Em 14 edições, ganhador do dérbi
soltou o grito de campeão apenas
duas vezes; combinação vitória e
liderança nunca resultou em título
Vinícius Dias
Iniciar
a temporada em alta, com direito a vitória sobre o arquirrival. Para Atlético e
Cruzeiro, que se enfrentam neste domingo, às 11h, na Arena Independência, a
combinação nem sempre é sinônimo de sucesso. Desde 2004, quando o Campeonato
Mineiro passou a contar com fase de classificação seguida de mata-mata, o
ganhador do clássico da primeira fase soltou o grito de campeão ao fim do
estadual apenas duas vezes.
Atlético x Cruzeiro: duelo neste domingo (Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro) |
A
última delas ocorreu na temporada de 2009. Em fevereiro, o time comandado por
Adílson Batista venceu o dérbi por 2 a 1, no Mineirão. Na decisão, em maio, o
reencontro terminou com título celeste. Cenário inverso ao de 2007, quando o
alvinegro levou a melhor no clássico da primeira fase: 3 a 1, na 4ª rodada. Na
final, o Galo de Levir Culpi voltou a superar a Raposa, conquistando o estadual
pela 39ª vez.
Vitória no clássico e 1ª colocação
Se o Atlético entrará em campo tentando confirmar a vaga nas quartas de final, o já
classificado Cruzeiro garantirá a liderança com duas rodadas de antecedência caso
some três pontos neste domingo. O horizonte positivo na busca pelo 37º título,
no entanto, esconde um incômodo tabu: em 14 edições neste formato, nunca a
equipe que venceu o dérbi e ainda fechou a primeira fase no topo da tabela foi
campeã.
(Arte: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra) |
A
primeira vítima dessa escrita foi o Atlético: em 2004, o time comandado por
Paulo Bonamigo ganhou o clássico e fez a melhor campanha entre os 14 clubes,
mas viu o Cruzeiro de Paulo César Gusmão conquistar o título. A Raposa, por sua
vez, esbarrou no tabu em três oportunidades. A mais recente delas, em 2016, com
o técnico Deivid. Roteiro semelhante aos de 2010, na era Adilson Batista, e
2013, com Marcelo Oliveira.
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