Propostas elaboradas em comitês serão apresentadas aos clubes
filiados, ainda neste mês, durante assembleia geral da entidade
Vinícius Dias
Antes mesmo do encerramento da Copa da Primeira
Liga, as equipes do grupo já iniciaram o planejamento para a próxima edição.
Questões como cotas de TV, calendário, estatuto e busca de parceiros têm sido
tratadas por comitês internos. Pela composição definida em encontro realizado em março, no Rio de Janeiro, 13 filiados estão envolvidos - as exceções são
Figueirense e Paraná Clube. As propostas elaboradas nos comitês devem ser
compartilhadas entre os clubes, ainda neste mês, durante assembleia geral da
Primeira Liga.
"São trabalhos executivos. A Liga tem
funcionado também para troca de experiências e a divisão (comitês) é para
ganhar agilidade", destaca Marco Antônio Batista, integrante do Conselho
de Administração do América/MG. "Quando foi criada a Primeira Liga,
pensou-se em um contexto em que os clubes tivessem voz ativa, algo que a CBF
nunca nos deu com toda essa liberdade de discussão", acrescenta Leonardo
Roesler, assessor jurídico e representante do Joinville na entidade.
Marco Batista, à esquerda, em coletiva (Créditos: Carlos Cruz/América FC/Divulgação) |
O comitê cuja pauta está mais encaminhada,
segundo o Blog Toque Di Letra
apurou, é o de governança, que tem a atualização do estatuto da Primeira Liga
como principal atribuição. No intervalo de duas semanas, já foram realizadas três
reuniões entre os membros. "(O novo estatuto) já está formatado",
confirma Romildo Bolzan Júnior, presidente gremista. Além do tricolor porto-alegrense,
América/MG, Chapecoense, Coritiba e Fluminense integram o comitê.
Calendário
e cotas de TV
Paralelamente, as atividades do comitê das cotas
de TV, cuja pauta inclui ainda discussões sobre calendário e formato do
torneio, tiveram início na terça-feira passada. Inicialmente, a Primeira Liga
trabalha com sete datas, aumentando o número de participantes para 16. "Avançamos
bastante. A reunião foi muito produtiva", observa o presidente do
Criciúma, Jaime Dal Farra. Os outros quatro membros do comitê são Atlético/MG,
Atlético/PR, Flamengo e Internacional.
Reunião entre os 15 membros da Liga (Créditos: Rodrigo Fatturi/Flickr/Grêmio FBPA) |
"Sobre cotas de TV, nós tivemos várias
colocações. Estamos trabalhando com duas situações mais próximas", afirma
Dal Farra. O primeiro modelo, em debate desde o ano passado, segundo o Blog apurou, teria 50% das receitas
divididas igualmente, com 25% por audiência e 25% destinados à premiação. No
modelo alternativo sugerido no comitê, a parcela relativa à audiência
aumentaria para 30%, com 45% divididos igualmente e 25% de premiação. O
primeiro esboço de arrecadação prevê entre R$ 50 milhões e R$ 80 milhões na próxima edição.
Busca de
apoio político
Também na semana passada foram iniciados os
trabalhos do comitê de ações institucionais. "Esse comitê cuida das bases
da instituição, da marca Primeira Liga e da busca efusiva de apoios",
detalha Leonardo Roesler, do Joinville. No momento, há diálogos com o Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e com o Conselho Federal de
Educação Física (CONFEF), por exemplo. Ainda compõem o comitê Atlético/PR,
Flamengo, Cruzeiro e Avaí - os dois últimos, clubes dos atuais presidente e
vice da Primeira Liga, respectivamente.
Roesler, ao centro, representa o Joinville (Créditos: Rodrigo Fatturi/Flickr/Grêmio FBPA) |
A busca por novos apoios visa, em especial, ao
fortalecimento político da entidade. Conforme o organograma, também caberá ao
comitê de ações institucionais a interlocução junto à CBF e às cinco federações envolvidas. Antes, as propostas de calendário e de ajustes na estrutura da
entidade serão levadas à discussão em assembleia geral.
Calendário
e cotas de TV
Em plenário, ainda deve ser debatida a
possibilidade de filiação de novos clubes. Atualmente, há 15 membros. O esboço
de calendário, no entanto, prevê 16 participantes na segunda edição da Copa da
Primeira Liga. Entre os postulantes estão o Goiás e um bloco da Série B - que
reúne equipes como Atlético/GO e Paysandu -, cujas solicitações foram
encaminhadas na temporada passada.
Gilvan chegou a deixar Liga ano passado (Créditos: Washington Alves/Light Press) |
Por convenção interna, as decisões tomadas na
Primeira Liga têm de ser ratificadas pelos 15 membros, a princípio. "Foi
uma sugestão do (Vitorio) Piffero, presidente do Internacional, de que todas as
decisões fossem por unanimidade, e não por maioria", revela Leonardo
Roesler. Esse ajuste foi posterior ao episódio que culminou na saída do Cruzeiro - decisão revista posteriormente - em dezembro último. "Não
poderíamos enfraquecer uma instituição criada para unir e mudar", justifica.
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