Vinícius Dias
Nessa terça-feira, o Atlético perdeu seu diretor de Administração
e Controle. Para o Brasil, a morte de Bebeto de Freitas significou mais do que
o adeus ao sobrinho de João Saldanha - jornalista que classificou o Brasil à
Copa de 1970, mas foi demitido antes de comandá-lo no México - e ao primo de
Heleno de Freitas - ídolo do Botafogo e artilheiro da Copa América de 1945, que
viu a II Guerra tirar suas chances de disputar a do Mundo, com o cancelamento em
1942 e 1946. Porque o carioca teve brilho próprio.
Dois anos, passando por três esportes, são suficientes para traçar
o sucesso do esportista. Em 1998, Bebeto de Freitas era o treinador da seleção
masculina de vôlei da Itália. Um ano após o título da Liga Mundial, conquistou
o Campeonato Mundial. Em 1999, já estava no Atlético como manager. Ao lado do
então diretor de futebol Alexandre Kalil, foi vice-campeão brasileiro no campo.
Nas quadras, coordenou o projeto que culminou no bi da Liga Nacional de Futsal,
com Falcão e Manoel Tobias no elenco.
Bebeto: na história do esporte nacional (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Ouvir um italiano que acompanhe vôlei, ainda que minimamente, é
vê-lo como gênio. Entender a linha do tempo do Botafogo, o clube do coração,
que assumiu na Série B, com estádio sem água e luz, em 2003, é reforçar a
imagem. Eternizada pelos pódios à frente da seleção masculina de vôlei do
Brasil no Mundial e nas Olimpíadas, que disputou duas vezes como levantador,
pelos discursos de longo prazo e luta, pelo simbolismo da morte depois de
lançar mais um projeto: o Galo Futebol Americano.
Atleta, treinador, dirigente, Bebeto se despediu aos 68 anos.
Mas bastam dois - e três esportes - para defini-lo: um gênio.
Foi um monstro como jogador,treinador e dirigente,um exemplo de honestidade e competência,descanse em paz , o esporte mundial perde um de seus maiores ícones,obrigado monstro sagrado.
ResponderExcluirAno passado tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.Um gentleman, super solícito.Bem aquela figura que estamos acostumados, pessoa bem formada de educação fora de série.
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