira passada, a ações de marketing no bairro Lourdes, quando os atacantes Luan e Pratto apresentaram a nova camisa de jogo a alguns torcedores.

Pratto apresenta camisa a um torcedor
(Créditos: DryWorld/Twitter/Reprodução)

Sem grandes inovações, o modelo alternativo - camisa e short brancos, com meiões na cor preta - foi revelado pelo Atlético na última sexta-feira, durante a apresentação de Robinho. "Venho para ajudar o grupo. Estou chegando agora com muita humildade. O desejo de todo jogador é fazer história no Atlético", afirmou o atacante. Com passagens por Real Madrid, Milan e Manchester City, o brasileiro utilizará a camisa 7 e será garoto-propaganda da marca canadense.

Robinho: camisa assinada pela DryWorld
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

A diretoria atleticana e a DryWorld mantiveram o mistério em relação aos modelos de treino e também aos que serão usados pelos goleiros nesta temporada. Em relação ao modelo principal, a nova fornecedora antecipou detalhes nos últimos cinco dias. Além das tradicionais listras alvinegras, o uniforme de jogo traz a inscrição 'Aqui é Galo' e a representação do Galo Volpi, símbolo do clube. "Nós nem pensaríamos em deixar de fora o Galo Volpi", publicou a DryWorld.

Galo Volpi no novo uniforme atleticano
(Créditos: DryWorld/Twitter/Divulgação)

O Atlético vai usar a nova coleção pela primeira vez nesta quarta-feira, na estreia na Copa Libertadores, contra o Melgar, no Peru. A parceria com a marca é valida por cinco temporadas. "É o maior contrato da história do clube e um dos três maiores do Brasil", destacou o Atlético em nota oficial publicada no fim de janeiro.


Com duas vitórias em três rodadas, equipe mineira se prepara
para receber vice-líder em duelo direto por vaga na semifinal

Vinícius Dias

Em um confronto bastante equilibrado, o Vôlei Itabirito chegou à segunda vitória nesta edição da Superliga B Feminina. Fora de casa, o time mineiro bateu o Chapecó, na noite desse sábado, por 3 sets a 2, e assumiu o terceiro lugar do torneio. A partida, disputada no Ginásio Ivo Silveira, teve parciais de 25/23, 17/25, 25/17, 20/25 e 13/15.

Time chegou a duas vitórias no torneio
(Créditos: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

No próximo sábado, dia 20 de fevereiro, a equipe dirigida por Luiz César Rocha enfrenta o Cascavel, vice-líder da Superliga B, em confronto direto por uma vaga nas semifinais. A partida acontece no Ginásio Poliesportivo Pedro Cardoso, em Itabirito, às 19h.