Alexandre Oliveira*
Agosto passou deixando a marca do pai, pessoa especial que ensina ainda no berço como se constrói uma verdadeira amizade. O caso de Renato e do filho Pedro não é diferente. Coach e running back fazem uma parceria dentro e fora de campo. E a paixão pelo futebol americano nasceu praticamente na mesma hora. "Um belo dia, meu filho que, na época, tinha 14 anos me disse que gostaria de participar de uma seletiva para jogar futebol americano. Até então eu não conhecia o esporte, porém comecei a acompanhá-lo nos treinos e, dessa forma, passei a conhecer a filosofia do futebol americano", revela Renato Moreno, um dos treinadores do Galo FA.
Agosto passou deixando a marca do pai, pessoa especial que ensina ainda no berço como se constrói uma verdadeira amizade. O caso de Renato e do filho Pedro não é diferente. Coach e running back fazem uma parceria dentro e fora de campo. E a paixão pelo futebol americano nasceu praticamente na mesma hora. "Um belo dia, meu filho que, na época, tinha 14 anos me disse que gostaria de participar de uma seletiva para jogar futebol americano. Até então eu não conhecia o esporte, porém comecei a acompanhá-lo nos treinos e, dessa forma, passei a conhecer a filosofia do futebol americano", revela Renato Moreno, um dos treinadores do Galo FA.
Pedro
Moreno e Renato Moreno conquistaram o Minas Bowl 2018 com o Galo FA em cima do
América Locomotiva. Pedro foi um dos destaques da equipe na campanha vitoriosa
no Campeonato Mineiro, somando oito touchdowns no torneio. Para ele, ter o pai
ao lado no decorrer dos jogos foi especial. "Ganhar um título é sempre um
momento único para a vida de qualquer atleta e poder dividir momentos como esse
com meu pai torna tudo mais importante para mim", destaca ao Blog Toque Di Letra.
Renato lado a lado com o filho Pedro (Créditos: Arquivo Pessoal/Pedro Moreno) |
Antes
da vitória, no entanto, pai e filho experimentaram o sabor da derrota. "Em
2016, meu filho e eu estávamos nas arquibancadas torcendo pelo então BH Eagles,
nosso time, na final do Minas Bowl. Naquele jogo, dominamos o placar nos três
primeiros quartos, mas acabamos levando a virada, e o Minas Locomotiva
sagrou-se campeão. Lembro dele chorando pela vitória que tanto queríamos e
acabou não vindo. Como a vida dá voltas, no ano seguinte, nós dois não
estávamos mais na arquibancada, mas sim em campo. Ele como RB e eu como coach.
Choramos juntos no fim do jogo novamente, mas, dessa vez, com o troféu na
mão!", lembra Renato.
Cobrança extra ao filho do técnico
Ter o
pai ao lado nos treinamentos, de acordo com Pedro, tornou a cobrança ainda
maior. Nada de moleza para o filho do treinador. "Mesmo tendo meu pai como
colega de trabalho, ele não me aliviou em momento nenhum e isso só me ajudou.
Nós sabíamos como separar o trabalho da família e levávamos a sério tudo o que
fazíamos. Ter uma pessoa próxima fez com que tivéssemos conversas mais
profundas sobre meu desempenho e atitudes, ajudando a me tornar um atleta bem
melhor", explica.
Pedro foi campeão pelo Galo FA (Créditos: Pedro Souza/Atlético-MG) |
Pedro
Moreno completou 18 anos no último dia 27 e, hoje, não integra mais o elenco do
Galo FA. Morando nos Estados Unidos, o running back defende o HPCA - High Point
Christian Academy - e mantém o sonho de jogar futebol americano por uma grande
universidade estadunidense. "O esporte abriu as portas para mim, como, por
exemplo, estudar e jogar internacionalmente. Meu próximo objetivo é ter um bom
desempenho nas aulas e dentro de campo para conseguir jogar em faculdades aqui
nos EUA".
Mais perto do sonho, longe do pai
Apesar
de estar longe do filho, Renato se sente realizado ao vê-lo trilhar seu sonho
em outro país. "O melhor para ele é estar feliz, praticando o esporte que
ama, estudando em um local onde os valores nos quais eu acredito são os pilares
para a consolidação da pessoa na qual ele se transformou. Sinto-me realizado e
feliz por meio da felicidade dele", garante.
Hoje, running back atua nos EUA (Créditos: Pedro Souza/Atlético-MG) |
O
futebol americano é um esporte que exige bastante do atleta física e
psicologicamente. Por isso, a cabeça precisa estar funcionando perfeitamente
para garantir a harmonia do time. E nada como ter o pai como aliado.
"Muitas vezes, vamos além do que pensávamos que poderíamos ir. E esse
desgaste emocional e físico faz com que muitos atletas desistam ou percam a
cabeça. Meu pai sempre foi um pilar, me auxiliando a manter-me forte e a lidar
com os momentos difíceis", exalta Pedro Moreno.
Mesmo
a milhares de quilômetros de distância, ele e o pai mantêm a velha sintonia
entre treinador e jogador. Diversos ensinamentos, cobranças e puxões de orelha
que irão render, além de bons frutos, várias jardas percorridas e, por que não,
touchdowns.
*Jornalista. Fã de Futebol Americano. Siga: @alexolivertos.
Parabéns Renato e Pedro pela história inspiradora de garra e resultados!
ResponderExcluirParabéns aos dois!
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