Vinícius Dias
Em dez dias, Milton Mendes foi despedido do Atlético/PR, Osório aceitou o convite da
Federação Mexicana, deixando o São Paulo, e seu substituto, Doriva, teve a
mesma decisão em relação à Ponte Preta. A nove jogos do fim do Brasileirão, o
número de trocas de técnico já supera o dos últimos quatro anos: já são 26 - o
recorde, 31 trocas, é de 2010. E 17 equipes tiveram pelo menos dois comandantes
ao longo do torneio, igualando a marca daquela edição.
Apenas
o líder Corinthians, o vice-líder Atlético e a exceção Avaí, hoje 15º colocado,
não se renderam à ciranda. Com Doriva, o São Paulo soma três técnicos em 29
rodadas, assim como o Flamengo, seu adversário na briga por vaga na
Libertadores. Os quatro últimos, Goiás, Figueirense, Vasco e Joinville, também
trocaram duas vezes. A relação ainda tem Fluminense, o bicampeão Cruzeiro, e
terá a Ponte Preta tão logo seja anunciado o nome do substituto de Doriva.
Mano: terceiro técnico celeste em 2015 (Créditos: Washington Alves/Light Press) |
Há
casos e casos. Em maio, Doriva treinava o Vasco e rejeitou o Grêmio. Um mês
depois foi demitido. Em agosto, foi contratado pela Ponte Preta. Ontem, acertou
a saída para ir ao São Paulo. Eduardo Baptista deixou o Sport rumo ao
Fluminense. Se resolvesse esperar, talvez fosse demitido. Marcelo Oliveira foi
de herói a vítima na Raposa. De cima a baixo da tabela do Brasileirão, analisar
os números significa visualizar o círculo vicioso que vitima o futebol
nacional.
A
relação entre clubes e técnicos é cada vez menos duradoura.
De
ambos os lados, há cada vez menos identidade e confiança.
O maior erro do Cruzeiro foi não ter contratado um diretor de futebol. Se tivessem contratado, provavelmente MO estaria lá até hoje e o time não estaria tão ruim como está. Mas acho o trabalho dele no Palmeiras péssimo. É só bola aérea, não tem futebol no chão. Aquele que gostamos de ver...
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