Vinícius Dias
Com
futebol pragmático, o Cruzeiro venceu somente uma vez na últimas cinco rodadas
da Série A. Quinto pior retrospecto no período, com cinco pontos - superando
apenas Vasco, Avaí, Figueirense e Sport - e ataque passando em branco em quatro
jogos. Retrato fiel da Raposa, que, após dois títulos nacionais, tem
demonstrado pouca fome e se alimentado de erros em sequência, expectativas
frustradas e promessas quase sempre não concretizadas.
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Entre
o tetracampeonato - em novembro passado - e a 14ª colocação na atual edição do
Brasileiro, com ameaça latente de rebaixamento, somente dez meses se passaram.
Em campo, raros brilharecos, várias decepções: noite vexatória em pleno
Mineirão e queda nas quartas de final da Copa Libertadores ante o River Plate;
eliminação nas semifinais do Mineiro, após péssima sequência como mandante,
incluindo empate contra o Mamoré e derrota para o Tombense.
Clube monitorou Cabral por dois meses (Créditos: Pedro Vilela/Light Press) |
Nos
bastidores, entre idas e vindas, sete meses sem diretor de futebol,
centralização administrativa e a interminável busca por um meia armador.
Some-se a isso a falta de tato na condução de negociações. O argentino Cabral,
por exemplo, era monitorado desde junho. Até a apresentação em Belo Horizonte -
como meia, embora tenha se destacado como segundo volante -, foram dois meses
na folha de pagamentos do Vélez Sarsfield, sem disputar uma partida sequer.
Reveses nos bastidores
Outro
capítulo pós-títulos foi a desfiguração do quadro administrativo. A despeito
das especificidades das situações de Alexandre Mattos e Valdir Barbosa - a saída do diretor de futebol passa por divergências acerca do planejamento para este
ano, enquanto o adeus do segundo concretiza a ideia de 'mudar de ares' -, o
clube estrelado ainda perdeu o gerente do Departamento de Negócios
Internacionais, Pedro Moreira, e o diretor de marketing, Marcone Barbosa.
Em
campo e fora dele, a Raposa demonstra pouca fome.
E os
altos voos ficaram no passado. Era esse o projeto?
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