Estrela da categoria até 100 kg, Luciano Corrêa conduziu tocha
em Itabirito e, agora, se concentra na busca por vaga nos Jogos

Vinícius Dias*

Atual bicampeão pan-americano de judô na categoria até 100 kg, Luciano Corrêa foi uma das estrelas do revezamento da chama olímpica pelas ruas de Itabirito nessa sexta-feira. A três meses da competição e em busca de confirmar sua terceira participação consecutiva, o brasiliense, de 33 anos, falou ao Blog Toque Di Letra sobre o simbolismo da passagem da tocha por mais de 300 cidades brasileiras e reafirmou a expectativa positiva em relação ao judô nos Jogos Rio 2016.


"Esse é o momento de mostrar para toda a população a importância dos Jogos Olímpicos. Não só a questão do alto rendimento, mas da união do povo, do respeito, de todos esses valores que o esporte agrega, em um momento em que estamos precisando muito", afirmou, na concentração, antes de conduzir a tocha por um trecho de 200 metros entre os bairros Esperança e Capanema. "O revezamento é um momento único para todos os brasileiros. Estou muito feliz de participar", completou.

Judoca conduziu a tocha em Itabirito
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Ouro no Mundial de 2007, no Rio de Janeiro, e nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, e de Toronto, no ano passado, Luciano Corrêa não esconde o sonho de pôr no peito uma medalha olímpica. O discurso, porém, ganha tom ponderado. "Nós ainda temos as últimas etapas para confirmar essa participação", explicou o judoca, que tem o paulista Rafael Buzacarini como principal concorrente pela vaga.

'Judô brasileiro é potência', diz

À espera da lista de convocados, ele tem uma certeza. "O judô brasileiro está entre as cinco potências do mundo hoje, e quem for representar o Brasil vai representar bem, com chance de medalha". O otimismo também tem lastro histórico. O judô é o esporte que mais deu medalhas ao Brasil: 19 na soma, desde 1972. "Jogos Olímpicos em casa é uma oportunidade única", finalizou. Após os 200 metros com a tocha em Itabirito, a corrida, agora, é por vaga e medalha no Rio em agosto.


*Com colaboração de Paulo Souza

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