Pioneiro e consagrado no
futebol ucraniano, atacante volta a Minas
Gerais almejando fazer
história: 'Plenas chances de chegar às finais'
Vinícius Dias
Quarta-feira,
13 de fevereiro de 2002. Recém-chegado do Iraty, Brandão estreia como titular
do São Caetano ante o Alianza Lima, do Peru. Em 70 minutos, o atacante, de 21
anos, anota dois gols na vitória por 4 a 0. "As recordações são as
melhores possíveis", destaca ao Blog
Toque Di Letra. "Foi a primeira Libertadores que disputei. Me orgulho
de ter feito parte do grupo e conseguido números expressivos", acrescenta.
O ótimo início, com seis gols em oito partidas no torneio, o levou a acompanhar
da Europa as semifinais e a decisão continental.
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"Mesmo
de longe, torci muito para que fôssemos campeões", diz Brandão, que,
embora negociado após as quartas de final ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia,
acabou como artilheiro do vice-campeão. Rendimento mantido na Europa: primeiro
brasileiro a atuar no país, ele marcou mais de 90 gols no decorrer de sete
temporadas. "Acredito que minha passagem pelo futebol ucraniano ajudou a
abrir as portas para outros brasileiros, uma vez que o campeonato local hoje
conta com muitos brasileiros", avalia o desbravador, de volta ao Brasil
para defender o Tricordiano.
Brandão em partida contra o Barcelona (Créditos: F.C. Shakhtar Donetsk/Reprodução) |
Tricampeão
ucraniano e com quatro títulos de copas nacionais, o atacante deixou o clube na
temporada 2008/2009 rumo ao Olympique de Marseille, que investiu cerca de € 6
milhões. No ano seguinte, com oito gols, foi vice-artilheiro da equipe que, sob
o comando de Didier Deschamps, quebrou jejum de 18 anos na liga francesa. No
país, também vestiu as camisas do Saint-Étienne, com direito a gol do título da
Copa da Liga em 2012/2013, e, mais recentemente, do Bastia.
Seis jogos, nenhum gol na Toca
Embora
estreante no estadual, residir em Minas Gerais não será novidade para Brandão.
O brusquense foi anunciado pelo Cruzeiro em 2011: em seis jogos, nenhum gol.
"O problema foi a adaptação. Depois de vários anos no futebol europeu, eu
necessitava de um tempo para me adaptar novamente ao estilo de jogo dos clubes
brasileiros. Mas, como tudo no Brasil é muito dinâmico, acabei não tendo esse
tempo", justifica a rápida passagem, por empréstimo, entre março e agosto.
Atacante durante a pré-temporada (Créditos: C.A. Tricordiano/Divulgação) |
Neste
ano, o atacante, de 36 anos, busca escrever uma nova história nos gramados
mineiros. Um dos trunfos é a possibilidade de participar da pré-temporada no
Brasil, o que não acontecia desde 2002. "Estou me sentindo muito à
vontade, e as expectativas são as melhores possíveis", assegura,
projetando a parceria com o filho do Rei Pelé em Três Corações. "Com os
ensinamentos do nosso comandante Edinho e o potencial do nosso grupo, acredito
que temos plenas chances de chegar às finais".
Da Europa para a 'terra do Rei'
Sem
disputar uma partida oficial desde maio, Brandão revela detalhes da negociação
com o clube mineiro. "Depois de sair do Bastia, decidi que não jogaria em
2016, pois tinha outras prioridades", comenta. "No fim do ano
passado, recebi a proposta para jogar no Tricordiano e resolvi aceitar por
acreditar no projeto, no potencial do elenco formado e também pela minha
vontade de retornar ao Brasil". Neste sábado, a equipe estreia diante do
Uberlândia, na cidade de Muriaé.
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