Deputado quer CBF e árbitros pagando por erros

Vinícius Dias

Os repetidos erros de arbitragem que assolam as principais competições brasileiras podem, em breve, se transformar em dores de cabeça para a CBF e para os árbitros. O deputado estadual Alencar da Silveira Júnior (PDT/MG) lidera a construção de uma frente nacional, a partir de Minas Gerais, para que a confederação ou os árbitros sejam responsabilizados e paguem pelos prejuízos financeiros gerados aos clubes.

Galo e Coelho: três erros contra cada
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Presidente do América entre 2015 e 2017, o parlamentar destaca os impactos das decisões da arbitragem. "Um erro contra o América no domingo pode custar cerca de R$ 50 milhões aos cofres do clube. Isso acontece também com os outros times que estão envolvidas em disputas importantes, como o Atlético". Em caso de vitória diante do Fluminense, no Maracanã, o Coelho garantirá a inédita permanência na Série A.

11 erros contra equipes mineiras

Levantamento feito pelo Blog Toque Di Letra a partir das análises divulgadas pela CBF até a 33ª rodada aponta 11 erros graves contra os clubes mineiros no Campeonato Brasileiro. Foram cinco equívocos contra o Cruzeiro, um dos mais prejudicados desta edição, e três contra América e Atlético cada. Curiosamente, em fevereiro, os três recusaram o uso do árbitro de vídeo (VAR) no formato proposto pela CBF - custeado pelos clubes.

Futebol feminino: Ipatinga na pauta do Cruzeiro

Vinícius Dias

Trabalhando para viabilizar um projeto de futebol feminino para a próxima temporada, o Cruzeiro tem entre as opções em pauta a implantação da modalidade em Ipatinga. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, a possibilidade de sediar as atividades no Vale do Aço é bem avaliada nos bastidores. A definição deve ocorrer ainda neste ano.

Ipatingão recebeu a Raposa em janeiro
(Créditos: Sérgio Roberto Oliveira/Light Press/Cruzeiro)

A princípio, a intenção do clube celeste é alinhavar um projeto sem grandes investimentos. Neste cenário, a cidade ganha força pela estrutura já inserida no cenário do futebol feminino - o Ipatinga FC foi campeão estadual em 2015 e tentará o bi neste domingo, na final diante do América - e pela possibilidade de captação de recursos junto a empresas locais.

Requisito para a Libertadores

A manutenção de equipe feminina - própria ou em parceria, formato da preferência da Raposa - é uma exigência da Conmebol para os participantes da Copa Libertadores a partir da próxima temporada. Campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro se transformou, ainda em outubro, no primeiro clube do país com vaga garantida na competição sul-americana.

Cruzeiro mira Bruno Henrique e novos laterais

Vinícius Dias

Antes mesmo de se despedir do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro já definiu sua prioridade na próxima janela: dois laterais. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, a busca por novos concorrentes para Edilson e Egídio foi antecipada pelo presidente Wagner Pires de Sá a aliados durante encontro na última semana. Para a esquerda, o nome da preferência é Dodô, que pertence à Sampdoria, da Itália, e está emprestado ao Santos. Atual reserva na Toca, Marcelo Hermes não terá o contrato renovado.

Atacante comemora gol sobre o Cruzeiro
(Créditos: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

Outro alvo no Peixe é o atacante Bruno Henrique. Embora o nome tenha sido evitado diante dos conselheiros, a cúpula celeste trabalha para fazer mais uma tentativa. Nos bastidores, a avaliação é de que a temporada ruim - atrapalhado por lesões, fez apenas 32 jogos e dois gols -, somada à ausência do Santos na Libertadores, pode facilitar a negociação. Do atual elenco, Sassá perdeu o status de inegociável, que fez a Raposa recusar oferta da Bélgica no início do ano. Rafael Sóbis também tem futuro incerto.

Mudanças à vista entre volantes

Apesar de não tratar como prioridade, o Cruzeiro também monitora o mercado de volantes devido às possíveis saídas. Bruno Silva, principal investimento para o setor nesta temporada, é alvo de sondagens de pelo menos três clubes da Série A e não tem permanência garantida. Já Lucas Silva, que perdeu espaço após a eliminação na Copa Libertadores, está emprestado até junho, mas uma cláusula abre a possibilidade de o Real Madrid solicitar o retorno ao fim deste ano, conforme revelado após a renovação.

Reforços e saídas: a lista do Cruzeiro para 2019

Douglas Zimmer*

Salve, China Azul!

Fim de temporada chegando, Cruzeiro com o ano resolvido, com o próximo muito bem encaminhado, e o torcedor inevitavelmente entra naquele período em que começa a brincar de diretor e definir quem deve ficar, quem deve ser liberado e quem gostaria que fosse contratado para vestir a camisa celeste. Como nosso 2018 foi bem positivo - talvez até mais positivo do que grande parte da torcida imaginava -, temos a tendência de achar que o elenco é muito bom e de que a simples manutenção será suficiente para buscarmos mais conquistas no ano que vem. Bem, em partes.


A meu ver, o elenco é, sim, bom, mas precisa de ajustes importantes, ainda que pontuais. A primeira coisa a ser definida, pela lógica, é a famosa barca que deixará a Toca II ao fim deste ano. Vários nomes não se adaptaram, não tiveram espaço ou simplesmente não têm razão prática para serem mantidos no grupo - deixando claro, os motivos são unicamente futebolísticos, nada pessoal contra nenhum dos atletas. Bom para o clube, que abre espaço para outros nomes, e também para os jogadores, que podem buscar novos ares e, quem sabe, brilhar mais do que por aqui.

Wagner Pires: missão de ajustar elenco
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.)

A lista começa com quem teve oportunidades, mas nunca ou quase nunca correspondeu. Marcelo Hermes, Bruno Silva, Mancuello, David e Ezequiel têm um bom número de partidas pela Raposa e quase sempre tiveram atuações abaixo do nível dos principais jogadores. Eu poderia até incluir Edilson, mas, devido ao alto valor investido e à dificuldade de encontrar laterais minimante confiáveis no mercado, creio que o melhor é trabalhar o jogador para que ele retome o alto nível demonstrado no Grêmio. Talvez eu esteja sendo exigente demais, mas um gigante como o Cruzeiro não pode correr o risco de ter reservas imediatos que produzem tão abaixo dos demais.

Caros e nem tão imprescindíveis

Outros casos são mais delicados e devem ser analisados com calma. Manoel, a meu ver, deveria buscar novos desafios. Ultimamente tenho achado o zagueiro desligado e displicente. Hernán Barcos, cujo contrato se encerra no meio de 2019, também ficou devendo na maioria das oportunidades que teve. Apesar de ter decidido diante do Palmeiras na Copa do Brasil, o desempenho do argentino vem sendo fraco - Fred, que teve um ano terrível pela grave lesão sofrida no começo da temporada, demonstrou estar em um nível muito acima e, naturalmente, será o titular assim que estiver 100%. Duas peças que, certamente, aliviariam a folha do clube.

Ezequiel não convenceu no Cruzeiro
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Por outro lado, não vejo o Cruzeiro fazendo extravagâncias na janela que está por vir. A diretoria precisa olhar com muito carinho para algumas posições. O investimento mais necessário é nas laterais. Jogadores que venham para ser titulares ou, no mínimo, serem ameaças reais a Edilson e Egídio. Hoje, o argentino Lucas Romero - ótimo volante - tem mais prestígio que os reservas naturais das alas. Caso Manoel realmente saia, seria muito interessante a contratação de um zagueiro para ser reserva imediato de Leo e Dedé e que pudesse formar uma dupla robusta com Murilo.

Como novamente disputaremos várias competições, é fundamental que Mano Menezes possa mesclar a equipe sem perda de qualidade. No meio-campo, me preocupa um pouco o fato de que Lucas Silva ficará, no máximo, até junho. Eu iria forte em busca de alguém que chegasse para ser titular. Já no ataque, nosso setor mais numeroso, continuo vendo a necessidade de um jogador de velocidade, que rompa as linhas adversárias. Considerando apenas a saída de Barcos, a mais provável, não teríamos problema com a camisa 9, o que abre espaço para o velocista que, em tese, seria David, não fossem as péssimas apresentações e os problemas físicos.

Força, Cruzeiro!

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

Cruzeiro fecha patrocínio para camisa em 2019

Vinícius Dias

O Cruzeiro tem um novo patrocinador para a próxima temporada. O clube celeste fechou nesta quinta-feira com a Multimarcas Consórcios. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, a empresa estampará as costas da camisa, acima dos números, a partir de janeiro de 2019.

Contrato foi selado nesta quinta-feira
(Créditos: Divulgação/Multimarcas Consórcios)

O acordo, válido até dezembro de 2020, também garantirá à Multimarcas Consórcios exposição em locais como a Toca da Raposa II e backdrops de entrevistas. A empresa é presidida por Fabiano Lopes Ferreira. Conselheiro e candidato à presidência do Atlético em 2017, o advogado foi eleito vice-presidente de futebol do Villa Nova neste ano.

Logomarca da empresa na camisa

O Blog Toque Di Letra teve acesso, com exclusividade, ao teste de aplicação da logomarca na camisa celeste. A Multimarcas Consórcios aparece abaixo da iPlace, parceira do clube entre maio e agosto deste ano. Oficialmente, o Cruzeiro ainda não se manifestou sobre o acordo.

Bolsonaro: executivo propõe Lava Jato no futebol

Vinícius Dias

Se a estrutura do Ministério do Esporte de Jair Bolsonaro segue indefinida, o presidente eleito recebeu, ainda durante a campanha, a sugestão de apoio à realização de uma operação nos moldes da Lava Jato no futebol. A proposta do executivo de futebol Francisco Ferreira, CEO do Centro de Excelência em Performance de Futebol (Ceperf) e ex-Atlético e Cruzeiro, foi encaminhada à família do então candidato por meio de amigos em comum.

Jair Bolsonaro ainda não se manifestou
(Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O documento, ao qual o Blog Toque Di Letra teve acesso, também defende "a construção de um consenso político que possibilite votações favoráveis na Câmara e no Senado para as alterações constitucionais no que tange às entidades esportivas do país, de 'entidades privadas sem fins lucrativos', para empresas mais de acordo com o mercado: transparentes, prestando contas, meritocratas, sem politicagens e conchavos".

Mudanças na 'bancada da bola'

Bolsonaro assumirá após a 'bancada da bola' perder nomes como o deputado federal Andres Sanchez, presidente do Corinthians, e o senador Zezé Perrella, presidente do Conselho do Cruzeiro. Entre seis dirigentes da Série A que se candidataram, apenas Paulo Ganime, vice de gestão estratégica do Vasco, se elegeu. Por outro lado, o PSL do ex-capitão é presidido por Luciano Bivar, dirigente histórico do Sport, que volta à Câmara em 2019.

Sem otimismo, mas com o Galo até o fim!

Alisson Millo*

Três pontos com futebol e gosto de derrota. A vitória magra, com dois a mais, sobre o lanterna Paraná expôs o que o Atlético tem de pior: a incapacidade de fazer gols. Depois do pênalti convertido por Fábio Santos, o outro lance de perigo do Galo foi uma joelhada de Denilson, que passou raspando a trave. Joelhada essa que era para ser um domínio. Mas as limitações do nosso matador impossibilitaram o sucesso na tentativa.


Levir Culpi contemporizou, justificou que a falta de criação foi ordem dele para preservar os atletas do desgaste e chamou para si a responsabilidade. Seria uma desculpa bastante crível, não fosse o pouco, ou nenhum, futebol apresentado nas últimas rodadas, com exceção do jogo contra o Palmeiras. Pelo histórico recente, ficou mais parecendo ruindade e falta de compromisso do que uma tentativa de se poupar em campo.

Atlético venceu, mas não convenceu
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

De positivo mesmo, fica o saldo da rodada. O Atlético/PR tropeçou diante do Vasco, o Santos ficou só no cheirinho contra o Flamengaço, classificadaço, deixou chegar hummmm, e os três pontos finalmente vieram novamente. Com isso, a vaga para a Libertadores voltou a ganhar uma gordurinha. Mas fico até receoso em dizer. Vai que alguém lá dentro lê isso aí e volta a achar que está tranquilo, que não precisa levar muito a sério. Porque, após a Copa do Mundo, parece que o time acomodou. A vice-liderança, o melhor ataque e a certeza de que ultrapassaríamos o então líder Flamengo a qualquer hora e de que os times que vinham atrás estavam longe demais.

Há pouco tempo, o discurso era mirar o título enquanto fosse possível, mas a luta era pela vaga no G4. Uma realidade, agora, já muito distante. Hoje, o G6 é o sonho que depende apenas do Atlético para se realizar. Pelo que estamos vendo, é aí que mora o perigo. Perdão pelo pessimismo, mas ultimamente o Galo não anda permitindo muito otimismo.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!

Grêmio sinaliza compra de Thonny, do Cruzeiro

Vinícius Dias

Acionado por Renato Gaúcho em 31 partidas neste ano, com cinco gols, Thonny Anderson deve permanecer em definitivo no Grêmio. Vinculado ao Cruzeiro até dezembro de 2021, o meia-atacante está emprestado até o fim desta temporada ao tricolor gaúcho, que tem opção de compra de parte dos direitos econômicos. Nos bastidores, o atual campeão da Copa Libertadores já se movimenta para exercer a cláusula.

Thonny comemora gol contra o Ceará
(Créditos: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

"O Grêmio manifestou a intenção de permanecer com o Thonny, mas ainda não há nada oficializado. Na realidade, eles têm que notificar o Cruzeiro. Ele tem contrato com o Cruzeiro", antecipou ao Blog Toque Di Letra o representante do camisa 27, Alaece Dias. A reportagem tentou contato, sem sucesso, com o vice-presidente de futebol celeste, Itair Machado, e com o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior.

Raposa mantém 20% dos direitos

Conforme antecipado em janeiro, na negociação que trouxe o lateral-direito Edilson à Toca e também envolveu a ida do meia-atacante Alisson para Porto Alegre, Thonny Anderson, de 20 anos, teve 30% dos direitos econômicos repassados ao clube gaúcho. A Raposa segue com 40% - dos quais, para mantê-lo, o Grêmio precisará adquirir 20% desembolsando inicialmente R$ 500 mil. O restante pertence ao staff do jogador.

Givanildo será o técnico mais velho da Série A

Vinícius Dias

Anunciado nesse domingo como substituto de Adilson Batista no América, Givanildo Oliveira será o treinador mais velho deste Campeonato Brasileiro. Curiosamente, o pernambucano, com 70 anos completados em agosto, supera Luiz Felipe Scolari, que alcançou a marca na última sexta-feira. Enquanto Felipão é líder com o Palmeiras, o campeão mineiro de 2016 terá cinco rodadas para livrar o Coelho do rebaixamento.

Técnico volta ao América aos 70 anos
(Créditos: Carlos Cruz/América FC/Divulgação)

Esta será a quinta passagem de Givanildo Oliveira pelo América. Além do estadual, o segundo treinador que mais comandou o time alviverde - 235 partidas, perdendo apenas para Yustrich, com 278 - conquistou a Série B de 1997 e a Série C de 2009. Em Campeonatos Brasileiros, o retrospecto aponta 29 jogos, com 35,6% de aproveitamento: são sete vitórias, 10 empates e 12 derrotas, somando as edições de 2011 e 2016.

O ano novo do Cruzeiro precisa começar já!

Douglas Zimmer*

Salve, China Azul!

Entra ano, sai ano, o tom da reclamação por parte dos treinadores e jogadores é quase unânime: falta tempo no futebol brasileiro. Praticamente todos, em algum momento da temporada, se queixam da falta de espaços no calendário para treinamentos, ajustes, adaptação de jogadores contratados, entre outros. Bom, Mano Menezes ainda terá pela frente seis rodadas para fazer o que bem entender com a equipe sem maiores prejuízos para o resultado do ano celeste. Como aproveitar esse tesouro?


Com a taça da Copa do Brasil novamente acondicionada na sala de troféus, a vaga na Libertadores de 2019 assegurada e todo e qualquer risco de rebaixamento dissolvido no Brasileirão, o Cruzeiro tem um excelente período para planejar o ano que está por vir. Entretanto, a meu ver, não é hora para testes. Por que digo isso? Porque creio que as experiências necessárias já foram realizadas durante a temporada. Talvez alguns atletas até tivessem desempenho razoável nos próximos jogos. Mas sem pressão a coisa muda de figura completamente e não teríamos certeza de nada.

Hexacampeão, Cruzeiro mira 2019
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.)

Tenho convicção de que será mais útil aproveitar esse tão precioso e reclamado tempo que teremos nas próximas semanas para aparar arestas e dar ainda mais entrosamento ao time-base. Melhorar variações táticas, posicionamento defensivo e ofensivo, tentar usar os jogos que nos restam para impor um ritmo que o Cruzeiro teve certa dificuldade de manter - seja por lesões, seja por necessidade de revezamento de atletas - e fortalecer ainda mais a já forte equipe titular. Convenhamos que nenhum jogador pode se queixar de falta de oportunidades em 2018.

Chances - de sobra - para todos

Ao longo deste ano, Mano Menezes deu espaço a alguns jogadores para que outros pudessem descansar e se preparar para duelos decisivos nas frentes de batalha em que tínhamos mais chances de título. Quem ainda precisava mostrar a que veio e brigar por uma vaga no plantel do próximo ano já teve oportunidades de sobra para fazê-lo. Alguns, de fato, aproveitaram. Outros, infelizmente, já deixaram claro, pelo menos para mim, que não têm condições de fazer parte de um grupo que entra em todos os campeonatos para ganhar. Em vários momentos deixamos de conquistar resultados melhores porque algumas peças do time 'alternativo' destoaram.

Time festejou dentro e fora de campo
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.)

Não vou citar nomes, mas creio que o torcedor que acompanhou a temporada celeste sabe as lacunas que devem ser analisadas com carinho pela direção e pela comissão técnica. A corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. Ela até pode aguentar a pressão por um tempo, mas em algum momento cederá se houver um ponto mais sensível que os demais. Nosso ano novo precisa começar desde já. E a primeira atitude é definir quem merece e quem não merece permanecer. Não vejo vantagem alguma em ter na reserva ou no elenco em si peças que deixam a desejar quando acionadas.

Força, Cruzeiro!

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

Mineiro: contrato até 2021, certeza só até 2019

Vinícius Dias

Vigente desde 2017, o atual contrato de TV do Campeonato Mineiro é válido por mais três temporadas. No entanto, pelo menos do ponto de vista do aporte referente aos direitos de transmissão, apenas a próxima edição está assegurada neste momento. De acordo com as bases fixadas na renovação, os clubes podem ter de aguardar até um mês após o encerramento do estadual de 2019 pela posição definitiva sobre 2020/2021.

Raposa e Galo fizeram final em 2018
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, uma cláusula presente desde a primeira proposta apresentada aos clubes abre a possibilidade de rescisão sem multa no prazo. A incerteza se estende a outros estados. Na terça-feira, em entrevista à Rádio Transamérica, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético/PR, Mário Celso Petraglia, já havia colocado em xeque a venda dos direitos dos torneios, exceto o Paulista, a partir de 2020.

R$ 37 milhões nesta temporada

Em 2018, os clubes do módulo I e a organizadora do Campeonato Mineiro receberam, somados, cerca de R$ 37 milhões pela cessão dos direitos - o acordo, com valor inicial de R$ 36 milhões, prevê reajuste a cada ano. O campeão Cruzeiro e o vice Atlético faturaram cerca de R$ 12,3 milhões cada. O América embolsou quase R$ 2,9 milhões, enquanto cada uma das equipes do interior recebeu entre R$ 850 mil e R$ 875 mil.

Cruzeiro vai ao mercado por 'shows' pré-jogos

Vinícius Dias

Antes mesmo de Thiago Neves balançar as redes de Cássio, decretando a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, o Cruzeiro já havia dado show no duelo de ida da decisão da Copa do Brasil. Banners gigantes com imagens de treinador, jogadores e torcedores, 55 mil bandeirinhas e um show de fogos e luzes deram ares de espetáculo ao Mineirão, a exemplo da partida contra o Boca Juniors, nas quartas de final da Libertadores.

Raposinha e Raposão: pré-Corinthians
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Com o sucesso em 2017, a iniciativa, pioneira no futebol brasileiro, será ampliada pelo clube celeste na próxima temporada. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, o departamento de marketing finaliza um projeto que será apresentado ao mercado publicitário ainda neste mês. "Vamos convidar as agências para construírem ativações e experiências com seus clientes para os nossos jogos", confirma o diretor Renê Salviano.

De calendário de eventos a CTs

Além das ações pré-jogos, a Raposa pretende comercializar propriedades como o calendário de eventos institucionais e novos espaços na Sede Administrativa e nas Tocas da Raposa I e II. Neste ano, o Cruzeiro teve como parceiros Supermercados BH, Continental Pneus e Uber, que ativou o patrocínio ao clube por meio das redes sociais, de maneira inédita, nos confrontos contra Boca Juniors e Corinthians.

Atlético e Coritiba: R$ 3,5 mi por Galdezani

Vinícius Dias

De volta ao time titular do Atlético no confronto contra o Grêmio, no último sábado, na Arena Independência, o volante Matheus Galdezani segue com futuro indefinido na Cidade do Galo. Vinculado ao Coritiba até dezembro de 2020, o meio-campista está emprestado até o fim da temporada ao clube alvinegro, que tem opção de compra de parte dos direitos econômicos. A decisão será tomada em breve pela diretoria.

Volante tem 20 jogos pelo Atlético
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Nos bastidores, o volante e seu staff demonstram interesse na permanência. O acordo, no entanto, é travado pelo aspecto econômico. Para ficar com um percentual dos direitos que pertencem ao Coritiba, o Atlético teria que desembolsar cerca de R$ 3,5 milhões. No ano passado, o Coxa se propôs a pagar R$ 3 milhões ao Mirassol/SP para contratá-lo, mas ainda não quitou a compra, o que torna improvável uma composição.

Aumento de quase 30% em 2019

A oito pontos do G4 da Série B e com reduzidas chances de acesso, o clube paranaense prioriza uma negociação em definitivo. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, pela progressão salarial fixada em contrato, Matheus Galdezani chegará a 2019 com vencimentos quase 30% superiores aos atuais, o que também dificulta a reintegração. Com a camisa do Atlético, o meio-campista já disputou 20 partidas e marcou um gol.

Marco Antônio Lage de saída do Cruzeiro

Vinícius Dias

Vice-presidente executivo do Cruzeiro nos primeiros dez meses da gestão Wagner Pires de Sá, Marco Antônio Lage está de saída do clube. O desligamento, noticiado pela Rádio Inconfidência, foi confirmado ao Blog Toque Di Letra, na tarde deste sábado, por um membro da cúpula celeste. O nome de Lage, inclusive, já foi removido do site oficial.

Lage ficou no clube por dez meses
(Créditos: Alfredo Malagoli/Cruzeiro E.C.)

O jornalista é o quinto dirigente a deixar o Cruzeiro neste semestre. Os primeiros a sair foram Aristóteles Loredo (diretor de gestão de arena), Róbson Pires (diretor comercial), Breno Muniz, (diretor de tecnologia) e André Luiz Araújo (gerente de conteúdo). Nos bastidores, a expectativa é de novos ajustes na estrutura administrativa até o fim do ano.

Galo: tristeza por 2018, preocupação com 2019

Alisson Millo*

Na segunda-feira, antes do jogo contra o Ceará, conversando com um amigo eu prometi que se o Atlético sofresse gol de Éder Luis ou Ricardo Bueno largaria o futebol. Talvez fosse melhor que eles tivessem entrado logo de cara e feito gol, de preferência no início. Seríamos poupados de ver um jogo horroroso do ponto de vista técnico e revoltante no aspecto torcedor.


E nem é questão de torcer contra o Galo. Jamais! É questão de não me desgastar mais assistindo a um futebol medíocre, sem alma. É parar de passar raiva com um time que, em 30 dias, marca apenas um gol e soma apenas um ponto. Isso em quatro partidas, todas contra adversários do meio para baixo da tabela. Isso depois de ser eliminado das demais competições para focar exclusivamente no Brasileirão e ter a chance de sobressair física e tecnicamente em relação aos concorrentes.

Atlético foi derrotado pelo Ceará
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Nesse aglomerado de gente incompetente, pior para o torcedor do Atlético. Pior para as pobres almas que vão à sede e ao CT protestar achando que alguma coisa mudará. Pior para os 20 e poucos mil que vão à Arena Independência a cada partida. Pior para todos nós que acompanhamos pela TV quando o jogo é fora. Pior para todos nós que, mesmo sem razões claras, ainda acreditamos em uma guinada. Uma guinada positiva, que fique claro, porque a negativa já veio - inclusive está aí até hoje.

Rumo à 2ª divisão da Libertadores

Atlético e Paraná Clube eram os times mais regulares da Série A. O Galo sempre em sexto, o time de Curitiba sempre em último. A lanterninha do Paraná continua acesa, firme e forte, mas não se pode dizer o mesmo da gente. É bem verdade que ainda estamos no G6, mas a diferença que chegou a ser de mais de dez pontos para o sétimo colocado foi zerada. Na cola, o Santos, que outrora penava na parte de baixo, mas que viu em Cuca sua solução. O mesmo Cuca que não servia por aqui.

Levir: chegada em meio a incertezas
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Depois da Copa do Mundo, o Atlético arrumou o que mesmo? Pois é. O time despencou na tabela, perdeu destaques, contratou um monte de gente que ainda não se explicou - abraço para Rea, Leandrinho, Nathan, Edinho -, perdeu o posto de melhor ataque do Brasileirão - praticamente deixou de ter ataque, convenhamos - e agora se arrisca a perder a vaga na Libertadores. Nessa toada, ficaremos só com 'a segunda divisão da Libertadores', como rotularam as mentes brilhantes.

Quem vai comandar? Até quando?

Mentes que comandam clubes de futebol, mas não falam de futebol. Que nomeiam diretor que entende de bola o mesmo tanto que eu entendo de física quântica, que fracassou como treinador e também na carreira de dirigente. Mentes que apenas depois de quase 11 meses de avaliação conseguem perceber o quão ruim era o trabalho, mandam embora, mas decidem mais uma vez apostar para o cargo. Até quando?

Marques e Sette Câmara: novo diretor
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Ótimo! No momento mais importante, que é planejar a temporada seguinte, o Atlético não tem diretor de futebol. Marques é uma lenda dentro de campo, mas ainda não se provou fora dele. É Marques quem vai comandar as negociações? Será o presidente, falando de futebol? Quem será o dono do cargo no ano que vem? Esse profissional está participando do planejamento? 2019 será tão sofrível quanto 2018? De todas essas perguntas, a única com resposta é a última. E, ao que tudo indica, infelizmente é sim.

O prognóstico feito em janeiro demorou um pouco, mas se cumpriu com bônus. Um time fraco, que faria o torcedor passar raiva e que brigaria por pouca coisa no ano. Tudo em nome da austeridade financeira proposta pelo presidente. Como se não bastasse, as incertezas comprometem o trabalho que já era ruim. O time - e, mais do que isso, o elenco - está confirmando a expectativa. O presidente, diante das notícias de salário atrasado, nem tanto. Que venha um 2019 de mais bola e mais comando.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!