Reforçadas por selecionáveis, equipes entram em campo no Mineirão
pela 10ª rodada defendendo invencibilidade no campeonato estadual

Vinícius Dias

Já classificados às semifinais, Cruzeiro e Atlético se enfrentam neste sábado, às 16h, em clássico pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro. Depois de tropeçar contra o Uberlândia, na última segunda-feira, a Raposa entra em campo no Mineirão para defender a invencibilidade de seis jogos diante do rival. Por outro lado, com a liderança assegurada, o Galo entra em campo mirando os três pontos para confirmar sua melhor campanha na fase de classificação no atual formato. Curiosamente, caso isso ocorra, o alvinegro precisará superar um tabu histórico para ser campeão.


Desde 2004, quando o estadual passou a contar com primeira fase seguida de mata-mata, nem Cruzeiro, nem Atlético conseguiram ficar com o troféu nos anos em que conquistaram três pontos no clássico e ainda terminaram a fase de classificação no topo da tabela. A primeira vítima dessa escrita foi justamente o Atlético: em 2004, o time comandado por Paulo Bonamigo venceu o dérbi por 5 a 3, no Mineirão, e fez a melhor campanha entre os 14 clubes que participaram da primeira fase. O campeão, no entanto, foi o Cruzeiro de Paulo César Gusmão.

(Arte: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

O time celeste esbarrou no tabu em três oportunidades. A mais recente delas, na temporada passada, com o técnico Deivid: venceu o clássico por 1 a 0, na Arena Independência, e liderou a primeira fase, mas caiu na fase semifinal diante do futuro campeão América. Roteiro semelhante aos de 2010, na era Adilson Batista, e 2013, com Marcelo Oliveira. Considerando apenas os dois clubes, o histórico de 12 edições indica que o vencedor do clássico da fase de classificação conquistou o título em duas, enquanto o líder foi campeão mineiro em quatro.

Raposa defende invencibilidade

Depois de três empates seguidos - diante de Tombense, Uberlândia e Joinville -, o Cruzeiro terá no confronto com o Atlético o primeiro grande teste do mês. Invicto em 2017, o clube defende uma série positiva contra o rival, de quem não perde desde abril de 2015: nas últimas seis partidas, foram quatro vitórias e dois empates. Na história, de acordo com dados da concessionária que administra o estádio, o Gigante da Pampulha já foi palco de 228 clássicos, com 82 vitórias celestes, 73 alvinegras e 73 empates. A Raposa contabiliza 269 gols, contra 250 do Galo.

Raposa venceu duelo em 1º de fevereiro
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Neste sábado, os dois times terão em campo reforços de seleção. Mano Menezes voltará a contar com o zagueiro equatoriano Caicedo e o meia-atacante uruguaio Arrascaeta, autor do gol que decidiu o primeiro dérbi do ano, válido pela Copa da Primeira Liga. Roger Machado terá à disposição o meia venezuelano Otero.

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