Centenas de alvinegros recepcionaram o time na quinta-feira,
dando voto de confiança após eliminação; bi nacional é sonho

Vinícius Dias

Após escalar time praticamente reserva no empate contra o Palmeiras, o técnico Levir Culpi vai promover a estreia dos titulares no Brasileiro neste domingo, ante o Fluminense. O Atlético entra em campo no estádio Mané Garrincha, às 16h, quatro dias depois do revés na Copa Libertadores. E para virar a página, o clube alvinegro conta com um importante trunfo: o apoio dos torcedores, que, na última quinta-feira, voltaram a conjugar o verbo acreditar.


"Nosso elenco é bom, batalhador. Fomos eliminados sendo superiores em ambas as partidas. Ou seja, (a eliminação) nos deixou um gosto de que caímos de pé, pois no futebol nem sempre o melhor vence", afirma Juan Miguel Moreira, de 24 anos. O estudante reforçou o grupo de torcedores que compareceu ao Aeroporto de Confins para apoiar o elenco na noite seguinte à derrota para o Inter.

Torcedores atleticanos no aeroporto
(Créditos: Juan Miguel Moreira/Arquivo Pessoal)

Na opinião do administrador Leonardo Koscky, de 42 anos, que também participou da recepção, a massa deu o recado pretendido. "Acredito que foi um misto de apoio e agradecimento pelo que o time fez em campo, com a cobrança por um título do Brasileiro e transmitir uma motivação extra ao time para que, a partir de agora, entre focado em levantar o Campeonato Brasileiro", destaca.

Recepção emocionante

A festa no desembarque, que emocionou os atletas e a comissão técnica atleticana, também impressionou Leonardo. "Foi mais uma demonstração explícita do fundamentalismo atleticano, coisas que não se explicam por palavras", fala. "Cerca de 400 torcedores cantando e pulando dentro do aeroporto, antes mesmo do avião chegar, e depois uma grande festa na chegada, cantando, um a um, os nomes dos jogadores, foi sensacional", completa o torcedor.

Título brasileiro é o sonho da massa
(Créditos: Juan Miguel Moreira/Arquivo Pessoal)

Na avaliação de Juan Miguel, a queda prematura pode ter consequências positivas na sequência do ano. "O Atlético acostumou a se reerguer nos momentos mais difíceis e uma eliminação sempre é complicada, mas ainda nos restam duas grandes competições", pontua, citando o Brasileiro. "Os clubes costumam perder a concentração (no campeonato) quando estão disputando a Libertadores. Se mantivermos o foco e a pegada, podemos transformar o favoritismo em título", diz.

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