O valor dos estaduais após seis meses

Vinícius Dias

Qual é a semelhança entre América e Santa Cruz, rebaixados à Série B; Vasco, que garantiu a volta à elite apenas na rodada final, em terceiro lugar; e Vitória e Internacional, os protagonistas da luta contra a degola na última rodada? Os cinco foram campeões de seus estados, mas, a essa altura da temporada, têm poucos motivos para comemorar. Falando de alguns dos estaduais mais tradicionais do Brasil, a questão que surge é: no formato atual, quanto valem esses torneios?


Em campo, a resposta remete à análise deste Blog após o empate entre Cruzeiro e América, em fevereiro, em confronto válido pela 5ª rodada do Campeonato Mineiro. Duvidar das potenciais virtudes e crer nas falhas - e trabalhar para corrigi-las - apresentadas diante de times mais frágeis é o caminho. Algo que o Coelho, rebaixado na 35ª rodada, contrariou. E que o Palmeiras, fora da final do Paulista, colocou em prática para conquistar o título nacional depois de 22 anos.

América x Santa Cruz: do título à queda
(Créditos: Carlos Cruz/América FC/Divulgação)

Em Santa Catarina, campeão e vice disputarão 20 jogos no estadual, mais que um turno de Série A. No Rio, serão 17 partidas, apenas uma a menos que a Libertadores - desde a fase prévia. Em Minas, serão 15, mais que a Copa do Brasil. No formato atual dos torneios, há muitas datas para os grandes clubes e poucas para poucos pequenos, a maior parte deles sem calendário no segundo semestre. E a equação tem, em linhas gerais, mais receitas para federações que vários filiados.

Longos demais para os grandes, curtos para poucos pequenos.
Um semestre depois, nem os campeões festejam os estaduais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário