O pontapé atleticano

Alisson Millo

Começou o Campeonato Mineiro para o atual campeão. Com o perdão do trocadilho, uma estreia meia-boca. Quarta, 19h30, em Sete Lagoas, e um preço 'salgado' no ingresso. O resultado não poderia ser outro. O duelo contra o Minas Boca teve público de cerca de duas mil pessoas. Duas mil testemunhas de um empate sem gols.

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No Galo, de técnico novo, velhos problemas, as velhas carências. Autuori usou a base da equipe de Cuca, com Guilherme no lugar de Ronaldinho, suspenso, e Michel improvisado na lateral-esquerda. A improvisação teve explicação: Junior César se foi, Pedro Botelho chegou machucado. Lucas Cândido e Richarlyson, machucados, fizeram o novo treinador optar pelas improvisações. No plural, porque Dátolo também foi testado na ala, após atuação discreta de Michel. O argentino teve uma participação igualmente discreta, diga-se.

Marion foi o destaque do alvinegro
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Atuar fora do Independência significa um time incapaz de vencer? Mesmo dando o desconto para o pouco tempo de preparação, o Galo mostrou a ineficiência padrão de quando joga longe do estádio do Horto. Ainda na primeira rodada, fica o alerta de não ter conseguido derrotar o caçula da competição estadual.

Uma boa notícia...

Mas, apesar do mau resultado, tivemos boa notícia: Marion. Mesmo pouco conhecido, o atacante, que retornou de empréstimo ao Betim, entrou na segunda etapa. Jogando pelas pontas, o garoto deu movimentação a um ataque estático, botou fogo no jogo. Não é perfeito, mas já é um alento, ainda mais em um jogo ruim. Ainda é o início, mas começou com a perna esquerda.


Foguetório nas manhãs seguintes às vitórias do time alvinegro
é tradição pelas mãos de Pedro Viana, há 30 anos, em Itabirito

Vinícius Dias

Dia 25 de julho de 2013. Logo às 6h, dois foguetes estouram no céu de Itabirito, no interior de Minas Gerais. Os 'tiros de canhão', comuns há 30 anos nos dias seguintes às vitórias do Atlético, ganharam sabor especial naquela quinta-feira. Depois de vencer o Olimpia, do Paraguai, por 2 a 0, aquele era o primeiro dia do Galo como dono da América. O estouro dos foguetes, orientado pelo badalar do sino da Igreja de São Sebastião, na área central da cidade, já é parte da rotina do funcionário público Pedro Celestino Viana, de 66 anos.

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"Junto com os meus dois filhos, que também são atleticanos, eu criei um dispositivo que está adaptado na laje. Quando o Atlético ganha, no dia seguinte o foguete explode na primeira badalada", diz Viana. Com sabor especial, os triunfos diante de equipes como Cruzeiro e Flamengo valem comemoração reforçada. "Por vitória, eu solto um. Porém, nesses jogos especiais, é um foguete por gol".

Pedro destaca a paixão pelo Atlético
(Créditos: Vinícius Dias/Toque Di Letra)

Segundo Pedro, a influência vem de um ex-vizinho, que residiu no bairro Bela Vista nos anos 1970. "Ele já era senhor de idade e, à época, criou essa história dos foguetes e soltava às 6h", rememora. "E depois que ele faleceu, o sobrinho deu continuidade. Porém o foguete era fraco, daquele três por um. Eu me lembrava da dinamite que o meu pai explodiu após a vitória do Brasil, em 1958, e pensava que deveria ser um tiro de canhão", explica o atleticano.

Foguete em extinção

No início, revela, ele teve dificuldades na busca pelo tão desejado modelo. "Esse foguete era utilizado em procissões religiosas. Depois, o fabricante parou de fabricar e os foguetes sumiram. Mas, por coincidência, um dia eu fui buscar pão e encontrei. Tinham quatro. Comprei todos eles e passei a insistir com o dono da padaria". O sucesso daquela iniciativa logo levou o foguete às prateleiras dos supermercados. "Hoje eles vendem muito dele aqui na cidade", diz Viana.

Equipamentos estão instalados na laje
(Créditos: Vinícius Dias/Toque Di Letra)

A tradição, porém, é cercada de curiosidades. "Há uns dez anos, tive um problema particular. O Atlético venceu, não soltei o foguete", conta. "Nas ruas, meus irmãos, a minha irmã e todos os que eram próximos a mim foram questionados. Isso me deu força e, daí adiante, eu não parei". O hábito valeu a 'cornetada' do padre gremista da paróquia que frequenta. "Ele me chamou a atenção, brincando, pelos três foguetes após a vitória sobre o Grêmio", recorda.

Do pai para os filhos

A paixão alvinegra, Pedro exibe nos nomes dos filhos. E comprova o lema afixado na parede de casa: enquanto nascer uma criança, o Atlético será imortal. "Meu filho mais velho nasceu quando Reinaldo, meu ídolo, estava em seu auge. No segundo pus Romero, nome do lateral. A terceira veio mulher, porém ganhou o nome de Renata, homenagem ao Renato, outro ex-lateral", explica. Somente a filha mais nova, Rosiani, não carrega uma referência no nome.

Na parede da sala, quadro exibe lema
(Créditos: Vinícius Dias/Toque Di Letra)

Tão forte quanto pelo Atlético é sua paixão pelo rádio. "Eu sempre ia aos estádios, porém, por causa da violência nas arquibancadas, parei", afirma. "Hoje, compro o pay-per-view, mas o problema é o seguinte: assistir aos jogos sem ouvir o Caixa, da Itatiaia, não tem futebol. Na final da Copa Libertadores, quando ele chorou, a família aqui em casa chorou junto", acrescenta, emocionado.

Por um 2014 positivo

Ainda decepcionado com a perda do Mundial, que afirma ter pressentido, Pedro atribui a R10 o papel de ídolo e revela que as projeções para 2014 são as melhores possíveis. Nem mesmo a saída de Cuca tira seu ânimo. "Analisando friamente, era hora de mudar. Queria o Levir, mas confio no Autuori", fala. Uma certeza ele tem: se o Atlético vencer hoje, amanhã o foguete estoura às 6h.


De Corcel a Fusca, Joaquim Lagares, 55 anos, pinta um carro
a cada grande título celeste: 'nesse ano, eu pinto outro', fala
  
Vinícius Dias

Enquanto milhares de cruzeirenses deixavam suas casas para celebrar o título brasileiro, após o apito final do jogo contra o Bahia, em dezembro passado, o funcionário público Joaquim Lagares, de 55 anos, embebia o pequeno rolo nas tintas de cores azul e branca, conferindo os detalhes finais ao Fusca modelo 1969. Depois de 30 minutos, já com a decoração alusiva ao tri, o veículo puxava a fila da carreata que ganhou as ruas de Serro, no interior de Minas Gerais.


"Coloquei na garagem e fui pintando aos poucos. Quando o Cruzeiro foi campeão, o meu filho brincou: pode terminar, pai. Está pronto!", recorda Joaquim. Segundo ele, contudo, a intenção era guardar segredo até o dia da comemoração, marcada para 1º de dezembro. "Sabíamos que éramos campeões, mas não podíamos ficar aparecendo", conta. A ideia é também evitar decepções como a de 2009, na Libertadores. "Havia preparado para pintar esse Fusca", explica.

'Eu sou ciumento', fala Joaquim Lagares
(Créditos: Arquivo Pessoal/Joaquim Lagares)

Tão logo saiu às ruas, o veículo fez sucesso entre os cruzeirenses. "Ele é atração na cidade. Os torcedores ficam doidos, pedem para tirar foto com as crianças e até para dirigir", diz. Para esse último pedido, Lagares tem resposta pronta. "Ele fica na porta da minha casa. Quem passa por aqui para, vê, tira foto. Mas dirigir eu não deixo. Sou ciumento e, exceto meu filho, apenas eu dirijo", justifica.

'Rivalidade' em casa

A paixão pelo Fusca (e pelo Cruzeiro) é tamanha que motiva, inclusive, a rivalidade com a esposa, atleticana. "Minha esposa é atleticana, de família toda atleticana. E em casa, eu tenho uma relação de rivalidade com ela", destaca. No carro, segundo fala, ela nunca entrou. "Não pode entrar, de jeito nenhum. Ou vou sozinho ou com algum cruzeirense. Atleticano não entra no carro", afirma.

Detalhe da pintura do Fusca tricampeão
(Créditos: Arquivo Pessoal/Joaquim Lagares)

Na pintura, Joaquim destacou, além dos três títulos brasileiros, a Raposa, mascote celeste. "As ideias surgem na hora. Por exemplo, eu ainda tenho vontade de colocar os títulos da Libertadores, mas não deu tempo", diz o funcionário público, que, pela segunda vez, expressou a paixão pelo clube por meio da pintura de um carro.

História desde 2003

"A primeira vez foi em 2003, quando o Cruzeiro ganhou a Tríplice Coroa. Naquela época era um Corcel, de 1973. Aquele eu pintei em mutirão, esse foi sozinho", recorda. Sem documento, o veículo terminou no desmanche. Destino diferente do que ele espera dar ao Fusca. "Esse aí, vou deixar no estaleiro, vou conservar", destaca.

Corcel (centro): carro do título de 2003
(Créditos: Arquivo Pessoal/Joaquim Lagares)

Antecipando a confiança no elenco dirigido por Marcelo Oliveira, ele espera ter de cumprir a promessa. "Nesse ano, se ganhar algo, vou pintar outro. Pode ser Campeonato Mineiro. Já tem mais um carro esperando", afirma Joaquim. "Se o jogo for às 16h, terminando às 17h30, às 18h o carro já estará na rua. Eu chamo os colegas, e em um instante ele está pronto", afirma, planejando a nova pintura.

Sonho de ir à estrada

Em razão da documentação, que consta ser verde a cor predominante do carro, agora pintado de azul e branco, ele não tem utilizado o Fusca fora dos limites da cidade de Serro. Sonho que espera concretizar em breve. "Tem um rapaz que trabalha na delegacia e ficou de olhar para mim. Vou tentar conseguir essa documentação, que altera a cor predominante para azul", afirma. Por ora, não importa em que rua ou praça, ele segue como atração na cidade.

Antes do sócio, o torcedor!

Vinícius Dias

"O torcedor precisa se acostumar, cada espetáculo tem o seu preço. Um show do Chitãozinho e Xororó não tem o mesmo preço de um show do Pavarotti quando estava vivo". A metáfora usada por Zezé Perrella para justificar o súbito aumento dos preços dos ingressos para a semifinal da Libertadores, em 2010, ajuda a explicar o domingo de Mineirão vazio na estreia do Cruzeiro em 2014.

11.843 pagantes assistiram ao bom início do time celeste, em especial no primeiro tempo. Velocidade, trocas de passe, intensidade e, sobretudo, o entrosamento, que parece ter sido conversado. Mas o público poderia ter sido melhor. A reestreia de Marcelo Moreno e o reencontro com a equipe tricampeã. Motivos para o cruzeirense ir ao estádio, não fosse um preço médio de R$ 105.

Gol de Goulart, no Mineirão 'vazio'
(Créditos: Washington Alves/Textual)

Ao praticar valores de Campeonato Brasileiro (que, em 2013, teve preço médio de R$ 124), o clube confirma a postura de ampliar o programa de sócios-torcedores. Entre as várias categorias, ser associado significa ter comodidade e ingressos garantidos/com desconto. O programa é bom. O principal erro está na forma como o Cruzeiro trabalha a busca por novos associados.

Chance ao torcedor...

Com bom elenco, os títulos parecem naturais e o retorno é questão de tempo. O Mineiro deveria ser o momento dos ingressos mais baratos, de oferecer aos torcedores de menor potencial aquisitivo a chance de ir ao estádio. Afinal, um produto que não é visto - no caso da ida ao estádio, consumido -, não é desejado.

Para bom leitor, o Mineirão vazio deixa um recado. Na busca por sócios, incentivar o torcedor, tirá-lo da "zona de conforto" e da emoção pela TV pode ser um bom caminho.

Economia alvinegra

Vinícius Dias

Discreto no mercado de transferências, o Atlético anunciou somente duas novidades até o momento: o lateral-esquerdo Pedro Botelho, contratado por empréstimo junto ao Atlético/PR, e o volante Claudinei, destaque do América no Brasileiro da Série B, em 2013. A postura, conforme o Blog Toque Di Letra apurou, é reflexo da política de corte de gastos iniciada durante o mês de dezembro.

Depois de Gilberto Silva e Júnior César, que não tiveram seus contratos renovados, e de Alecsandro, negociado com o Flamengo, Richarlyson será mais um a deixar o Atlético - em abril, após recuperar-se de contusão. A saída do quarteto vai representar, na folha atleticana, uma economia de quase R$ 1 milhão/mês.

Premiações x bloqueio

Com a soma de R$ 25,2 milhões, o Atlético foi o clube brasileiro que mais arrecadou com premiações na temporada anterior. Entretanto, o bloqueio referente à venda de Bernard ao Shakhtar, da Ucrânia, tem dificultado os planos. A cúpula atleticana discute, nos bastidores, a liberação dos R$ 54 milhões pelo governo federal.

Enfim, a hora da estreia

Douglas Zimmer

Dá-lhe, China Azul!

Para os que gostam de futebol, finalmente está começando, de fato, o ano de 2014. Falo isso tendo em vista principalmente os torcedores, já que do outro lado do jogo, os jogadores já estão envolvidos na nova temporada há mais tempo. Mesmo que, como não tenhamos visto muitos resultados práticos, possamos achar que o ambiente está parado.

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O Cruzeiro, especialmente no que diz respeito a contratações e vendas, viveu um final de 2013 e um começo de 2014 pouco badalado, pouco estampado em sites e jornais, mas de muito trabalho. Se, por um lado, não foram executadas muitas contratações, por outro, a base do time campeão nacional no ano passado foi mantida. Além disso, vários jogadores tidos como reservas - sem querer questionar o desempenho enquanto vestiram nossa camisa - foram negociados, dispensados ou emprestados, o que alivia bastante a folha salarial. 

Time celeste estreia neste domingo
(Créditos: Washington Alves/Textual)

Com o trabalho com bola, tivemos três semanas muito intensas para os jogadores e comissão técnica, que viveram um verdadeiro confinamento na concentração da Toca II. Tudo para que aquele entrosamento que saltava aos olhos esteja em dia já no começo do Campeonato Mineiro, a primeira competição que vamos disputar no semestre. Daqui a pouco já estaremos com os pés na Libertadores, e aí não haverá mais tempo para testes e ensaios. 

Titulares mantidos

Durante o período de pré-temporada, Marcelo Oliveira deu indícios de que vai manter a espinha dorsal do time que terminou o ano passado jogando, realizando alterações pontuais, conforme a necessidade e o desempenho técnico de seus comandados. Nada mais natural, já que o elenco é muito bom e tem peças ótimas para que o treinador possa promover variações táticas e filosóficas durante uma competição e até mesmo no decorrer de um jogo.

Júlio Baptista: um reserva de 'luxo'
(Créditos: Washington Alves/Textual)

E o primeiro desafio oficial do Cruzeiro 'versão 2014' será a URT, recém-promovida à elite mineira, neste domingo, no Mineirão. A tendência é que o Cruzeiro vença e demonstre sinais de que, aos poucos, vai retomar aquele futebol vistoso de onde parou, ao conquistar o tri nacional. É somente o primeiro de muitos jogos que iremos acompanhar, neste que promete ser um dos mais movimentados anos.

Força, Cruzeiro!


Clubes apostam em ex-jogadores de Cruzeiro e Atlético para
surpreender e reeditar o feito do Ipatinga, campeão em 2005

Vinícius Dias

Enquanto os favoritos Cruzeiro e Atlético vão dividir as atenções entre o estadual e a Libertadores no primeiro semestre, os clubes do interior se preparam para, com foco total, surpreender no Mineiro. Com nomes de destaque como Fábio Júnior, ex-Cruzeiro e Atlético, Mancini, ex-meia do Atlético, e Alex Silva, zagueiro bicampeão brasileiro pelo São Paulo, nove equipes almejam repetir, depois de nove anos, o feito do Ipatinga, que conquistou o título em 2005.

Campeão do interior em 2013, o Villa Nova, de Nova Lima, tentará rugir mais alto neste ano. E, para isso, a diretoria do Leão apostou em nomes conhecidos dos torcedores mineiros. Além do camisa 10 Mancini, de 33 anos, o técnico Paulinho Kobayashi terá à disposição dois ex-atleticanos: Welton Felipe e Ferrugem. O time busca o título comemorado pela última vez no ano de 1951.

Mancini (à direita) é o 10 do Villa
(Créditos: Villa Nova A.C./Divulgação)

Representante de Minas Gerais na Série B, o Boa Esporte, de Varginha, quer apagar a imagem do fiasco de 2013, quando ficou em décimo lugar. Os principais nomes da Coruja estão na zaga. Alex Silva, Matheus e Thiago Carvalho, ambos ex-Cruzeiro, compõem o setor. No meio-campo o clube conta com Francismar, que surgiu como promessa no América nos anos 2000, e passou pelo Cruzeiro.

Força do goleador

Após surpreender em 2013, ano em que estreou na divisão principal, o Tombense almeja seguir no topo. A aposta é no treinador Moacir Júnior, ex-Betim, que comanda um grupo com nomes como o experiente lateral-direito Joílson, ex-São Paulo e Botafogo. Destaque do time na temporada passada, Júnior Negão, artilheiro do Mineiro, com sete gols, continua no comando de ataque.

Alex Silva: xerifão do Boa Esporte
(Créditos: Rede Globo/Reprodução)

Depois de confirmar a volta à Série C, o Tupi sonha com o inédito título estadual em 2014. A equipe, que será dirigida por Wilson Gottardo, ex-zagueiro, campeão da Libertadores de 1997 pelo Cruzeiro, tem no veterano Ademílson, aos 39 anos, a sua esperança de gols. A zaga, formada por Adriano Mansur, ex-Atlético, e Fabrício Soares, ex-América, é o setor de destaque do Galo Carijó.

De volta a casa...

Após mandar seus jogos em Nova Serrana em 2013, o Guarani volta ao Farião, em Divinópolis. Com a força da apaixonada torcida, o Bugre, que segue sob o comando de Leston Jr., aposta no meia Michel Cury, de 32 anos, para garantir vaga na Série D. Thiago Carpini, ex-Atlético, é outro bom nome do elenco.

Fábio Júnior é a aposta do Minas
(Créditos: Minas Boca/Divulgação)

Estreante na elite, o Minas Boca foi inspirado no argentino Boca Juniors. No elenco, os principais nomes são Micão, ex-América, e o goleador Fábio Júnior, que já atuou no trio da capital. Ao lado do time de Sete Lagoas, a URT, de Patos de Minas, volta à divisão principal após obter o acesso em 2013. As apostas do clube são Mancuso, volante revelado no Cruzeiro, e Eraldo, atacante ex-Villa Nova.

Para surpreender

Após ficar em sexto em 2013, a Caldense, de Poços de Caldas, planeja surpreender neste ano. Comandada por Léo Condé, que fez sucesso nas categorias de base do Atlético, a Veterana aposta no retorno do volante Maxsuel, de 32 anos, que já disputou mais de 100 partidas pelo time. O Nacional, que vai mandar seus jogos em Muriaé, aposta nos experientes Márcio Alemão, ex-Ipatinga, e Léo Medeiros, ex-Flamengo, para buscar a sonhada vaga na Série D nacional.


Após vice em 2013, treinador celeste quer iniciar a temporada
com título do Mineiro; ótimo retrospecto em casa é motivador

Vinícius Dias

Com vínculo renovado depois de comandar o Cruzeiro na conquista do tri do Brasileiro em 2013, o técnico Marcelo Oliveira sonha fazer história em 2014. A começar pelo campeonato estadual. No ano passado, depois de chegar invicto à decisão, o time celeste foi superado pelo rival Atlético no saldo de gols. A expectativa, nesta temporada, é de que a história tenha um final diferente.


"Apesar do placar final, aquela partida foi um bom aprendizado para todo grupo, pois passamos a ser um time mais forte desde então", afirmou o comandante estrelado. Segundo Marcelo, o resultado adverso foi também fundamental para reafirmar a união entre o time e o torcedor, decisiva na conquista do Brasileiro.

Técnico sonha fazer história na Toca
(Créditos: Washington Alves/Textual)

Depois de concluir a última temporada com um aproveitamento de 75,6% dos pontos disputados, com 42 vitórias em 60 jogos, o treinador afirma que o trabalho, até aqui, é positivo. "Estamos fazendo um trabalho sério, como sempre, e nos organizando jogo a jogo", avaliou. "O objetivo, sem dúvidas, é o título, como sempre em um clube acostumado a conquistas como o Cruzeiro", acrescentou.

Invicto em casa...

Às vésperas da estreia oficial em 2014, o técnico conserva outra marca importante: nos últimos três anos, os times por ele dirigidos não foram derrotados em seus domínios nos estaduais. "Os números são uma das melhores formas de se observar a qualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido", pontuou.

Marcelo orienta treino no Mineirão
(Créditos: Washington Alves/Textual)

Para confirmar o bom momento do clube e de Marcelo Oliveira, o Cruzeiro entra em campo neste domingo, às 17h, diante da URT, no Mineirão. A partida é válida pela 1ª rodada do Mineiro.

Mineirão: histórias da bola...

Vinícius Dias*

Promovendo o diálogo entre literatura, artes e futebol, o Museu Brasileiro do Futebol foi reinaugurado na última quarta-feira, dia 22, no Mineirão. A cerimônia contou com a presença de ex-jogadores como Dadá Maravilha, Wilson Piazza e Procópio Cardozo, ídolos do futebol local. O espaço, que agora ocupa uma área de mil metros quadrados, atraiu 50 mil visitantes durante o ano passado.

Uma das grandes novidades do local, que conta a história do futebol, da China antiga ao Brasil, é a sala Campos Gerais. Com o acervo do antigo Mineirão, o público poderá reviver os momentos históricos registrados na Calçada da Fama, instalada na parede, e nas placas que homenageiam os golaços marcados no estádio.

Confira a reportagem:


*Com informações da Agência Minas


Nas redes sociais, profissionais e amadores se unem na tentativa
de antecipar os possíveis detalhes da nova coleção de uniformes

Vinícius Dias

Um dia após a Puma ser confirmada como nova fornecedora de materiais esportivos do Atlético, o clima entre os torcedores é de expectativa. Nas principais redes sociais, designers profissionais e amadores se unem na tentativa de projetar possíveis detalhes dos novos uniformes que serão usados na temporada e deixam, inclusive, sugestões de modelos para a empresa alemã.

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O Blog Toque Di Letra teve acesso ao conteúdo produzido por dois torcedores. O estudante Mateus Mendes, de 15 anos, e o designer José Augusto Basílio, de 20 anos. Eles ainda tiveram a chance de explicar as ideias aplicadas durante a criação.

Modelos baseados na década de 1980
(Arte: Mateus Mendes Lucas/Reprodução)

No uniforme 1, Mateus indica poucas mudanças. Com três listras finas e logomarca da Puma na cor branca, a grande novidade seria a gola na cor preta. Segundo ele, a inspiração vem dos uniformes utilizados pelo clube nos anos 1980. "Os modelos eram simples. Esse estilo me agrada muito", comentou o torcedor.

Expectativa positiva

Também com gola preta, em corte v, a camisa dois teria maiores inovações. Além das finas listras diagonais, na cor cinza, o uniforme teria uma listra preta, cortando o lado esquerdo. "A Puma é uma grande fornecedora de material esportivo e referência em qualidade. Espero uma camisa bonita", destacou Mateus.

Camisa três: comemoração da conquista
(Arte: José Augusto Basílio/Reprodução)

Entre as inovações apresentadas pelo designer José Augusto Basílio, que trabalha como assistente de marketing, estaria a criação de uma terceira camisa em comemoração à conquista da Taça Libertadores. No modelo, o escudo do Atlético seria envolvido por um mapa da América do Sul, e a logomarca do patrocinador master deixaria a habitual cor laranja e seria estampada em branco.

Na camisa tradicional, poucas inovações
(Arte: José Augusto Basílio/Reprodução)

Segundo ele, a inspiração vem de uniformes de times europeus. "A ideia é sempre inovar e deixar o mais simples possível, identificando sempre com clube", falou. O uniforme tradicional, que ganhará o 'patch' em alusão ao título da Libertadores, teria três linhas verticais pretas, em vez das duas estampadas em 2013.

'É uma das maiores'

A expectativa de José é de que a parceria entre Atlético e Puma seja de muito sucesso. "É uma das maiores empresas no seguimento esportivo e tem experiência no mercado, tanto é que fornece materiais para grandes clubes e seleções", pontuou.

R10: craque de cinema...

Alisson Millo

Que Ronaldinho Gaúcho é craque ninguém duvida. Duas vezes melhor do mundo, o camisa 10 do Atlético traz no currículo uma Copa do Mundo, Liga dos Campeões e a Copa Libertadores. A próxima missão do gênio da bola, porém, será longe dos gramados. R10, agora, é estrela do cinema indiano, em "Ronaldinho vs The Aliens".

No filme produzido em Bollywood, a maior indústria de cinema do mundo, Ronaldinho vai salvar o mundo de extraterrestres. Na animação, que teve trailer divulgado nesta semana, Ronaldinho é o protagonista e enfrentará um time de aliens com poderes especiais. Com traje espacial de número dez, o meia precisa derrotar o time para que o mundo e, em especial, o futebol sejam salvos.

Confira o trailler:


Na coletiva de apresentação do filme, R10 se mostrou entusiasmado. "É a realização de um sonho, fico muito feliz de ter sido o escolhido". A estreia mundial deve ocorrer em maio.

Paz e bola: futebol e religião

Alisson Millo

Fé, paixão, emoção, razão. Futebol e religião não se discutem. Fato! Por coincidência, a relação entre os dois é muito intensa. Em várias ocasiões, eles estão interligados. O caso mais recente envolveu o San Lorenzo, da Argentina. O time de coração do papa Francisco foi o campeão argentino logo no ano de estreia do pontífice à frente da Igreja Católica. Coisas da vida? Coincidência?

Essa relação entre os times e o papa não fica restrita aos hermanos. Os brasileiros e, em especial, os mineiros também foram abençoados pelo chefe da Igreja Católica. Camisas de Raposa e Galo foram entregues ao pontífice. O resultado, já sabemos: uma Libertadores e um Brasileiro. No Rio, o Fluminense, que um dia adotou João Paulo II, o famoso 'João de Deus', como padroeiro nos momentos difíceis, agora atribui a Francisco a permanência na Série A.

Futebol e religião: relação de títulos em 2013
(Créditos: Montagem/Facebook/Reprodução)

O clube das Laranjeiras viu, por outro lado, o rival Flamengo comemorar o tri da Copa do Brasil, após presentear o papa com o manto rubro-negro. De volta à Argentina e, agora, para falar de ninguém menos que Diego Armando Maradona. Eterno camisa 10, ele tem como marca registrada o gol da 'mão de Deus'. Não foi o bastante. Na década passada, o ex-meia ganhou uma religião. Criada em torno dele, a crença tem em Maradona o seu próprio D10S.

A fé na camisa...

Também são famosos casos de jogadores como Kaká e a camisa com a frase 'eu pertenço a Jesus', Kanouté que se negou a vestir a camisa do Sevilla com o patrocínio da casa de apostas 888.com, devido à crença no islamismo. Em nações islâmicas, por sinal, clubes como o Real Madrid já foram impedidos de estampar marcas ligadas ao mercado de apostas. Na Escócia, por sua vez, Celtic e Rangers protagonizam o clássico religioso: católicos x protestantes.

Na Argentina, Maradona é D10S
(Créditos: Facebook/Reprodução)

Coincidências à parte, o ano de 2013 provou que vale recorrer à religião para ter aquela forcinha nos objetivos e títulos. Seguindo essa linha, em 2014, igrejas ficarão tão cheias quanto estádios na reta final. É fato, mal não faz. Está provado!


A obra, de 192 páginas, relembra as três conquistas nacionais do
time celeste, destacando bastidores, personagens e a China Azul

Vinícius Dias

Para resgatar histórias de três gerações campeãs e imortalizar relatos das conquistas do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro lança nesta quinta-feira, dia 23 de janeiro, o livro "Cruzeiro - Tricampeão Brasileiro". O evento, em parceria com a Maior de Minas, loja oficial do clube, acontece a partir das 18h30, no Barro Preto.

A publicação, assinada pelo jornalista Bruno Mateus e Henrique Portugal, tecladista do Skank, conta com fichas técnicas, detalhes de bastidores, imagens das partidas e da torcida azul celeste, além de depoimentos de quem foi personagem das conquistas, destacando momentos, vitórias e gols dos títulos.

Quinta-feira marca lançamento do livro
(Créditos: Cruzeiro E.C./Divulgação)

Ao longo das 192 páginas, o torcedor terá a oportunidade de relembrar histórias dos times de Dirceu Lopes e Tostão, campeão em 66, de Alex e Vanderlei Luxemburgo, que conquistou o torneio em 2003, e do trio de craques Éverton Ribeiro, Fábio e Nilton, personagens do tri brasileiro, na temporada passada.

Lançamento oficial

O lançamento ocorre na loja Maior de Minas do Barro Preto, na Rua dos Timbiras, nº 2887. O livro será vendido pelo preço de R$99,00, nas lojas oficiais do Cruzeiro.