Alisson Millo*
Texto
pré-clássico é daqueles fáceis de fazer. É igual futebol, não tem o que
complicar: fazendo o simples bem feito, o resultado é o suficiente. E essa
toada é mais ou menos a do time do Thiago Larghi. Convenhamos, no início do ano
ninguém esperava um desempenho incrível. Alguns mais pessimistas esperavam,
inclusive, briga na parte de baixo da tabela. Mas como bem vimos no ano
passado, muita expectativa não quer dizer nada.
E
olha que, estrela, alguns jogadores têm. Victor tem Copa do Mundo no currículo,
Ricardo Oliveira tem vasta carreira na Europa, Leo Silva é o eterno capitão.
Mas, mais do que isso, é perceptível a mudança de postura. Mais entrega, cara
de Galo, uma sensação que há muito tempo não se via. Atletas empenhados na
marcação, papéis táticos bem executados, velocidade na transição,
contra-ataques, coisa que a gente não tinha. Até porque, por muito tempo, pareceu
que sequer tínhamos defesa.
Otero: um dos símbolos do novo Galo (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Se o
ferrolho não é unanimidade, resultado está dando. Até o lendário - por mais
folclore do que mérito - Patricão da Massa tem agradado mais do que Samuel
Xavier, titular na era Oswaldo. Pitis de certos atacantes à parte, o trabalho
do Larghi inspira confiança. Se o sistema defensivo era catastrófico mês
passado, um gol sofrido em três jogos fora de casa é sinal de mudança de
tempos. E essa nova fase passa exatamente pelo desempenho do melhor - talvez
único - primeiro volante do elenco, justamente aquele que o ex-técnico pouco
aproveitou: Adilson. Coisas do futebol.
Nada a temer dentro de campo
E o
adversário deste domingo também não é aquele bicho papão que muita gente pintou
neste início de temporada. Tem qualidade, sim, precisa ser respeitado, mas nem
a aura de invicto tem mais. Inclusive vem de derrota sofrendo quatro gols. Não
temos o que temer no jogo. Temos um time bom, competitivo e com qualidades que
agora estão sendo exploradas pelo treinador. Fica a esperança de um bom jogo e
fica também uma pergunta. Como analista de desempenho, o que o Thiago Larghi
analisava se, antes, nem desempenho o time tinha?
Atlético levou a melhor no último dérbi (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Nunca
tem hora ruim para vitória, ainda mais em um clássico, mas esse é aquele jogo
bom de ganhar. Volta à Arena Independência, time embalado e um projeto bem
encaminhado, ainda que quase dois meses atrasado. Agora é dar prosseguimento a esse
trabalho. E fica aquela célebre frase de motivação: clássico não se joga, se
ganha.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!
Vem ... kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirConcordo! Clássico não se joga, se ganha! Então o maior de Minas(pela história e vários títulos) Venceu!
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