Douglas Zimmer*
Salve, China Azul!
Salve, China Azul!
Até
onde o Cruzeiro versão 2018 pode chegar? Temos chance de conquistar algum
título ainda neste ano? Seremos protagonistas ou figuraremos entre os
coadjuvantes do futebol brasileiro na temporada? Para todas essas, e muitas
outras, perguntas, a única resposta possível é: quem sabe? Uma das grandes
peculiaridades do esporte bretão é que nenhum dia é como o anterior e o próximo
tampouco será como o atual. Muito se fala de momento, de times que estão em boa
ou em má fase, mas uma coisa é certa, amigo leitor: não existe fase, seja ela
positiva ou negativa, que dure para sempre.
Concordo
que a Raposa não vive seu melhor momento no ano. Alguns jogos recentes deixaram
a torcida muito irritada e, vamos combinar, com razão. E olha que desta vez a
cobrança maior nem é com relação aos resultados. As derrotas contra Corinthians
e São Paulo poderiam muito bem ocorrer, mesmo com o time jogando bem. São
coisas do futebol. Paralelamente, o sentimento que ficou após a vitória sobre o
Santos, na quarta-feira, foi de que não temos certeza se foi o resultado mais
justo. Não pelo que a equipe do litoral paulista produziu, mas pelo que o Cruzeiro
não produziu.
Raniel marcou gol do triunfo na Vila (Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.) |
Eu,
que sempre tento ver as coisas pelo lado positivo ou, para não ser tão piegas,
tento tirar ensinamentos de fases complicadas, independentemente de qual esfera
da vida estejamos falando, encaro esse momento do time como uma bela
oportunidade para consertar o que já não mais funciona e testar novas ideias.
Algumas escolhas estão sendo exaustivamente feitas e os resultados práticos não
são satisfatórios. Outras que talvez pudessem dar novo gás ao grupo ficam tão somente
no talvez porque ou são muito pouco executadas ou nem saem do plano das
hipóteses.
Tempo e preocupações de sobra
Para
ser mais direto, creio que Mano Menezes já tenha tempo suficiente no Cruzeiro
para saber as peças que tem em mãos, a filosofia que o clube carrega em seu
DNA, o quanto ele pode modificar essa cartilha com suas próprias ideias e o que
precisa ser feito para fazer a máquina rodar. O que eu vejo é que grande parte
da torcida está preocupada com a falta de ímpeto da equipe. Com exceção de
alguns lampejos individuais, o time tem tido muitas dificuldades para criar e
para se impor durante os jogos. A defesa, um dos pontos fortes dos times
montados pelo atual comandante, também caiu de rendimento e passou a ser mais
vazada.
Mano Menezes: vencer ou convencer? (Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.) |
É
preciso chacoalhar o ambiente e lembrar a todos que o Cruzeiro Esporte Clube
está vivo em todas as frentes nas quais luta, que ainda não há nada ganho e
muito menos algo já pode ser considerado perdido. O que eu e, creio, a grande
parte da torcida que tem se demonstrado inquieta nas últimas semanas queremos é
que o time busque a vitória sempre, sem se importar com adversário, campo de
batalha ou fase de um ou de outro. Claro que estratégias existem para serem
usadas. Mas tudo em sua hora. Por enquanto, façamos nossa parte e torçamos para
que todos façam o mesmo.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
A realidade que o Mano mudou o DNA do Cruzeiro , de um time ofensivo e vistoso para um time defensivo, jogando para o resultado. Este tipo de jogo se dá bem em torneios mata mata e misto o Mano acredita para manter o seu status.. A justificativa em priorizar torneios é devido a premiação, entendemos, mas acho também que tem muito haver com a influ6 do Mano. Para torneio pontos corridos acho o Mano limitado, pois necessita de mais organicidade e neste requisito o Mano é fraco.
ResponderExcluirTorço para o Hexa da Copa do Brasil e para que um time chinês contrate Mano no final desta temporada.
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