Douglas Zimmer*
Salve, China Azul!
Quão
raro é ver um personagem tão identificado com seu universo, tão pertencente a
um espaço, tão dedicado, focado e enraizado em uma cultura como é Fábio com o
Cruzeiro e com os cruzeirenses? Atrevo-me a dizer que o contrário também é
verdadeiro: o Cruzeiro e os cruzeirenses são de extrema importância para o
arqueiro. Nosso camisa 1 seria um dos maiores ícones da gloriosa história
celeste mesmo que não fosse o atleta a ter mais vezes envergado nosso manto e
que estivesse distante dos 750 jogos. Mas o sendo fica impossível dissociar uma
coisa da outra.
A
entrega demonstrada jogo após jogo, ano após ano, é algo a ser louvado e
contado por quantas gerações for possível. Quem me conhece sabe muito bem que
jamais coloco jogadores acima da instituição. Fábio não é exceção. Entretanto,
dos que eu tive a honra de ver em ação pelo maior de Minas, é o que mais me
tenta a cometer este sacrilégio. É impossível não falar dele quando alguma roda
de amigos decide escalar o seu maior Cruzeiro de todos os tempos. É
inadmissível não ligar as cores do clube celeste quando se fala de um dos
maiores injustiçados na seleção.
Fábio, o número 1 da história celeste (Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.) |
Como
todo ser humano, nosso ídolo também já foi muito contestado, diminuído e até
maltratado durante esses anos. Mas Fábio, com sua fé inabalável e seu trabalho
contínuo, sempre provou que merecia defender a meta da Raposa e que, mesmo que
falhasse, no outro dia estaria outra vez de pé dando cada gota de suor para que
sua baliza não fosse vazada. Sempre conseguiu se recuperar dos tombos que a
ingrata profissão de goleiro lhe impôs. Eu, inclusive, cheguei a pensar algumas
vezes que o ciclo terminaria sem que ele marcasse seu nome com grandes
conquistas.
Dias de luta, dias de glória e
títulos
Mas,
felizmente, esses meus efêmeros pensamentos foram vaporizados com o
bicampeonato brasileiro em 2013 e 2014 e com o título da Copa do Brasil no ano
passado. Lógico que Fábio não que é hoje apenas por essas conquistas. Porém não
dá para discutir que as taças consolidaram a trajetória deste grande ser humano
que, após quase 15 anos, já confunde sua caminhada com a do Cruzeiro. E todos
os cruzeirenses deveriam curtir ao máximo. Muitos clubes passam décadas sem ter
em seu rol de atletas um nome tão especial quanto o dele. Outros tantos sequer
têm um ídolo assim em seus registros. É a história sendo escrita diante de
nossos olhos.
Goleiro foi herói ante o Santos, na 4ª (Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.) |
Tudo
o que desejo, agora, é que aqueles longínquos tempos em que cheguei a achar que
seria melhor para o Cruzeiro e para o próprio Fábio que o relacionamento se
dissolve sejam ainda mais destroçados com novas conquistas e ainda mais
recordes quebrados. Há muito a ser percorrido, mas nunca duvide dele e muito
menos do Cruzeiro. Eu, pelo menos, não repito esse erro. Afinal, falamos do
melhor goleiro do Brasil.
Esta crônica está sendo publicada após a absurda atuação de Fábio contra o Santos, na Copa do Brasil, mas poderia ter sido em várias oportunidades que já passaram
e que, certamente, ainda estão por vir.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
Fábio mito!
ResponderExcluirÉ monstro com certeza.
ResponderExcluirFábio maior goleiro do mundo parabéns Fábio parabéns ZEROOOO!!!👏👏👏💙
ResponderExcluirSem tirar nem por. Discordei veementemente com Cruzeirenses que queriam que o Fábio fosse embora quando ele se machucou quase dois anos atrás. Acompanho tudo de fora do Brasil ... mas nunca longe do Cruzeiro. Este homem é ético, sério e uma os melhores goleiros da história do futebol brasileiro. O admiro e muito!
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