Cúpula celeste mantém sonho de selar acordo com o banco
por R$ 20 mi; tratativas estão 'paralisadas' desde fevereiro

Vinícius Dias

Passados os três primeiros meses da temporada, o Cruzeiro segue sem estampar a logomarca de um patrocinador no espaço mais nobre de sua camisa. A julgar pela base do contrato com o Banco BMG, encerrado em dezembro último, a Raposa deixou de faturar cerca de R$ 3,4 milhões no primeiro trimestre. No período, o clube recebeu pelo menos duas ofertas, ambas aquém do montante projetado. Nos bastidores, conforme o Blog apurou, o cenário divide opiniões.


A ala majoritária defende que "fechar por fechar, não adianta" e tem nas receitas decorrentes da venda recorde de camisas um dos argumentos. "Com patrocinador, o torcedor compra menos", pontuou fonte ligada à presidência. O compasso de espera, todavia, tem enfrentado resistência crescente. Conselheiros observam que, associado à incerteza no cenário econômico brasileiro, o ritmo lento das negociações tende a resultar em uma desvalorização do espaço.

Clube segue sem patrocinador master
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

Mesmo sem o otimismo de antes, a cúpula celeste ainda sonha em selar o acordo com a Caixa. O clube trabalhava, a princípio, com a expectativa de faturar cerca de R$ 20 milhões por ano para exibir a logomarca do banco. As partes chegaram a agendar uma reunião para a primeira quinzena de fevereiro, adiada na sequência em razão da troca no comando do banco. Porém, após a posse de Miriam Belchior, há seis semanas, as negociações não foram retomadas.

Cenário de incerteza

À exceção do Corinthians, cuja renovação foi publicada no Diário Oficial da União no mesmo dia da posse de Miriam Belchior, o clima de incerteza é extensivo a parceiros antigos do banco. Figueirense e Chapecoense, por exemplo, tiveram vínculos encerrados em março. Os acordos com ABC e América de Natal terminam neste mês. Juntos, catarinenses e potiguares faturaram R$ 12,5 milhões em um ano.

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