Alisson Millo*
Atleticano raiz não larga o time nem em Copa do Mundo. Prova disso são as várias bandeiras do Galo nas arquibancadas da Rússia. Mas aqui não vamos repercutir a pontinha de inveja que este colunista sente daquelas pessoas. Vamos falar do nosso clube. Das contratações, dos reforços, das boas notícias. Dizem que é a corneta que nos move, mas é uma sensação bem agradável falar coisas positivas do time pelo qual a gente torce.
Atleticano raiz não larga o time nem em Copa do Mundo. Prova disso são as várias bandeiras do Galo nas arquibancadas da Rússia. Mas aqui não vamos repercutir a pontinha de inveja que este colunista sente daquelas pessoas. Vamos falar do nosso clube. Das contratações, dos reforços, das boas notícias. Dizem que é a corneta que nos move, mas é uma sensação bem agradável falar coisas positivas do time pelo qual a gente torce.
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Comecemos
então pela mais recente. Recuperado de lesão no ligamento do joelho, o atacante
Clayton está de volta aos treinamentos com bola. Se você não ficou muito
empolgado com a proximidade de retorno aos gramados do ex-jogador do
Figueirense, fique feliz pelo profissional que está desde o fim de 2017 sem
atuar. Ele não é um primor técnico, mas é uma peça a mais para o elenco - e
aqui não queremos ver ninguém machucado.
Chará: reforço do Galo e de Gallo (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Mas
talvez a notícia que mais tenha deixado o torcedor esperançoso seja a
efetivação - até que enfim - de Thiago Larghi. Já não aguentava mais escrever
treinador interino toda vez que ia falar do cara que ficou à frente do Atlético
por mais de 30 partidas e melhorou consideravelmente o futebol apresentado pelo
time, atual vice-líder do Brasileirão. Embora a permanência não surpreenda, o
histórico recente de trocas relâmpago no comando do Galo me deixava com a pulga
atrás da orelha a respeito da continuidade dele. Claro, Larghi tem muito a
aprender, mas já deu sinais de capacidade para se tornar um treinador de ponta,
então é apoio total a ele.
Intertemporada com caras novas
Oficialmente
técnico, Thiago está comandando a intertemporada desde segunda-feira. À
disposição, alguns reforços que foram apresentados ao longo da semana. O nome mais
badalado é o colombiano Yimmi Chará. Meia de velocidade, o jogador estava na
pré-lista da seleção para a Copa e deve ser aproveitado jogando pelos lados do
campo. Outro nome que chega com essas características é o atacante Edinho,
vindo do Fortaleza. Rogério Ceni, treinador do time cearense, definiu Edinho
como "jogador que desequilibra jogo". Se o reforço fizer jus ao
elogio em campo, é uma característica que será bem útil na sequência da
temporada.
Larghi: com a bola toda no Atlético (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Para
o meio-campo, foi contratado o uruguaio David Terans. Dono de um canhão na
perna esquerda, ele era o artilheiro da liga local, muito por conta do bom
aproveitamento em bolas paradas. Comparações com Otero são inevitáveis. No entanto,
fica aqui a torcida para que ele não seja apenas um cobrador que leve perigo
sempre, mas quase nunca marque. Para o comando de ataque, Denilson chegou do
Vitória reconhecendo o peso da camisa 9 do Galo, enaltecendo Ricardo Oliveira,
mas disposto a brigar pela posição. Denilson, idealmente, é o meio-termo entre
o vovô garoto e a juventude - promissora, mas ainda crua - de Alerrandro.
Volante chega, atacante cogitado
Outro
recém-confirmado é o volante José Welison, ex-Vitória. Ainda no ramo da especulação,
mais um atacante: Leandrinho, do Napoli, da Itália, velho conhecido de
Alexandre Gallo da época em que trabalhou nas seleções brasileiras de base. Já
Welison é a sombra para Adilson. Não comparando a qualidade, mas é outro
primeiro volante, posição carente no elenco, que vinha sendo alternada entre
Yago e Galdezani.
Roger Guedes, por ora, segue em BH (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
A
promessa do começo da temporada era um time bom e barato. Não me convenceu a
princípio. Provavelmente, àquela altura, só convenceu à própria diretoria, mas
vamos dar o braço a torcer. Só não torça muito para não forçar a amizade e
porque, elogios à parte, também traria outro lateral-esquerdo nesta janela, uma
vez que os reservas imediatos de Fábio Santos são um zagueiro e um volante,
ambos improvisados.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!