Alisson Millo*
Última
edição do Fala, Atleticano nesta temporada. E como não podia deixar de ser, um
muito obrigado a você, leitor, pela companhia e pelo feedback ao longo de 2018.
Ao Galo, bom, os agradecimentos são um pouco mais limitados, até porque as
razões para agradecer são igualmente mais escassas. Mas o espírito festivo que
acompanha o fim de dezembro permite uma boa vontade um pouco maior, então vamos
lá.
Obrigado,
Thiago Larghi. Você saiu em baixa, com a torcida pegando no seu pé e te
chamando de estagiário. Ainda assim, pegar a bomba-relógio que era o Atlético
no começo deste ano era uma tarefa das mais difíceis, e alguém sem nenhuma
experiência assumiu essa bronca e fez com que o time, pelo menos por algumas
rodadas, navegasse por águas calmas.
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No fim, a torcida alvinegra festejou (Créditos: Pedro Souza/Atlético-MG) |
Obrigado,
Roger Guedes. Nunca critiquei. A birrinha que você fez ao ser substituído? Não
lembro. Aquele passe de calcanhar contra o Vasco na primeira rodada? Passado.
Mesmo jogando apenas seis meses, foi um dos destaques do Galo no ano,
responsável pela maioria das estatísticas positivas do ataque, além de render
um bom e inesperado dinheiro ao caixa. Ainda bem que não quisemos que você
fosse defenestrado no início.
De Oswaldo a Levir: obrigado!
Obrigado,
Oswaldo de Oliveira, Arouca e Samuel Xavier. Inesperado? Com certeza. Mas o
agradecimento vem pelas transferências antes do término da temporada. Nesse
espírito, um agradecimento também a Erik. O atacante durou um pouco mais do que
os três citados anteriormente, não se destacou, mas pelo menos nunca deixou de
se entregar. Uma pena que faltava um pouco de brilhantismo - ou de qualidade.
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Com Levir, Galo volta à Libertadores (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Obrigado,
Levir Culpi. Obrigado por voltar a sua casa, mesmo que os moradores tenham,
erroneamente, te expulsado da última vez que você esteve por aqui. Já que
tocamos no assunto, desculpe-nos por isso também. Não vai se repetir - bom,
mais cedo ou mais tarde vai, mas torcemos para que não. Burro foram aqueles que
pediram sua saída e sorte temos nós por você ter aceitado assumir novamente o
Atlético.
Heróis que não convenceram
Em um
pacotão, agradecimentos mais singelos a Emerson, Zé Welison, Ricardo Oliveira,
Maidana e Terans. Nenhum desses é unanimidade, mas todos contribuíram. O
lateral-direito não é um primor técnico, mas nunca se escondeu do jogo. O
volante chegou com desconfiança, muito por causa do nome, é verdade, mas foi
uma das gratas surpresas do ano. O pastor, ainda que vovô e em má fase no fim,
foi o artilheiro da temporada. O zagueiro demorou a engrenar, mas foi bem e
ganhou a vaga no time titular. Terans fez o gol da vitória contra o
Internacional lá em Porto Alegre, apenas, mas tire esses pontos para ver o nosso
desespero.
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Terans fez gol decisivo no Beira-Rio (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Por
fim, mas não menos importante, obrigado, Cazares. Dormiu em boa parte do ano, é
verdade, mas quando acordou mostrou porque é o 10. Fez gols importantes, deu
assistências e foi o melhor jogador do time nos momentos decisivos. Atuando
como segundo atacante foi muito mais útil do que como armador, buscando a bola
na defesa. Em 2019, vamos precisar muito de sua genialidade, então, por favor,
mantenha-se acordado.
Quem
também merece menção, mas sem agradecimentos, é a diretoria. Seja presidente,
seja ex-diretor, seja quem for, errou-se muito, gastou-se o dinheiro que não
tinha, sem que o elenco ganhasse tanto em qualidade. Mas são águas passadas - pelo
menos assim a gente torce -, seguimos em frente, provando que nosso time é
imortal, e ano que vem vai ser melhor. Precisa ser. O Danubio é logo ali, já
bastam Jorge Wilstermann, San Lorenzo e Chapecoense de vergonhas e eliminações
recentes.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!